Icelandverse x Metaverse mostrando o talento e a criatividade da Islândia

Aproveitando a onda do metaverse, esse mundo virtual interativo dos gigantes do web, e sua apropriação pela Facebook  agora rebatizada Meta, o escritório de turismo da Islândia acabou de dar mais uma aula de marketing inteligente. Ao mundo tecnológico  dos aplicativos e das emoções em capacete 3D, universo do fake interativo, a nova campanha islandesa  está sobrepondo suas paisagens apurados e sua naturaleza grandiosa, num clip apresentado com muita simplicidade por um clone do Mark Zuckerberg.

As auroras boreais, cartão postal do pais

A agua que molha, os humanos de verdade, os pássaros bonitos e burros, a vegetação a respeitar, as pedras a acariciar e os géisers a observar de longe, esse é o mundo do IcelandVerse dessa nova campanha apresentado por «Zack Mossbergsson». Esse islandês com sotaque bem carregado copiou o corte de cabelo, a roupa preta e o estilo do dono da Facebook, e quer também convencer do lado revolucionário da tecnologia que a Islândia  está oferecendo para os visitantes.

Paisagens lunares são marca registrada

Este «chief visionary officer»  convide os interessados a participar desse novo capitulo da historia da conectividade humana, e a vir visitar o seu pais para essa experiência. Enquanto desfilem na tela desertos de gelo, campos de grama, paisagens vulcânicos ou auroras boreais, o C.V.O. não esquece de lembrar que o convite é valido para hoje, amanha, ou quando quiser. Já conhecida como terra de fogo e gelo, único país du mundo onde os nativos não usam sobrenomes, a Islândia merece agora ser também celebrado pelo seu senso de humor e de oportunidade. Parabéns!

Ainda não teve resposta do Mark Zuckerberg, mas está sendo esperado!

 

Na retomada do turismo, novas tendências nas mídias sociais para 2022

Expo Dubai quer mostrar como conectar mentes em 2022

Para os profissionais a retomada das viagens domésticas e internacionais segue como toda força, mas mostra ao mesmo tempo a importância das transformações que o turismo está vivendo tanto nos desejos dos consumidores, nos serviços, nos transportes, na hospedagem, bem como na venda e na distribuição. As mídias sociais, e todas as “novas tecnologias”, atores das revoluções esperadas, estão também mudando de forma espetacular  as suas atuações no turismo. Se muitas novidades ainda surgirão depois da retomada quando o setor voltará a sua normalidade de crescimento, os especialistas já identificaram algumas dessas tendências pós Covid.

O e-comércio impacta todos os atores do turismo

O e-commerce deu uma acelerada, a pandemia foi um acelerador, obrigando os consumidores a comprar on-line produtos ou serviços que se compravam em lojas ou se consumiam em restaurantes. Enquanto as mídias sociais eram antes da crise ferramentas fabulosas de promoção, mas onde as vendas eram ainda pouco significativas (com excessão de algumas plataformas como Etsy), as vendas on-line explodiram não somente na Instagram e na Facebook, mas também no TikTok ou no Pinterest. Só nos Estados Unidos, o crescimento esse ano vai passar de 25,2% com 80 milhões de compradores e estão sendo projetados 100 milhões para o final do ano que vem.

Facebook impacta cada vez mais a escolha dos viajantes

Facebook segue na liderança, mesmo se os mais jovens tem tendência a privilegiar Instagram, Snapchat ou TikTok. Mas sem precisar lembrar que Messenger, Instagram e Oculus fazem parte do mesmo ecossistema, Facebook monopoliza ainda 58 dos 145 minutos diários que quase 2 bilhões de internautas passam nas mídias sociais. Para todas as empresas, ela oferece não somente excepcionais ferramentas de marketing mas também ofertas de empregos, serviços para consumidores, pesquisas de mercado ou promoção de eventos. Muitas dessas funcionalidades não se encontram nos seus concorrentes Twitter ou LinkedIn, consolidando, tão criticado que seja, o seu monopólio de fato.

Tiktok quer ser um key player da era pos Covid

Tiktok virou uma plataforma prioritária. Desde outubro 2021, TikTok mostrou seu interesse em convencer as pequenas e médias empresas bem como os criadores de conteúdos. Com quase um bilhão de usuários mensais, TikTok faz agora parte dos 5 maiores atores do setor (depois de Facebook, Instagram, WeChat e YouTube), com um crescimento muito acelerado junto aos maiores de 35 anos. A empresa chinesa anunciou uma serie de novas funções que vão aumentar sua competitividade: plataforma publicitária, remuneração dos conteúdos, integração de stories, ou grande oferta de filtros para publicação de imagens, aproveitando as oportunidades de realidade aumentada – uma tecnologia cuja procura aumentou de 81% nos últimos 5 anos.

Os videos curtos vão se multiplicar. Mesmo se os números de impressões ou de interações está globalmente em queda, os videos curtos  ainda conseguem hoje os melhores resultados na web e nas mídias sociais. É o caso dos posts de 15 à 60 segundos no TikTok, dos reels Instagram e agora no Facebook. E o caso dos stories agora publicáveis em todas as plataformas, de Snapchat à Twitter, ou de Instagram à Facebook, a única exceção sendo LinkedIn cuja experiencia fracassou. É assim provável que as marcas e as empresas vão agora investir cada vez mais em videos curtos, ou pelo menos em videos mais longos mas podendo ser divididos em varias publicações.

As mídias sociais utilizam cada vez mais as técnicas do neuromarketing

Os conteúdos gerados pelos próprios usuários estão em forte alta.  Essa última tendência já existia nos anos anteriores, mas foi acelerada durante a pandemia. Os viajantes confiam mais nos conteúdos divididos pelos parentes, amigos, colegas, líderes de opinião ou influenciadores. A partir das estatísticas de Facebook, Instagram, Google Review e TripAdvisor, analistas de “neuromarketing” mediram que esse tipo de conteúdo aumenta em 20% o número de visitantes, em 90% o tempo passado no site e em 81% as taxas de conversão. Curtir, comentar, compartilhar e responder nas contas de mídias sociais é assim, mais do que nunca, a melhor maneira de atingir as suas comunidades de viajantes.

Clubhouse, a vingança áudio das mídias sociais

 

Fã do Clubhouse, Elon Musk convidou até Putin para uma conversa

É em tempo de crise que aparecem as inovações. Isso parece ser o caso do Clubhouse, uma mídia social 100% áudio que foi lançada em março 2021 e que está explodindo desde o inicio do ano. Aplicativo disponível exclusivamente com convite e acessível somente com iphone, o Clubhouse é uma nova mídia utilizando exclusivamente a voz. Abrindo o aplicativo, o usuário pode “entrar” em “salas” (room) cheias de pessoas conversando ou ouvindo, podendo entrar como público ou levantar a mão para ser autorizado a falar.  É também possível de criar sua própria “sala”, escolhendo o assunto para contar histórias, fazer perguntas, aprender, conversar, encontrar velhos amigos ou fazer novas amizades.

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Crescimento dos usuários da Clubhouse

O Clubhouse é mesmo uma loucura. Em menos de um ano já passou de 6 milhões de participantes, 4 milhões dos quais se juntaram no último mês de fevereiro. Valendo “somente” USD 100 milhões em maio de 2020, a empresa está sendo avaliada hoje em mais de um bilhão.  Comparado pelos analistas com o sucesso da Twitter, essa popularidade é muito ligada as experiências incríveis que são oferecidas, momentos “WOW”, conversas enriquecedoras ou intercâmbios intensos.  O Clubhouse  ficou também famoso pelos encontros com executivos ou artistas famosas. Assim Elon Musk, Oprah Winfrey, Ashton Kutcher, Mark Zuckerberg ou Meek Mill já entraram sem avisar em algumas “salas” para conversar com usuários anónimos.

Facebook prepara um áudio chat para competir com o Clubhouse

Alem da exclusividade e da espontaneidade, a plataforma deve também sua atratividade ao áudio. Em tempos de saturações de Zoom, Google Meet, Microsoft Teams, Skype ou Facebook Live, é gostoso de não precisar se mostrar. O audio já estava a todo vapor com a crescente popularidade dos  podcasts, e existem analistas apostando que as mídias sociais audio são o novo Eldorado da economia digital. O Clubhouse tem a vantagem de ser o primeiro ator a atingir um sucesso mundial, mas a concorrência  está chegando. Twitter já lançou uma funcionalidade chamada Spaces. Facebook e Microsoft estão trabalhando para lançar seus proprios aplicativos, ambos aparentemente com o nome Fireside.

Paul Davison, um dos dois fundadores do Clubhouse

Uma outra especificidade do Clubhouse seduz os seus fãs, a ausência de gravações ou de arquivos das discussões na “salas”. Isso libera a palavra, dando para os participantes a esperança de escutar uma confidência ou um anuncio exclusiva sobre os milhares de assuntos dado pelos inúmeros participantes.  Essa liberdade é porem também uma preocupação para os fundadores Paul Davison e Rohan Seth, acusados de não controlar declarações racistas, machistas ou homofóbicas eventuais dos seus usuários. Afirmando os valores da empresa para resolver esses problemas, eles estão trabalhando para uma outra ameaça trazida pelo sucesso: como não perder a dinâmica exclusiva do Clubhouse quando o número de usuários passará de 6 à 50 milhões.

Este artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Frederic Gonzalo de TourismExpress. nrevista profissional on-line Reseau de veille en tourisme, Chaire de tourisme Transat  

Para os influenciadores, a hora do “Small is beautiful”?

Parmentier convencendo o Rei Luis XVI de ajudar na promoção da batata

Desde que no século XVIII o agrônomo Parmentier convenceu o Rei Luis XVI a incentivar os franceses a aceitar de comer batatas,  contratar personalidades para promover seus produtos ou serviços é uma ferramenta bem conhecida dos marqueteiros. Muitos artistas ou famosos têm há muito tempo tarifas para aparecer em eventos ou campanhas de publicidades. Com a mundialização das midias sociais, as celebridades perderam a exclusividade e apareceram os influenciadores com um impressionante poder de comunicação seguidos por milhares – ou até de milhões- de fãs ou followers. Numa pesquisa realizada nos Estados Unidos pela CPC Strategy, só 20% dos internautas acham que um influenciador deve ser alguém conhecido. A prioridade sendo a qualidade dos conteúdos e a confiança nas comunidades criados por eles.

Instagram, segunda midia dos influenciadores, mas com o maior crescimento

Ainda segundo CPC Strategy,  os consumidores procuram novos produtos influenciados em primeiro lugar (70 %) pelos seus “amigos” das mídias sociais,  mas em segundo lugar (22%) pelos influenciadores que eles seguem, seja mega influenciadores (com mais de um milhão de seguidores), macro influenciadores (de cem mil a um milhão) ou micro influenciadores. E pelo ponto de visto dos profissionais, cada vez mais preocupados com a rentabilidade dos seus investimentos, os mais interessantes são agora os micro influenciadores. A Influencer Marketing Hub verificou junto a investidores que a rentabilidade deles é 30% superiora à dos macros, e essa superiora de 20% a dos megas. Menores as comunidades, mas eficientes em termos de retorno, essa nova tendência está impactando as escolhas dos influenciadores, e poderá ser reforçada últimas decisões da Instagram.

O profissionalismo e a transparência, resposta dos influenciadores a guerra da Instagram

O micro influenciador é por natureza difícil de escolher. Para encontrar aquele(a) que vai perfeitamente combinar com o marketing da empresa, os especialistas aconselham primeiro de medir três elementos: o número de seguidores, a ligação com a marca promovida, e a proatividade dos seus posts. Mas é também importante de completar estes critérios com varias boas praticas. Com total transparência, a empresa deve ser informada das publicações e ter acesso a todas as estatísticas nas mídias sociais ou na Google Analytics. Para certificar o “match” do público-alvo e da comunidade do influenciador, pode utilizar ferramentas como a HypeAuditor que pode realizar uma auditoria rápida da qualidade e dos perfil dos seguidores. Esse perfil ajudara também a confirmar a mídia escolhida (por exemplo Instagram para os menos de 34anos, Facebook para mais de 35).

Source : Trill Travel

Para medir os resultados dos influenciadores, é importante escolher quais são os objetivos marketing da campanha. Uma marca buscando notoriedade medirá as visualizações, o trafego, ou o envolvimento, enquanto uma outra querendo faturamento seguirá as vendas. Esse ultimo indicador sendo cada vez mais utilizado, o aplicativo Trill Travel  abra a opção de clicar diretamente numa foto da Instagram para fazer uma reserva identificando a origem da venda. Códigos promocionais podem ser personalizados com palavras chaves características ou até o nome de um blog. Mas se esses controles são necessários para poder medir os retornos sobre os investimentos, é muito importante que eles não atrapalham a liberdade e a criatividade. Enquanto tanto a Facebook que a Instagram parecem querer limitar o poder do influenciador, a sua  força continua sendo sempre o seu estilo e sua personalidade que consolidaram a sua comunidade!

Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Fanny Beaulieu Cormier na revista profissional on-line Reseau de veille en tourisme, Chaire de tourisme Transat 

Travel.me, a TUI apostando nos conteúdos e nas medias sociais

A TUI, mais de 300 marcas para o líder mundial

A TUI, mais de 300 marcas para o líder mundial

Primeiro grupo mundial de turismo, dono de 300 marcas de viagens conhecidas dos viajantes em mais de 30 países, instalado no Brasil desde o ano passado, a TUI lançou agora uma iniciativa original. Para ajudar os seus clientes a visualizar a diversidade da sua oferta, juntou os conteúdos de 600 contas de mídias sociais -Facebook, Twitter, Instagram e Youtube- bem como alguns conteúdos analógicos numa única plataforma de conteúdos, travel.me .  Se o site exista por enquanto somente em alemão e em inglês,  ele deve ser rapidamente traduzido em outros idiomas já que os diretores da empresa querem assim criar o maior site global de uma única marca de turismo, rico em experiências provenientes dos quatro cantos do mundo da TUI.
O site travel.me

O site travel.me

Essa plataforma faz parte dos esforços da TUI para apresentar sua marca de forma mais global e mais atualizada. Seguindo uma estratégia “One Brand” , outras marcas do grupo estão migrando para o novo site, e uma campanha de promoção vai ser lançada em oito grandes mercados europeus. A agencia Blumberry, responsável do conceito e do desenvolvimento do site, acredita que a nova tecnologia utilizada vai multiplicar os conteúdos vindo não somente das marcas do grupo – seja de aviação, de hotelaria ou de cruzeiros- mas também de editores ou fotógrafos contratados. Com uma navegação fácil e “fun”, os próprios viajantes deverão se apropriar cada vez mais travel.me, especialmente quando será lançada uma opção de feed ao vivo.
Paris no Instagram da TUI Alemanha

Paris no Instagram da TUI Alemanha

Substituindo de vez os velhos catálogos que eram os sonhos dos viajantes e o pesadelo das operadoras, o novo site vai sem dúvidas ser uma revolução na comunicação dos grandes grupos de turismo internacionais que vão poder mostrar de forma agradável e interativa uma extraordinária diversidade de conteúdos e de ofertas. Os ferramentas de escolha devem ainda ser muito melhorados. Procurando um destino na Ásia, um colega chegou no blog da “First Choice” com uma única proposta de restaurante Vegan. Uma pesquisa para o Brasil me levou para uma proposta de ecoturismo na Costa Rica com a operadora inglesa Exodus travels, a mesma operadora que me sugeriu um tour da Europa secreta quando eu tinha pedido sugestões para o Rio de Janeiro….

Bordeaux, um dos top destinos 2017 da TUI Inglaterra

Bordeaux, um dos top destinos 2017 da TUI Inglaterra

Mas a importância do projeto travel.me para TUI, e o seu caracter inovador para o turismo deixam pensar que o site, quando finalizado e traduzido nos grandes idiomas do turismo internacional (incluindo o português), será em breve uma referencia incontornável para os viajantes e um caminho a seguir para as grandes operadoras globais.

 Esse artigo foi inspirado de um artigo original de Serge Fabre na revista on-line Pagtour

As agencias atraindo novas gerações de viajantes, olho no olho mas com ajuda da Internet!

Paris ainda favorito mas agora competindo com novos destinos

Paris ainda favorito mas agora competindo com novos destinos

Preocupados com o futuro da sua profissão, cada vez mais ameaçados pelos novos canais de informação e de vendas, os agentes de viagem vão achar no “Consumer trends survey” da revista americana Travel Weekly algumas razões de comemorar. A proporção de viajantes utilizando os seus serviços nos Estados Unidos teria quase dobrado em três anos, passando de 18% em 2014 a 26% em 2015 e 28% em 2016. Os viajantes seriam também cada vez mais satisfeitos do atendimento das agencias, sendo 66% a ser muito satisfeito ou bastante satisfeito – comparando com somente 49% em 2012. Esse resultado se deve em primeiro lugar aos investimentos do setor em funcionários bem treinados, capaz de passar aos clientes os seus conhecimentos e a sua “expertise”, com sugestões de experiências  personalizadas, tanto na escolha de um hotel  ou de um cruzeiro que na montagem de um pacote de golfe, de mergulho ou de veleiro.

Os "milenios" voltando com força nas agencias de viagem

Os “milênios” voltando com força nas agencias de viagem

A boa surpresa para os agentes de viagem é que essa nova tendência vem justamente do comportamento de viajantes mais jovens, os “Geracão Y” , chamados também de “milênios”, a primeira geração que dominou a Internet e poderia ser totalmente alheia as agencias tradicionais. Viciados pelos seus celulares ou seus computadores – mas talvez também desnorteados pela abundância de informações que eles encontram no web-, os “milênios” surpreenderem porque utilizam cada vez mais as agencias de viagem, e mais que outros viajantes mais velhos. Nos últimos 12 meses, 45% deles utilizaram uma agencia (tinham sido  31% no ano anterior), enquanto os  “Geração X” foram somente 28% e os  baby boomers 15% , numa inesperada inversão das expectativas.

Os viajantes cada vez mais satisfeitos com as suas agencias

Essa renovada procura para os agentes de viagem foi mostrada também em maio desse ano numa pesquisa da American Association of Travel Agents. Os resultados confirmam que as compras de viagens através de agencias estão se consolidando em 22% do total, mas que essa proporção subiu a 30% nos consumidores “milênios”. Mais ainda, 45% deles já recomendaram um agente de viagem para um amigo ou um familiar. A motivação principal fica sem duvidas na procura de conselhos e de dicas, já que, segunda a CNN, eles são ainda fieis a destinos tradicionais como Paris ou Roma, mas também interessados em novidades como Taipé, Kuala Lumpur, Cartagena, Havana ou Dubai.

Cartagena, um dos destinos sonhados dos "milenios"

Cartagena, um dos destinos sonhados dos “milenios”

A força da Internet voltou na ultima pergunta da pesquisa da Travel Weekly pedindo  de que forma os consumidores tinham achados a sua agencia de viagem. Anúncios, jornais, revistas ou listas telefônicas foram utilizadas por menos de 10% dos entrevistados. Sempre considerada pelos profissionais como a maneira mais natural, a recomendação de parentes ou amigos ficou em segundo lugar, com 31%. Mas foram surfando no web que 47% dos viajantes acharam a sua agencia, mostrando que, mesmo para os canais de vendas mais tradicionais, os investimentos em conteúdos e imagens de qualidade nos seus sites e nas mídias sociais – Facebook, Instagram ou Twitter- virou uma exigência absoluta para atrair novos clientes. Mesmo para vender olho no olho, o web é um ferramenta indispensável.

Jean-Philippe Pérol

Conselhos e dicas ajudar a desenhar seu roteiro nas Ilhas de Tahiti,

Conselhos e dicas ajudam a desenhar roteiros nas Ilhas de Tahiti,

Quais orientações para o turismo em 2015?

Courchevel e AirBnB, uma nova e surpreendente promoção.

Courchevel e AirBnB, uma nova e surpreendente promoção.

Em toda o planeta turismo, observadores, profissionais e viajantes tentam adivinhar as grandes orientações de 2015. No Brasil as primeiras análises parecem pessimistas, ninguém se arrisca a prever um crescimento tanto das chegadas de turistas internacionais quanto das viagens dos brasileiros para o exterior. CB_GUEULETON_CR_UNE_2-400x400As transportadoras já esperam uma super capacidade da oferta, as operadoras e as agências só mostrarão previsões de altas com crescimentos externos alegrando as Bolsas mas não aumentando o número de clientes. A morosidade dos viajantes não impede porém novas mudanças que continuam revolucionando o setor. Pelo terceiro ano, o seminário organizado no Quebec pelo Paul Arseneault, da Universidade do Quebec em Montreal, e  o Pierre Bellerose, de Tourisme Montréal, tentou apontar as ideias marcantes para 2015, algumas já influenciando o mercado brasileiro do turismo.

O turismo virou imagens que devem contar historias personalizadas. O viajante quer bater fotos, fazer selfies, mandar vídeos onde ele vai ser valorizado, essa valorização pessoal sendo quase tão importante quanto o próprio destino escolhido. As informações correm rápido, no Facebook, no Youtube ou no Instagram, e a viagem deve permitir não somente  contar mas construir essa historia. Essa nova atitude deve ser respeitada logo na promoção, a hiper-personalização fazendo de cada cliente uma “nicho” de mercado e matando o marketing de massa.

Os serviços devem sempre incluir qualidade, conforto, criatividade e experiência global. Essas são agora exigências com as quais todos devem se submeter. Em um hotel se espera não somente um colchão de qualidade, um wifi grátis e de alta velocidade, mas um checkin relâmpago, o respeito ao meio ambiente e até uma integração da comunidade local. O restaurante tem que trabalhar com produtos e pratos regionais, oferecer uma verdadeira experiência gastronômica e saber gerenciar as exigências de reservas. Exif_JPEG_PICTUREOs novos conceitos atingem até os aeroportos. Ai o viajante não é mais somente um passageiro com um checkin beneficiado pelas novas tecnologias, cartão de embarque no smartfone e chips para identificar a mala. Ele é um consumidor passeando  em um shopping gigante, comendo em restaurantes ou se divertindo aproveitando um wifi grátis.

As agências tradicionais e as agencias on-line vão se reaproximar. Neste fim da época de ouro do crescimento com dois dígitos, as agencias on-line estão reinventando o seu relacionamento com seus clientes. Frente a agencias tradicionais agora mais consolidadas, convergências vão aparecer. As experiências físicas e virtuais vão se tornar complementares com o uso de todos os canais – on line em computadores, tablets ou celulares , agências, centrais telefônicas, entrega a domicilio. A aparição de uma nova ferramenta da Apple para gerenciar a globalidade das viagens é também uma possibilidade.

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O turismo colaborativo vai continuar a crescer, pelo menos na hospedagem e no transporte. Mesmo com uma forte hostilidade dos outros atores do setor – agências, hotéis ou táxis -, e com necessários acertos com as autoridades – controle de qualidade, taxas ou impostos-, a oferta de serviços colaborativos convenceu os usuários do mundo inteiro. As plataformas de hospedagens e de transporte urbano vão continuar a se expandir, e outros setores, como as visitas com guia ou até a alimentação, podem seguir.

Norte do Peru

Mesmo com uma economia parada e um crédito escasso, as novas tendências vão se firmar no Brasil, cada uma no seu ritmo. A força das mídias sociais, o potencial de algumas operadoras, a recente privatização dos aeroportos vão até acelerar certas mudanças apontadas no exterior. A provável apatia do mercado vai do seu lado dificultar a aparição de novos destinos. JPP NO LES SOURCES DE CAUDALIESCom menos reais e um dólar caríssimo, o crescimento da América do Sul (Chile, Bolívia ou Peru),  e a consolidação dos grandes destinos tradicionais na Europa ( Itália com Milão e Roma, França com Paris, o Mont Saint Michel, Bordeaux ou a Borgonha) devendo ser as tendências mais marcantes.

Jean-Philippe Pérol

Cenário de mudanças , mas agora conhecendo o final….

Nesse final de ano, o mercado do turismo não deixa mais uma vez de surpreender os profissionais.

Em primeiro lugar pela sua capacidade a reagir frente a queda do real. Mesmo com um poder aquisitivo no exterior reduzido de trinta por cento, as viagens aumentaram de mais de dez por cento em volume e de quase quatorze em valor. O dinamismo do setor aproveitou em primeiro lugar para os Estados Unidos que vão passar a barra dos dois milhões de turistas brasileiros, mas a França vai também se sair bem, ficando na liderança na Europa com um crescimento de oito por cento e uma previsão de 660.000 entradas de brasileiros.
Mas a outra grande preocupação do trade não e o volume de vendas, mas a nova repartição do bolo entre os grandes atores. Os fornecedores, que estão ampliando cada dia as vendas diretas. As agências tradicionais, que lutam para encontrar como agregar valor. As OTA , on-line travel agencies, que devem antecipar, no web ou na Facebook, os comportamentos ainda para nascer. A briga no Brasil ainda vai ser grande, mas pela primeira vez esse ano, podemos antecipar aonde vamos chegar. Dos Estados Unidos já estão chegando informações que, depois de quinze anos de revolução, o mercado está se estabilizando. Os fornecedores estão ficando com a metade das vendas, mas OTA com 23% e as agências tradicionais com 27%. Aqui no Brasil não temos então o calendário, mas já temos o final.
Tendo apostado em todos os canais de distribuição mas mais ainda na permanência do papel importante do trade, a França se alegra assim de ver que as agências continuarão a ser parceiros chaves na promoção dos destinos.

Jean-Philippe Pérol