As novas tendencias do turismo de luxo

As Sources de Caudalie, um Palace homenageando enoturismo e bem estar

Depois de quase dois anos de turismo reprimido, a esperada corrida para o exterior começou a virar uma realidade, mas seguindo ritmos muito diferentes, seja nos destinos – a abertura das fronteiras ainda sendo lenta- , ou seja nas motivações dos viajantes. Enquanto o setor corporativo recomeça com muita cautela, o lazer parece querer recuperar o tempo perdido e os países abertos para os brasileiros – ontem Mexico e Oriente Medio, hoje França, Portugal ou Suíça, amanha Estados Unidos e talvez América do Sul- estão sendo retribuídos com níveis de reservas até superior a 2019.

O Museu da Marinha, de guarda moveis dos Reis a templo do luxo francês

Se todos as viagens de lazer estão aproveitando essa onda, um setor parece aproveitar ainda mais essa fome de viajar: o luxo. O sucesso de dois eventos profissionais, France Excellence e o ILTM, mostrou que o luxo parece viver um momento privilegiado junto aos “key players” do turismo brasileiro. Focado na excelência francesa, o primeiro foi marcado por palestrantes que mostraram novas tendências do luxo – as vezes, assim como o diretor da Hermès para América do Sul- preferindo evitar a palavra luxo e falar somente de alta qualidade.  No último debate do evento, Caroline Putnoki, diretora da Atout France, e Alexandre Allard, criador do projeto Matarazzo, concordaram em dizer que luxo é, antes de tudo, cultura e exclusividade.

O Sofitel Legend conta a glória de Cartagena de las Indias

Tendo deixado a Bienal de Ibirapuera pelos salões do Tivoli, o ILTM foi uma outra demonstração da confiança dos profissionais internacionais na resiliência do mercado das viagens de luxo. “Palaces” e hotéis de luxo de Paris, Londres, Nova Iorque ou Lisboa festejam a volta do seus tradicionais hospedes brasileiros, e as reservas para os próximos vezes deixam esperar para 2022 níveis superiores a 2019. Estações de esqui dos Alpes franceses ou suíços, operadores do Portugal, do Egito, ou dos Estados Unidos confirmaram essas tendências. O otimismo geral terá agora que ser confirmado pelas companhias aéreas por enquanto muito discretas e que ainda devem dobrar sua oferta de assentos para voltar aos níveis anteriores a crise.

O Rosewood São Paulo, luxo juntando assinaturas de Nouvel e Stark

Mas alem da retomada dos próximos meses, os profissionais devem também aproveitar os encontros realizados nesses eventos – France Excellence, ILTM ou em breve Festuris– para responder as novas exigências do turismo de luxo. Os hotéis vão precisar ainda mais de inovação e de serviços personalizados, com vantagem para aqueles que têm uma historia própria ou um patrimônio arquitetural excepcional e souberam valorizar-los. Os agentes deverão propor experiências novas extremamente customizadas, e acima de tudo com conteúdos culturais valorizantes e se possíveis exclusivos.

Nas Ilhas de Tahiti, o Brando combina alto luxo e sustentabilidade

Um quarto pilar do turismo de luxo sai reforçado da crise: a atenção especial dada a sustentabilidade. Trata se de se assegurar de todas as componentes da viagem, dos cuidados com os transportes utilizados, da certeza dos processos dos hotéis reservados. É também de dar um verdadeiro conteúdo de respeito do meio ambiente e dos moradores, incluindo opções de compensação de emissão de carbone, ou em alguns casos envolvimento em projetos locais. Cauteloso com bling-bling, rico em conteúdos, o novo turismo de luxo oferece assim experiencias com quatro pilares: alta qualidade, exclusividade, cultura e sustentabilidade.

Jean-Philippe Pérol

 

Exclusive meetings in the Belmont Savute

Esse artigo foi inicialmente publicado no Blog “Points de vue” do autor na revista profissional on line Mercado e Eventos

Les Sources de Cheverny: charme, bem estar e sabores na terra dos castelos

O castelo du Breuil foi renovado com total respeito a sua arquitetura

Com uma natureza protegida nas beiras do “último rio selvagem da Europa”, o fascínio dos castelos do renascimento francês, e vinhedos produzido um vinho leve, frutado e alegre, a região francesa do Vale de Loire tinha todos os requisitos para abrigar um novo capítulo da história do grupo hoteleiro Les Sources de Caudalie. Localizado em Cheverny – perto do famoso castelo que inspirou o Moulinsart das aventuras de Tintim, o novo Les Sources de Cheverny vai oferecer as mesmas experiências de bem estar, cultura, gastronomia e enoturismo que fizeram o sucesso do primeiro “Palace” dos vinhedos. Se a crise sanitária atrasou as obras, Alice e Jérôme Tourbier, os donos do grupo, já estão dando os toques finais antes da abertura dia 1ero de Setembro.

Os amplos e serenos quartos do castelo

O prédio principal do hotel é mesmo um autêntico castelo, o Château de Breuil, cuja parte mais antiga é do século XV, mas que foi completamente transformado no século XVIII, com as simetrias, os telhados e as aberturas obedecendo ao classicismo da época. O castelo já funcionava como hotel desde 1985, mas o novo projeto foi muito mais ambicioso. Respeitando a arquitetura e renovando as salas do térreo,  ele integrou a modernização total de todos os quartos, com especial atenção na claridade dos espaços, no tamanho dos banheiros, na harmonização das cores e na personalização dos móveis, alguns sendo pessoalmente escolhidos pela Alice nos antiquários da região.

Em família, com Alice et Jérôme Tourbier, no parque do Les Sources de Cheverny

Seguindo a estrada que caminha dentre dos 45 hectares do parque, o visitante tem a impressão de chegar em uma vila onde tudo é charme, beleza, e tranquilidade. Além do castelo principal, o projeto aproveitou todas as antigas dependências, casas de empregados ou prédios de serviço. Com várias construções novas inspiradas das Les Sources de Caudalie – a recepção, os bangalôs do “Hameau” e a emblemática torre da suite do “Baron perché” -, o conjunto lembra um vilarejo da região. A diversidade das construções e de ambientes vai ajudar, segundo o Jérôme, a responder aos pedidos de clientes diferenciados, com preços escalonados de 180 à 1200 euros por dia, para casais procurando luxo e bem estar, famílias atrás de cultura e tranquilidade ou jovens epicurianos.

Além de dois restaurantes, o pique nique é uma grande experiência gastronômica

Se o vinhedo ainda vai demorar para produzir um vinho à altura das exigências de Alice e Jérôme, o visitante vai encontrar nas novas Les Sources de Cheverny todas as experências de bem estar que fizeram a magia das Les Sources de Caudalie. Desde o Spa Caudalie com o seu tradicional banho no barril de carvalho, os passeios na floresta do parque, e até os dois restaurantes, um dos dois do tipo “Bip gourmant” e o outro gastronômico. O chef Jean Calmet, que passou pelas cozinhas do La Tour d’Argent em Paris, do Lancaster e do La Reserve, já está no local, percorrendo a região para achar os melhores produtos e as receitas combinando com o ambiente peculiar do Vale do Rio Loire e com o arte de viver da “doce França”.

Os quartos sempre personalizados nos móveis e nas cores

A menos de duas horas de Paris, perto dos mais procurados castelos do Vale de Loire (Chambord, Chaumont sur Loire , Blois, Amboise, e até Chenonceau), Les Sources de Cheverny pode ser tanto uma etapa de bem estar, para quem volta de Bordeaux ou da Auvergne para Paris, quanto um verdadeiro destino combinando cultura, arte de bem viver, gastronomia e enoturismo. Para o 1ero de Setembro, devido as restrições de viagens, as reservas chegam principalmente da França, mas Jérôme e Alice fazem questão de ressaltar que as clientelas internacionais, especialmente norte americanas mas também brasileiras, serão chaves para o sucesso desse  novo empreendimento. 

Jean Philippe Pérol

No Les Sources de Caudalie, o luxo agora é emoção

Nascida nos vinhedos de Bordeaux, a visão de um turismo enraizado nos “terroirs” levou Alice e Jérôme Tourbier a desenvolver não somente o primeiro hotel categoria Palace da região, mas um verdadeiro conceito inovador e respeitoso do ecossistema. Também presidente de   Small Luxury Hotels of the World , Jérôme respondeu a uma entrevista sobre os desafios do turismo de luxo e a evolução do seu grupo hoteleiro .

Alice e Jérôme Tourbier, donos do grupo Les Sources de Caudalie

Vendom.jobs – Qual é sua apreciação sobre a situação da hotelaria de luxo na França?

Jérôme Tourbier – Há trê anos, no meu livro Turismo em perigo, eu chamava atenção sobre a necessidade de considerar o turismo como uma indústria estratégica e de apostar na criação de valor. Quis dizer que a França devia virar um destino de alto padrão, com o melhor ratio “custo /emoção”. Sendo um destino caro, devemos ter uma oferta de qualidade que marca emocionalmente o nosso visitante . Toda a oferta não pode ser de luxo, mas a emoção deve sempre estar presente para seduzir o viajante. Há hoje na França muitos empreendimentos de grande qualidade. Olhando agora além do lucro imobiliário, os investidores estão cada vez mais dispostos a apoiar esse tipo de projeto.

A piscina coberta de Les Sources de Caudalie

V. J. – Quais seriam as condições imprescindíveis para um turismo combinando qualidade e rentabilidade?

J. T. – Na França, se confunde as vezes turismo de alto padrão com consumidores ricos. Claro que todos querem receber o máximo de viajantes com muitos recursos, mas queremos priorizar também aqueles que são interessados pelo nosso patrimônio cultural. Esse equilíbrio é fundamental para valorizar nossa oferta e para proteger nosso savoir-faire. Desta forma, é possível sim ter estabelecimentos de alto padrão, podendo ou não ser de luxo. Existem no pais inteiro por exemple restaurantes com chefs implicados na procura de qualidade, a melhor prova sendo as recomendações do Bib Gourmand do Guia Michelin. A importância dessa oferta de qualidade, não somente gastronômica, é única no mundo.

Com Alice Tourbier frente a Ile aux Oiseaux das Sources de Caudalie

V. J. – A alma do Sources de Caudalie é a integração num patrimônio e num terroir, que trazem autenticidade e sustentabilidade?

J. T. – Quando o Les Sources de Caudalie foi reconhecido como o primeiro “palace” dos vinhedos, o fato de estar completamente integrado no terroir da região foi exatamente considerado excepcional. A nossa inspiração vem diretamente do vinhedo aonde nos constatamos nos últimos vinte anos que existe um luxo autentico diferente do das grandes cidades. Estamos procurando ir sempre mais longe na procura desse luxo, investindo na beleza e nas emoções. Os hóspedes não procuram somente um alojamento, mas querem atividades compartilhadas em volta do enoturismo que funciona como uma vitrine para os vinicultores, os artesãos, os artistas e os produtores locais.

Les Sources de Caudalie, “La Tour de la Dégustation”

V. J. – Pela sua experiência, quais são os próximos passos a seguir?

J. T. – Vimos que o luxo agora é emoção. Fora das capitais, acho que devemos insistir na autenticidade, sem cair na caricatura para poder aproveitar nossa realidade e nossa história  mas também levar em consideração as novas clientelas. Temos que mostrar a coerência dos nossos destinos, mas encontrar um equilíbrio combinando as atividades culturais, a gastronomia, o artesanato, a qualidade e a diversidade dos produtos. Um outro fator de crescimento é o numérico. Os profissionais do turismo estão acostumados a falar das consequências negativas da Internet, mas não devemos esquecer que foi ume revolução que criou extraordinárias oportunidades para promover novos destinos até então pouco aproveitados. Foi talvez o caso de Bordeaux.

O restaurante L’Étoile, do hotel Les étangs de Corot

V. J. – Quais são os principais projetos para o futuro do seu grupo hoteleiro?

J. T. – Especialistas do enoturismo, queremos investir em projetos nas grandes regiões vitícolas da França, começando no ano que vem com o Vale do Loire. Estamos acabando a construção do Les Sources de Cheverny, renovando um antigo castelo bem como uma vinícola, reabilitando um patrimônio histórico em total harmonia com as exigências de conforto mais contemporâneas. Nesta região que atrai numerosos turistas, esse novo estabelecimento terá a ambição de ajudar os hóspedes a descobrir as qualidades dos vinhos da região bem como as riquezas culturais dos castelos do Loire. Depois do Les Sources de Cheverny, outros projetos estão sendo estudados na Alsácia, na Borgonha, na Champagne e na Provence.

A suite Rouge Merlot das Sources de Caudalie

Este artigo foi traduzido e resumido de uma entrevista original de Jérôme Tourbier na revista on line Vendôm.jobs

Invino Wine Travel Summit, a hora do enoturismo

Na Borgonha, um dos oito vinhedos do mundo tombado pela UNESCO

Faltando menos de um mês para a sua inauguração, a expectativa em torno da primeira edição do Invino Wine Travel Summit  já está mostrando que o enoturismo é mesmo um setor que despertou o interesse dos profissionais brasileiros do turismo e do vinho. Patrocinado pela Air France, a Chandon e a Bourgogne, apoiado pela Atout France,  a Wine Paths, o Palace Sources de Caudalie, a Guaspari, a Rouge Brasil, o Forum de Enoturismo e os Wines of Chile, beneficiando da experiência de palestrantes e expositores vindo do Chile, da França, da Argentina e do Brasil, Invino já confirmou as inscrições das mais destacadas operadoras e agencias do setor.

Tradição e qualidade nos vinhedos do Chile

O sucesso do enoturismo é um tendência internacional. Com um indiscutível pioneirismo das vinícolas da costa Oeste americana (líder mundial até hoje com 15 milhões de enoturistas, sendo 3 milhões de estrangeiros), os “Wine tours” se espalharam em todos os grandes destinos produtores, especialmente na França cujas vinícolas recebem 10 milhões de visitantes,  4,2 milhões vindo do exterior. Hoje o mundo tem mais de 40 milhões de enoturistas que  visitam o Stellenbosch ou a Napa Valley, a Rioja espanhola ou o Vale McLaren da Australia, os “climats da Borgonha” ou a rota dos vinhos do Vale Maipo, sem falar dos procuradíssimos  vinhedos da Toscana e da Provence. No Brasil também, o sucesso das rotas gaúchas, catarinenses ou paulistas já atrai mais de um milhão de visitantes por ano.

Les Sources de Caudalie, onde enoturismo combina com bem estar e gastronomia

Os encontros de Invino são importantes devido as evoluções do enoturismo. Para os produtores, o turismo passou da simples atividade complementar a uma ferramenta chave para incrementar e diferenciar a notoriedade das marcas, uma fonte de receitas representando até 20% ou mais das vendas totais. Se transformou em uma grande oportunidade de investimentos, seja nas próprias adegas seja na hotelaria ou no bem estar.  Os perfis dos enoturistas mudaram completamente também. Enquanto os pioneiros, enólogos ou enófilos, exigiam um atendimento completamente focado em numerosas visitas e degustações, o novo enoturista é simplesmente um “bon vivant” ou até um viajante a procura de novas emoções. O vinho vira assim um dos componentes de uma viagem que incorpora também experiências culturais e gastronómicas, momentos para compras e para bem estar, ou passeios para apreciar as belezas naturais de lugares as vezes tombados pela UNESCO.

As vinicolas de Mendonça combinam com proezas arquiteturais

Para os profissionais do turismo que precisam de novos produtos e serviços com forte valor agregado, Invino vai ser um momento privilegiado para descobrir valiosas experiências. Algumas operadoras tanto de receptivo que de exportativo já investiram há muitos anos no enoturismo, e o Brasil tem valiosas realizações em ambas atividades.  Mas um grande trabalho de capacitação ainda tem que ser feito para que os agentes consigam responder aos viajantes interessados, oferecendo o destino, o vinho e o produto mais adaptados para cada perfil.  O potencial é imenso, reforçado pelo fato que os grandes países de enoturismo são ,seja vizinhos – Chile, Argentina ou Uruguai -, seja muito familiares – EEUU, França, Portugal, Itália e Espanha. Mostrando os sucessos e os “savoir-faire” adquiridos, o Invino Wine Travel Summit pode ajudar as agencias a responder a essa nova grande tendência do turismo mundial.

Jean Philippe Pérol

 

A alegria do vinho nos roteiros gauchos

Luxo e vinho, boas opções e oportunidades para Natal, Reveillon e as ferias de verão!

O hotel Castilla Termal Monasterio de Valbuena

Com Natal e as ferias chegando, é tempo de programar suas próximas viagens, talvez uma “viagem-presente” inovadora como uma experiência de enoturismo juntando uma hospedagem de luxo e um grande vinhedo. Foi assim que a WinePaths, plataforma de acesso ao melhor do mundo dos vinhos e dos licores, selecionou sete ofertas exclusivas capazes de satisfazer os mais exigentes dos enoturistas brasileiros durante esse verão.

Uma grande oportunidade de se hospedar perto do pitoresco vilarejo de Montalcino na Toscana e de participar do concorrido « Benvenuto Brunello », evento de lançamento do novo Brunello de Montalcino

Benvenuto Brunello
15 de Fevereiro de 2019 – 19 de Fevereiro de 2019

Preços para 4 pessoas  €2990 por dia, incluindo 3 noites nas  Villas de Brunello, a visita da vinícola, uma degustação dos vinhos acompanhados de queijos, aceites e embutidos, e o acesso exclusivo para o evento e a festa Benvenuto Brunello para 4 pessoas

Reserva agora
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Perto de Franschhoek, o canto mais francês da África do Sul, Mont Rochelle abra os seus vinhedos com 150 anos de tradições  para combinar enogastronomia, passeios e Spa.
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Mont Rochelle 3 por 2
1 de Novembro 2018 – 30 de Abril 2019 

Preços a partir de €425 por quarto e por noite na base de duas pessoas, iincluindo 3 noites pelo preço de duas, a visita da vinícola e a degustação de vinhos premiados, o acesso a academia, ao campo de tênis e a piscina.
O final do ano é um dos momentos mais mágicos para visitar Meadowood, a propriedade icônica da Napa Valley, ganhando ainda um voucher de USD 100 por dia e por quarto para abater das atividades na região.
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Experiências Natalinas
1 de Dezembro 2018– 31 de Dezembro 2018
Preços sob consultas, iincluindo as atividades Culinário da temporada de Festas, Decoração de biscoitos caseiros, Doces e sobremesas (pelo próprio chef de Meadowwod)

Hotel moderno desenhado pelo Jean Nouvel, o Saint James aproveita essa época do ano para levar seus hóspedes na feira livre onde o seu chef seleciona os seus produtos e conversa com os produtores.

Feria livre dos produtores
8 de Dezembro de 2018 até 6 de Abril de 2019

Preços sob consulta, incluindo o alojamento em quarto de luxo com café da manhã, visita guiada da feira livre e encontros com os produtores que abastecem o hotel, almoço no bistrô Le Café de l’Espérance

Reserva agora 

Primeiro hotel termal de 5 estrelas de Castela e Leão, o hotel Monasterio era um mosteiro cisterciense do século XII que foi convertido num exclusivo complexo turístico e termal, e que oferece um ambiente excepcional para o Reveillon de Natal.

Reveillon de Natal especial
24 e 25 de Dezembro de 2018
Preços sob consulta, incluindo o café da manha bem como a ceia de Natal, um acesso ilimitado a piscina termal e ao spa, bem como o play center para crianças

Reserva agora 

O Six Senses Douro Valley está situado numa quinta do século XIX, totalmente renovada, localizada numa colina, em pleno vale do Rio Douro, olhando para os morros cobertos de vinhas e para o rio Douro que corre a seus pés.

Presente dos seis sentidos
1 de Novembro de 2018 até 31 de Março de 2019
Preço sob consulta incluindo 2 ou 3 noites no hotel, um tratamento no Spa e uma degustação de vinho para duas pessoas.

Reserva agora 

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SOURCES DE CAUDALIE, BORDEAUX, FRANCE

No meio dos vinhedos do Smith Haut Lafitte, as Sources de Caudalie conseguem juntar o luxo e a perfeição de um Palace com o ambiente charmoso e aconchegante perfeito. Para Natal e o Reveillon, duas ofertas estão sendo propostas  para esses momentos especiais .
Natal em família a partir de 1.460 € para quatro pessoas:
– Uma noite na Grande Suite decorada com árvore de Natal
– Café da manhã para toda a família
– Ceia de Natal no restaurante La Table du Lavoir ou no duas estrelas Michelin, La Grand’Vigne (bebidas não incluídas)
– Café da manhã no La Grand’Vigne (bebidas não incluídas)
– Presentes surpresa para toda a família!
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Ano Novo, a partir de 1.386 € para duas pessoas:
– Duas noites na Grande Suite
– Café da manhã
– Almoço no La Table du Lavoir, bebidas não incluídas
– Ceia de Réveillon no restaurante duas estrelas Michelin, La Grand’Vigne ou  La Table du Lavoir (bebidas não incluídas)
– Brunch no primeiro dia do ano, com taça de champanhe no La Table du Lavoir ou La Grand’Vigne
– Um presente surpresa para as festas!
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A França, ainda líder do turismo mundial?

A França mais uma vez líder do turismo mundial em 2017

Mesmo publicadas com um pouco de atraso, as estatísticas 2017 do turismo francês são importantes para analisar a evolução do primeiro destino mundial. Com 86,9 milhões de entradas, a França continuou na liderança em entradas de turistas, na frente da Espanha (81,8 milhões, em expansão de 8,6% no conturbado mundo mediterrâneo) que passou na frente dos Estados Unidos (73,0 milhões, pagando talvez com uma queda de 3,8%  a rigidez migratória do Trump). Com um crescimento de 5,1% foi não somente borrada a queda provocada pelos terríveis atentados de novembro 2015 e julho 2016, mas também ultrapassado o recorde anterior de 2015. Anunciando com muito orgulho esse resultado, o ministro das relações exteriores e do turismo confirmou que a França deveria atingir em 2020 a meta de 100 milhões de entradas e consolidar sua liderança.

Com alta de 47%, o turismo russo foi o que mais cresceu

Se esse bom resultado era esperado, os profissionais ficaram surpresos pelo desempenho dos mercados internacionais. Os esperados turistas asiáticos ainda não recuperaram os níveis de 2015, a China crescendo pouco (4,9%), a Índia ainda caindo (-5,6%), e somente o Japão tendo um crescimento forte (17,8%). Os americanos (5,6%) e mais ainda os brasileiros (17,9%) voltaram com toda força, mas foi da Europa que foram registrados os maiores fluxos com destaque para Rússia (43,4%), Espanha (17,3%), Bélgica (9,6%). Primeiro mercado europeu, o Reino Unido não pareceu sofrer do Brexit se consolidou na frente da Alemanha, chegando a 12,7 milhões de entradas e  6%  de crescimento, uns números decisivos para oferecer a França o seu novo recorde de 2017.

EEUU lideram disparados o ranking das receitas do turismo internacional

O ranking do turismo mundial é porem bem diferente quando as receitas internacionais são o primeiro critério de classificação. A liderança disparada pertence nesse caso aos Estados Unidos com 190 bilhões de Euros, seguindo da Espanha com 60,3 bilhões. Mesmo tendo revisado os seus números e “re-encontrado” 10 bilhões de euros de receitas suplementares, a França fica somente em terceiro lugar com 54 bilhões de euros, uma posição ainda ameaçada pela China e pela Tailândia que poderiam subir no pódio já em 2018. Com a OMT projetando há 20 anos a chegada de  130 milhões de turistas na China em 2020, com os Estados Unidos e a Espanha num trend de forte crescimento, é certo que o título de pais mais visitado do mundo trocará de titular, e  que ambas lideranças em receitas e em entradas de turistas internacionais serão então perdidas.

Nas Sources de Caudalie, liderança em bem estar e enogastronomia

Na hora da sustentabilidade e da valorização do impacto econômico e social do turismo, os profissionais estranham a insistência dos políticos em se vangloriar de resultados quantitativos discutíveis. A França já  se posiciona como um grande líder mundial do “melhor turismo” em vez do “mais turismo”, respondendo as expectativas tanto dos seus turistas que dos seus moradores. Numa concorrência mundializada, três fatores diferenciantes contribuem a uma nova liderança: a imagem de um acervo cultural mundialmente reconhecido, um bem viver autêntico e protegido, uma oferta temática completa, especialmente nos segmentos com mais valor agregado (luxo, gastronomia, bem estar, enologia, esqui, congressos ou grandes eventos.

Nos vilarejos da Provence, as mesas esperam turistas e moradores

Se o seu primeiro lugar em números de chegadas de turistas não vigorará alem dessa década, a França pode guardar sua liderança como destino de “melhor turismo” frente as novas tendências que estão se desenhando hoje. Pode continuar liderando pelo seu forte conteúdo cultural, seu patrimônio , seus museus, sua arquitetura, mas também pela alternativa que ele oferece ao modelo do concorrente norte americano. Pode liderar pela especificidade do seu arte de viver, o seu estilo de vida autentico compartilhado entre os viajantes internacionais, os turistas locais (mais de dois terços do turismo francês é domestico) e os moradores. Pode liderar pelas suas normas sempre rígidas, protegendo o consumidor em termos de sustentabilidade, de uso do espaço público, de alimentação ou de ética social.

O Mont Saint Michel, patrimônio e fé no monumento mais visitado fora de Paris

A França vai também guardar a sua liderança pela riqueza da sua oferta turística. Com uns 40 destinos internacionais, consegue oferecer uma excepcional diversidade que inclui produtos e serviços de excelência em quase todos os segmentos. A Pirámida do Louvre, o Palácio dos Festivais de Cannes, as pistas de Courchevel, o Mont Saint Michel, os bangalós  de Bora Bora, os Hospices de Beaune, os vinhedos de Bordeaux, o bar do Lutetia, o Versailles do Ducasse, as adegas de Reims, os “bouchons”de Lyon, a vida de Saint Tropez, o castelo de Chenonceaux, o porto de Honfleur, o Hotel du Palais em Biarritz, ou as simples ruas e praças de Paris, Saint Paul de Vence, Saint Emilion ou Cap Ferret, são esses lugares de excelência, mais que números discutíveis, que ajudarão a França a liderar o turismo mundial.

Jean-Philippe Pérol

O porto de Honfleur, seduzindo os turistas pela sua luz e sua História

Esse artigo foi inicialmente publicado no “Blog Points de vue” do autor na revista profissional on line Mercados e Eventos

Wine Paths trazendo experiências inovadoras para o mundo do enoturismo

 

Frente as Sources de Caudalies, as obras de arte dos vinhedos de Smith Haut Lafitte

Destacada nas pesquisas pelo seu vinho (o vinho francês mais popular no mundo e no Brasil, na frente do Champagne e do Bourgogne), Bordeaux sempre quis ser inovadora e multi cultural quando se tratou de enoturismo. Foi là que nasceu há quase 40 anos International Wine Tours, a primeira operadora especializada, então filial da Wagons lits, que oferecia roteiros em grandes regiões vinícolas dos cinco continentes. Agora na era das novas formas de distribuição e das plataformas receptivas,  esse pioneirismo se confirmou com a criação da Wine Paths, uma rede de profissionais do enoturismo oferecendo experiências personalizadas em 11 países do mundo.

Passeios a cavala nos vinhedos de Diamandes

As inovações da Wine Paths começam pelo cuidado em escolher os vinhedos e as adegas, uma tarefa que contou com a expertise do premiadíssimo enólogo Michel Rolland. Tendo participado a criação de vinhos em mais de 250 vinícolas de 21 países, ele fez questão de colocar seus favoritos na seleção da Wine Paths. Os serviços escolhidos são também marcados pela experiência do fundador da empresa, Stephane Tillement. Com 30 anos no turismo de luxo, dono desde 2002 da Mauriac voyages – uma das mais conceituadas agências de Bordeaux, Stephane criou relações de confiança com exigentes e criativos parceiros dos mundos do turismo, do vinho, dos destilados e da gastronomia.

Piquenique nos vinhedos da Barossa Valley (Australia)

Combinando desde a sua origem em 2017 os dois “savoir faire” do vinho e do turismo, a Wine Paths oferece experiências nos mais procurados destinos de enoturismo. São 150 vinícolas nas regiões produtoras da Argentina, da Austrália, do Chile, da Califórnia, da Nova Zelândia, da África do Sul, da Itália, do Portugal, da Espanha e da França, escolhidas não somente pelos seus vinhos, mas também pela qualidade dos serviços oferecidos nos arredores pelos parceiros locais. Foram assim selecionados hotéis, restaurantes estrelados, ou adegas capazes de propor emoções ou surpresas, desde um rali nos vinhedos do Franschhoek até uma aula de empanadas na Argentina ou um circuito de mountain bike nas estradas da Alsácia.

O restaurante Conversa em Valbuena, no Ribera del Duero

Com ambição de ser a mais internacional e a mais sofisticada das plataformas de enoturismo, a Wine Paths quer oferecer serviços extremamente personalizados. Cada proposta, seja um voo de balão em Cognac, um passeio a cavalo na Sicília, um itinerário de bicicleta na Rioja, ou um safári aéreo na Austrália, deve se adaptar a cada cliente específico. Essa exigência de qualidade atraiu os 284 parceiros, inclusive alguns que nunca tinham sido presentes numa plataforma de enoturismo, por exemplo os Champagne de Bollinger ou os vinhos do Château Mouton Rothschild. Novos parceiros deveriam ser anunciados esse ano, reforçando as ambições dos fundadores de fazer de Wine Paths um verdadeiro “Guia Michelin” do enoturismo.

Descobrir os vinhedos com luxo e criatividade

Para responder aos pedidos de viajantes procurando as melhores experiências de vinhos, de destilados ou de harmonizações gastronômicas, Wine Paths continua a sua procura de novas  parcerias internacionais. A Escócia -e suas rotas de uísque- é um dos projetos mais adiantados. Com quase um milhão de enoturistas e centenas de vinícolas abertas a visitas, o Brasil deve em breve integrar esses novos rumos, acessando as viagens luxuosas e criativas desenhadas pelos especialistas do grupo, e talvez amanhã colocar suas próprias rotas de vinho a disposição dos enoturistas do mundo inteiro nessa plataforma inovadora.

Jean Philippe Pérol

Na África do Sul, vinhedos pode combinar com aventura

Viajantes, roteiros e enocultura, as novas rotas do enoturismo mundial olham para o Brasil!

A Napa Valley, região pioneira do enoturismo

Celebração do Dia do Vinho, multiplicação das rotas dos vinhos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em São Paulo ou no sertão de Pernambuco, assinatura de um convênio entre a Embratur e a Ibravin, wine tours, produtos vedetes na FITUR de Madrid, o enoturismo no Brasil está de vento em popa. Já sendo quase um milhão a visitar mais de 1.100 vinícolas brasileiras, os enoturistas brasileiros estão também chamando a atenção dos profissionais de muitas regiões do mundo. Tanto para o mercado doméstico que para o mercado internacional, o crescimento dessa temática de viagem no Brasil segue as novas tendências que surgiram em Napa Valley, na Toscana ou em Bordeaux, e que a Organização Mundial do Turismo (OMT) destaca agora no Uruguai, na Croácia ou até na Geórgia.

Arte nos vinhedos na “Floresta dos 5 sentidos” das Sources de Caudalie

A primeira tendência que impulsa o enoturismo é a diversificação de seus fãs. Antes quase exclusivamente enófilos – amadores de vinhos, conhecedores ou sócios de clubes de degustação -, os enoturistas não são hoje obrigatoriamente conhecedores, mas sempre bons vivants, cultos e curiosos, atraídos pela arte e pelos prazeres da mesa. Mesmo nas vinícolas, eles vão procurar por uma história, uma arquitetura, pelas tradições locais, as obras artísticas, ou por uma experiência com os moradores. As paisagens espetaculares – no Vale do Douro, em Mendonça, na Alsácia ou em Lavaux – são trunfos importantes, assim como características únicas: vinhedo mais setentrional em Sabile (Letônia), vinhedo mais velho em Maribor (Eslovênia), maior adega do mundo em Cricova (Moldávia), vinhedos dos “fins do mundo” na Patagônia (Argentina) ou em Rangiroa (Polinésia Francesa).

Adegas desenhadas pelo Santiago Calatrava, em Ysios

O novo enoturista procura também novidades arquiteturais, uma tendência que começou na Espanha com as adegas de Ysios, do Santiago Calatrava, e o Hotel Bodega de Marques de Riscal, do Gehry. Vários projetos de Museus do Vinho seguem a mesma tendência, o mais espetacular até hoje é a “Cité du Vin“, em Bordeaux. Às vezes chamado de Guggenheim do vinho, obra dos arquitetos Legendre e Desmazières, a Cité consegue unir uma espetacular localização na beira do Rio, uma construção emblemática, bem como um conteúdo pedagógico e lúdico. As construções que revolucionaram o enoturismo são também hotéis oferecendo hospedagem de qualidade, gastronomia estrelada e experiências do mundo do vinho, incluindo o bem-estar trazido pelas uvas. Além do pioneiro de Bordeaux, o Château Smith Haut Lafitte com o Hotel Palace Les Sources de Caudalie e o SPA Caudalie, o Yeatman Hotel do Porto ou o Meadowood da Napa Valley são alguns dos grandes estabelecimentos construídos em torno do vinho.

Adegas da LVMH em Reims

A ligação entre o enoturismo e a cultura é uma outra tendência forte, com uma importante contribuição da UNESCO que listou no Patrimônio da Humanidade os kvevris da Geórgia, os climats da Borgonha, a vite ad alberello de Pantelleri, os terraços de Lavaux e os coteaux, maisons et caves da Champagne. Em cada região produtora de vinho, cada vinícola, cada aldeia e cada produtor têm uma experiência para oferecer. Em sua história, em sua cultura, poderá contar e ensinar ao visitante não somente as especificidades de seu vinho, mas também o seu patrimônio enocultural único. O foco crescente dado pelos profissionais às possibilidades de compras nas próprias adegas aumenta ainda mais o impacto do enoturismo na economia da região, bem como das próprias vinícolas – que chegam a vender 15% e mais das suas produções aos enoturistas.

Vinhedos perto de Bento Gonçalves

Com um mercado em crescimento, o Brasil está mostrando sua nova força nos mercados mundiais do enoturismo, sediando encontros de especialistas, palestras abertas a públicos de profissionais ou de amadores, ou congressos nacionais ou internacionais, com um foco em Bento Gonçalves e na região pioneira do Vale dos Vinhedos.Em São Paulo, o INVINO Wine Travel Summit reunirá no dia 16 de Setembro, expositores vindos de todo o País e do mundo inteiro com agentes de viagem e operadores brasileiros cuidadosamente escolhidos. Alem de descobrir as grandes novidades dos melhores “wine tours”, será também uma verdade experiência enogastronômica com degustações e harmonizações. As novas rotas do enoturismo estão mesmo olhando para Brasil!

Jean-Philippe Pérol

O Hotel Adega Marques de Riscal, obra do arquiteto Gehry

A “Cité du Vin” em Bordeaux

https://www.invino.travel/

 

5 dicas para aproveitar uma viagem numa região de vinhos

Degustação no Chateau Franc Mayne em Saint Emilion

De Bordeaux até a Toscana, ou do Vale do Douro até a Napa Valley, as regiões produtoras de vinho são cada vez mais procuradas para prazerosas experiências de viagem. Uma boa planificação é, porém, necessária para poder aproveitar ainda mais cada momento das férias. Segundo as operadoras especializadas, as regiões do mundo onde estão localizados os melhores vinhedos agradam a qualquer público e são geralmente extremamente pitorescas, sem precisar ser um enófilo experiente para aproveitar um roteiro de enoturismo. Conselheira em viagem “Food and Wine” na Alpine Travel of Saratoga, agência Virtuoso da Califórnia, Lynda Turley listou algumas dicas básicas para garantir o sucesso de uma viagem focada em vinhedos, vinícolas, adegas e vinhos.

A Napa Valley, região pioneira no enoturismo

Três é o limite

Para Lynda, mesmo os mais convictos conhecedores de vinhos não devem visitar mais de três vinícolas durante um dia. Se passar deste número e multiplicar as visitas, as lembranças vão se misturar e será difícil de se lembrar de cada um dos vinhos degustados.

Pensar em contratar um guia

Quase todas as regiões produtoras de vinho têm serviços de guias especializados que conhecem as vinícolas e têm laços de trabalho ou de amizade com os produtores. Alguns destes guias são também motoristas e poderão assim livrar o visitante do terrível dilema: beber ou dirigir. Mesmo que o custo possa parecer pesado – uma média de US$ 500 por dia -, é um excelente investimento, especialmente quando se trata de um pequeno grupo de amigos ou de colegas que podem dividir a despesa. Lynda lembra que os guias realçam a experiência dos viajantes, oferecendo uma visão local e contatos mais estreitos com os moradores. Eles podem ser reservados com antecedência com a agência de viagem ou no próprio destino com o concierge do hotel ou na vinícola.

Degustação na Vinícola Guaspari, em Espirito Santo do Pinhal

Regiões muito famosas, como a Toscana, a Provence ou Napa Valley podem ser invadidas pelos turistas. Se não for possível escolher uma época de baixa estação para viajar, é aconselhável agendar visitas em vinícolas menos conhecidas, onde os proprietários ou os enólogos terão mais disponibilidade para falar de seus vinhos e de seus segredos de fabricação. Uma outra opção interessante pode ser escolher regiões de vinhos menos conhecidas, como Santa Cruz Mountains, na Califórnia; Monticello, na Virgínia; Languedoc, na França;  ou Montevideu, no Uruguai.

Reservar antecipadamente

Muitas vinícolas famosas só aceitam visitas pré agendadas e as reservas devem ser feitas com algumas semanas de antecedência. Para evitar transtornos, e decepções, é importante reservar também um restaurante nas vizinhanças, em geral sempre lotado na alta estação.

Bodega do Borgo San Felice, Relais Châteaux na Toscana

Organizar outras atividades

Muitas destas regiões de vinhedos oferecem aos viajantes numerosas opções de lazer além do vinho, algumas são destinos turísticos perfeitos até para quem não bebe. Napa Valley tem uma rica oferta artística e muitas galerias de arte de alto nível. Alguns dos seus resorts, como o Meadowood Napa Valley, oferecem restaurantes estrelados, e spas com tratamentos à base de uvas. Em Bordeaux, a cidade brilha por sua arquitetura, sua vida cultural e sua gastronomia. Nos seus arredores o Sources de Caudalie tem o spa onde as sementes de uva são uma fonte de rejuvenescimento.  As colinas da Toscana ou da Borgonha atraem ciclistas, e muitas fazendas da Provence seduzem os turistas com degustações de azeites ou de queijos de cabra.

Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Shivani Vora no New York Times do 28 de Dezembro 2017

Muitas tendencias para o ano novo, e o robô com destaque do turismo em 2018?

A Islandia, um dos destinos de frio destaques de 2018

Com o ano novo, os viajantes procuram inspirações e ideias para definir quais são as tendências que guiarão nos próximos meses as suas escolhas de destinos, de temáticas ou de tipo de hospedagem. American Express, Booking, Virtuoso, Voyageurs du Monde, USA today, USTOA, Pinterest ou le Journal de Montréal, são muitos jornais, mídias, agencias de viagens, operadoras ou associações profissionais  divulgam listas prospectivas. As escolhas são as vezes esperadas, as vezes surpreendentes, devido não somente aos mercados onde são feitas, mas também as metodologias utilizadas: reservas já realizadas, pesquisas de opinião junto a turistas potenciais, mesas redondas de técnicos ou de profissionais, ou simplesmente  opinião pessoal dos editores ou dos promotores. Mas mesmo com bases nem sempre científicas, essas listas deixam aparecer tendências fortes que impactaraõ o turismo em 2018.

Malta, destino exclusivo e capital europeia da cultura em 2018

As primeiras tendências são os grandes destinos que vão se consolidar, voltar ou aparecer esse ano.  O Portugal, a Itália, a França, os EE UU, o Reino Unido e o Japão ficam assim na liderança, mas outsiders muito dinâmicos estão crescendo. É o caso dos destinos de clima frio, com um destaque para Islândia, mas também da Noruega, da Alaska, do Groenlândia, da Rússia, das Ilhas Feroé ou da Patagônia. Capital Europeia da cultura, Malta deve consolidar sua posição de destino sofisticado no Mediterrâneo, mas a Eslovénia e  o Montenegro, a Tunísia e Chipre se juntaram aos lugares do momento. Na Ásia outro evento – os Jogos de inverno- deve favorecer a Coreia do Sul, e nas Américas a onda do enoturismo explica o sucesso do Chile e da Napa Valley. 2018 deve consolidar vários destinos exóticos, do Omã ao Irã, do Vietnã a Bali, da Polinésia francesa até a Nova Zelândia e a Ilha Mauritius.

O enoturismo, uma temática destacada nas tendências 2018

Os mesmos analistas se arriscaram também a adivinhar as temáticas que vão atrair os viajantes. A cultura e a historia continuam a ser as maiores motivações, seguidas do culinário, e dos grandes eventos culturais ou esportivos. Ricos em experiências, o enoturismo, o ecoturismo, o turismo de bem-estar, o turismo religioso e os cruzeiros vão continuar em forte crescimento. Dando conteúdos emocionais as viagens, estão aparecendo e/ou reaparecendo o turismo genealógico – nos passos dos seus ancestrais-, o turismo “vintage” – nos passos da sua própria infância- , ou o turismo de “pop cultura” – nos passos dos seus personagens de filmes, de série ou de telenovelas. Para viver essas experiências, os viajantes vão cada vez mais privilegiar pequenos grupos de familiares, misturando até três gerações, ou grupos de amigos, esses incluindo as crescentes ” viagens de amigas”. 

O Glamping juntando glamour e camping, aqui na Australia

Se os profissionais do turismo deverão sem dificuldades se adaptar a esses  pedidos dos viajantes, duas novas tendências destacadas para 2018 vão exigir mais evoluções dos agentes e dos hoteleiros. Para esses, e mesmo com a grande criatividade que tiveram nos seus produtos, a diversificação da hospedagem segue crescendo. Mesmo com regras fiscais e operacionais cada vez mais rígidas, os alugueis de apartamentos e casas – AirBnb ou outros- está atraindo agora 33% dos viajantes, e novas ofertas – o glamping por exemplo- estão surpreendendo.

Robôs agora invadindo a industria do turismo

Mas o grande assunto para 2018 será talvez o Robô. Alguns analistas anunciam que eles vão tomar conta da industria do turismo. Os “bots” oferecem até serviços de concierge personalizados. Buscando informações na nossa intimidade no web, eles vão agora ir bem além das tradicionais reservas. Novos aplicativos como Google Trips são capazes de propor destinos, alojamentos, restaurantes ou atividades correspondendo ao perfil de cada viajante, e de planificar a viagem escolhida, oferecendo ainda apoio, dicas e serviços durante a viagem. Claro que essas novas tecnologias poderão tambem ajudar o proprio agente a melhorar os serviços dado a seus clientes. Mas a criatividade, a capacitação, e o domínio desses novos ferramentas  serão chaves para evitar que um Robô ganha o prêmio de agente de viagem 2018.

Jean-Philippe Pérol

Esse artigo foi inicialmente publicado no Blog “Points de vue” do autor na revista profissional on line Mercados e Eventos

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