Nesse final de ano, o mercado do turismo não deixa mais uma vez de surpreender os profissionais.
Em primeiro lugar pela sua capacidade a reagir frente a queda do real. Mesmo com um poder aquisitivo no exterior reduzido de trinta por cento, as viagens aumentaram de mais de dez por cento em volume e de quase quatorze em valor. O dinamismo do setor aproveitou em primeiro lugar para os Estados Unidos que vão passar a barra dos dois milhões de turistas brasileiros, mas a França vai também se sair bem, ficando na liderança na Europa com um crescimento de oito por cento e uma previsão de 660.000 entradas de brasileiros.
Mas a outra grande preocupação do trade não e o volume de vendas, mas a nova repartição do bolo entre os grandes atores. Os fornecedores, que estão ampliando cada dia as vendas diretas. As agências tradicionais, que lutam para encontrar como agregar valor. As OTA , on-line travel agencies, que devem antecipar, no web ou na Facebook, os comportamentos ainda para nascer. A briga no Brasil ainda vai ser grande, mas pela primeira vez esse ano, podemos antecipar aonde vamos chegar. Dos Estados Unidos já estão chegando informações que, depois de quinze anos de revolução, o mercado está se estabilizando. Os fornecedores estão ficando com a metade das vendas, mas OTA com 23% e as agências tradicionais com 27%. Aqui no Brasil não temos então o calendário, mas já temos o final.
Tendo apostado em todos os canais de distribuição mas mais ainda na permanência do papel importante do trade, a França se alegra assim de ver que as agências continuarão a ser parceiros chaves na promoção dos destinos.
Jean-Philippe Pérol