
O Mundial do Qatar ajudou a projetar o Marrocos
Depois de chegar brilhantemente en quarta lugar na Copa no Qatar – e de vencer o Brasil num histórico amistoso-, o Marrocos está mostrando que suas ambições internacionais não se limitam ao futebol, mas atingem outros setores, e especialmente o turismo. Com uma longa história de sucessos – uma escolha assumida pela qualidade e um primeiro plano que levou o reinado a passar em 2010 os 10 milhões de turistas-, o governo anunciou agora seus novos objetivos, 17,5 milhões para 2026 e 30 milhões para 2030, com um forte impacto social (geração de 200.000 empregos diretos e indiretos) e econômico ( Euros 11 bilhões de receitas internacionais) nos próximos 4 anos.

A ministra Fatima Zahra Ammor quer ambição e audácia para o turismo do seu pais
Essas ambições foram confirmadas pela ministra do turismo, Fatima-Zahra Ammor, que quer reposicionar o turismo como setor chave da economia marroquina, passando de 7% a 12% do Produto Interno Bruto e puxando outros setores de atividades. Para a ministra “O momento chegou de mostrar mais ambições e audácia, com uma clara visão, o dobramento do numero de chegadas internacionais e o posicionamento do Marrocos nos grandes destinos do turismo mundial”. Com um orçamento a altura dessas ambições – mais de 130 milhões de Euros por ano, o governo acredita que vai conseguir mobilizar o setor.

A Royal Air Maroc, inaugurando mais uma vez em 2023?
A estratégia da ministra é de trabalhar junto com os profissionais em três direções. Com as companhias aéreas, o objetivo é de dobrar o numero de assentos até 2030, assinando o máximo de parcerias. Logo em 2023, dez empresas assinaram convênios, abrindo 35 novas rotas para oito cidades do pais – as rotas para o Brasil, tradição da Royal Air Maroc desde os anos setenta, não foram confirmadas mas estão sendo estudadas. Com os hoteleiros, a prioridade será de melhorar e de modernizar a oferta, incentivando tanto a renovação do parque como a construção de novos estabelecimentos. Para atrair novos turistas e para fidelizar os visitantes, Fatima-Zahra Ammor quer abrir novos destinos e multiplicar as temáticas: praias, esportes náuticos, trekking, turismo urbano, aventura no deserto, congressos ou circuitos culturais.

A praça Djemaa el Fna, lugar icônico do turismo marroquino
As ambições do turismo marroquino vão também ajudar a valorizar o patrimônio imaterial do pais, seja a gastronomia, os festivais, o artesanato, ou a sustentabilidade, capitalizando sobre sua longa história e sua peculiaridade, bem como sobre a exposição mundial que o país ganhou durante a última Copa do Mundo. O futebol foi, por sinal, um tópico importante da apresentação da ministra que lembrou a candidatura do país, junto com a Espanha e o Portugal, para a Copa 2030. Mesmo se ainda não são definidas cidades que participariam – Tanger, Rabat, Casablanca, Agadir, Marrakech e Fès são as principais opções-, o Marrocos vai talvez ganhar mais uma ocasião de se projetar a nível internacional.
Esse artigo foi adaptado de um artigo original da revista francesa profissional on-line Mister Travel

Mazagão, um dos lugares onde a história do Marrocos encontra o Brasil
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