Carlos III na degustacao de SHL com o casal Cathiard @quentin charpentier
Numa esperada visita histórica na Franca, marcada por um deslumbrante jantar no Palácio de Versalhes, o Rei Carlos III e a Rainha Camilla fizeram questão de ir para Bordeaux. Alem de ser uma cidade onde a inflencia inglesa sempre foi muito marcante, foi incluída no roteiro do casal real para poder organizar uma visita dos vinhedos de Smith Haut Lafitte em Martillac. “Grand cru” de Graves, na apelação de origem controlada Pessac-Léognan, esse castelo foi cuidadosamente selecionado pelos seus princípios de agricultura biológica e de biodinâmica. Muito interessado por essas ideias, o Rei queria observar as técnicas de produção que foram estabelecidas há mais de 30 anos por Florence e Daniel Cathiard, proprietários do Château Smith Haut Lafitte.
A visita mostrou todos os detalhes do processo de vinificação @guillaume bonnaud
Desde o início da sua vida pública, Carlos III sempre deu um destaque a natureza, e nunca perdeu ocasiões de incentivar a sua preservação. Verdadeiro ecologista antes da hora, o então Principe investiu nos jardins da sua propriedade de Highgrove House para criar um jardim ecológico, educativo e economicamente rentável, um modelo que deu certo. Nos 364 hectares de terras, hortas, jardim selvagem e florestas abrigam por volta de cem tipos de plantas ou arvores diferentes, uma fazenda sustentável cujos produtos são vendidos no local. A propriedade é aberta para as visitas dos grupos escolares, com programas de iniciação e de sensibilização dos jovens as exigências ecológicas. O sucesso de Highgrove House, agora, o primeiro empregador do Gloucestershire, impacta hoje toda a vida econômica de toda a região.
O casal real com Alice e Jérôme Tourbier @quentin charpentier
Assim como o Rei Carlos III em Highgrove House, Florence e Daniel Cathiard foram também pioneiros com o envolvimento do Château Smith Haut Lafitte na luta da biodiversidade logo no inicio do anos noventa. Acreditando na biodinâmica, o casal adotou os processos mais inovadores da agricultura biológica tanto nos vinhedos quanto nas adegas. Para proteger as uvas dos parasitas, os produtos químicos foram substituídos por compostos orgânicos 100% naturais, fabricados com plantas preferidas pelos viticultores do castelo, que ajudam a proteger a biodiversidade. Os cuidados com as hortas, os pomares, as colmeias e a floresta enriquecem o meio ambiente em volta dos vinhedos. A paixão do bio foi transmitido pelos Cathiard a suas duas filhas, Mathilde que criou os cosméticos Caudalie, e Alice, fundadora do complexo hoteleiro 5 estrelas Les Sources de Caudalie.
Personalização e exclusividade são as tendências do turismo de luxo
Alice, junto com seu marido Jérôme Tourbier, militam pelo turismo sustentável desde a abertura do hotel 5 estrelas Les Sources de Caudalie em 1999. A ambição do casal era criar um local dedicado aos visitantes procurando uma arte de viver única, completamente virado para natureza, mantendo a excelência com permanentes inovações. Hoje Les Sources de Caudalie é um verdadeiro vilarejo com 61 quartos e suites, bem como três restaurantes: La Grand’Vigne** (duas estrelas Michelin), La Table du Lavoir et ROUGE, todos abastecidos com legumes bios produzidos nas próprias hortas. No conjunto, abriu também um SPA Vinothérapie , que ofere tratamentos com extratos de vinhas ou de sementes de uva. Em harmonia com a natureza, a filosofia do hotel é de utilizar a riqueza dos vinhedos, das uvas e do “terroir” para oferecer a experiência de um luxo discreto, personalizado e respeitoso.
Les Sources de Caudalie, primeiro palace a receber o “Europe Ecolabel”
Hoje classificado Palace, Les Sources de Caudalie foram os primeiros a receber a distinção « Europe Ecolabel » depois de ser comprovados seus compromissos: reduzir a pegada de carbono, proteger a biodiversidade, reduzir o consumo de água e de energia, reciclar os dejetos, e enfim incluir os fornecedores e os parceiros nessa politica. Os gestos ecológicos se encontram também nos quartos. Os produtos cosméticos são a 95% de origem natural, produzidos na França, oferecidos em frascos reciclados e recicláveis. As amenities podem ser reutilizadas. A água mineral é servida em garrafas de vidro. A limpeza das roupas de cama tem cuidados especiais, e os chinelos oferecidos pelo hotel são biodegradáveis. Muitas atenções para fazer deste Palace um exemplo real de sustentabilidade.
Os Emirados Arabes Unidos são considerados o destino mais seguro
Preocupação crescente dos viajantes, a segurança é hoje um fator importante na hora de escolher um destino turístico. Lançado em 2009, o indice de criminalidade publicado no site da Numbeo é por isso mencionado ou utilizado por muitos jornais e revistas internacionais incluindo a BBC, Time, Forbes, The Economist, The New York Times, The China Daily, The Washington Post, USA Today e muitos mais. Baseado nos indices de criminalidade (incluindo drogas, corrupção e discriminação), mas também no sentimento de insegurança dos visitantes, o indice 2022 trouxe algumas surpresas e muitas confirmações que podem explicar ou influenciar algumas tendências.
O mapa mundi da segurança traga algumas surpresas
Com 435 cidades avaliadas, a pesquisa confirma, como era de esperar, que a América Latina e a África são as regiões mais inseguras, ocupando os últimos lugares da lista. De forma mais surpreendente, a América do Norte tem indices ruins ou pelo menos extremamente diferenciados. E se a Europa e a Oceania são globalmente mais seguras, com certas diferencias regionais, a surpresa vem da boa colocação da Ásia e mais ainda do Oriente Médio com vários destinos turísticos onde os viajantes encontram a segurança que responde as suas expectativas.
Os indices por pais destacam a Europa e o Oriente Médio
O ranking dos países, acumulando acima cidades seguras em azul e inseguras em vermelho, vem confirmando este quadro. Nos destinos mais tranquilos, e como era de se esperar, destacam-se os Emirados Arabes Unidos, a Suiça, os Países Baixos e a Noruega, mas também alguns países que não tinham essa fama, como a Turquia ou a Romênia. A China , a Alemanha, a Nova Zelândia confirmam as suas imagens de tranquilidade. As surpresas vêm dos grandes destinos turísticos. No Sul da Europa, a Espanha fica em sexto lugar enquanto a Itália e mais ainda a França constam com o Brasil e a África do Sul nos países mais problemáticos. Umas más colocações divididas com dois outros gigantes do turismo internacional, o Mexico e os Estados Unidos.
Quebec se firma no top do ranking por cidades
Dominado pelas cidades suíças e emiratis, o ranking por cidades mostra porem uma grande diversidade, mesmo em países globalmente mal colocados. Quebec no Canadá é assim no pódio da lista, Irvine na California ou Merida no Mexico são extremamente bem avaliadas. Na França, Brest (na Britânia) está nas vinte primeiras, Estrasburgo e Bordeaux ficam com indice de segurança acima da media. No Reino Unido, enquanto Londres fica atras de Medellin, Edimburgo está muito bem colocada. Na Itália, Trieste esta bem avaliada em quinquagésima quinta posição, e Florença surpreende. No Brasil, Florianópolis e Curitiba destoam das outras capitais brasileiras que dividem as piores posições da lista.
Florianópolis é a cidade brasileiro melhor colocada no ranking
A pesquisa e a classificação da Numbeo devem ser analisadas com um certo cuidado, mas a preocupação com a segurança é uma das mais fortes tendências da retomada pós Covid. Já é um dos motivos do sucesso de vários destinos, seja Dubai, a Suiça, a Croácia, a Noruega, a China (e Taipé) ou a Nova Zelândia. Nos grandes países turísticos, a segurança deve voltar a ser uma prioridade na França, nos Estados Unidos ou na Itália, onde podem ajudar ao crescimento de novos pontos de atração, mais tranquilos e longe do overturismo. As exigências de experiências seguras estão assim abrindo mais oportunidades no Pais Basco, em Taipé, no Quebec, na Alsácia, na California, em Bordeaux, nos países bálticos, ou em Florianópolis.
Uma maquete de galião conta as origens da aventura do Chateau Malartic
Nas garrafas de Chateau Malartic Lagravière, um galeão de três mastros e três fileiras de canhões lembra que esse grand cru de Pessac Leognan tem uma historia peculiar. No final do século XVIII, o vinhedo foi comprado pelo Conde de Malartic, almirante do Rei Luis XV, que lutou do Quebec até as ilhas Mascarenhas onde morreu. Seus herdeiros administraram a propriedade até 1850 quando foi vendida para a Senhora Arnaud Ricard, uma empresaria cujo padrasto era comandante da marinha mercante. Foi ele que levou para a propriedade a maquete do navio “Marie Elizabeth” que ele comandava e dentro do qual envelheciam os barris de la Gravière.
O castelo continua sendo a residência familial
Os atuais proprietários, a família Bonnie, compraram o Château Malartic Lagravière em 1997. Seduzidos pela localização ensolarada dos 53 hectares, e pela classificação tanto dos tintos que dos brancos como Grand Cru Classé, tiveram logo a ambição de devolver a este vino um lugar de destaque, investindo em tecnologias inovadoras e savoir faire reconhecidos. Depois dos pais, Alfred et Michèle , são agora os dois filhos, Véronique et Jean-Jacques, que administram a propriedade, com duas grandes prioridades: preparar os vinhedos para as mudanças climáticas, ambientais e sociais, e desenvolver o enoturismo oferecendo aos visitantes umas inesquecíveis experiências.
A reconhecida preocupação ambiental vai alem do vinhedo
O respeito pelo meio ambiente integra todo o processo de produção. O trabalho do solo com material orgânico, a aração das parcelas (algumas delas com cavalos), bem como o tratamento das parreiras sem inseticidas e sem herbicidas seguem as recomendações da agricultura racional. Foi assim que o Château Malartic Lagravière conseguiu em 2015 a classificação de « Haute Valeur Environnementale » (Alto valor ambiental), o mais alto dos certificados de boas práticas ambientais outorgados pelo Ministério francês da Agricultura. A família foi mais longe, levando as boas práticas para as construções, a fauna, a flora e a gestão dos riachos que atravessam os vinhedos, conseguindo assim uma certificação ISO 14001 (gestão ambiental).
Severine Bonnie, comentando pessoalmente as degustações com os visitantes
O Château Malartic-Lagravière ampliou a partir de 2019 sua oferta de enoturismo, focando experiências personalizadas e exclusivas. Devendo ser feitas com reserva antecipada, as visitas são organizadas pela equipe de Severine Bonnie. Com vários itinerários, « Premium Château », « Atelier fromages », ou « Cépages & Découverte », a descoberta das parcelas e das adegas sempre acaba com uma degustação. As ofertas mais procuradas são os cursos de cozinha com harmonizações que foram premiado em 2020 pelo Award Best of Wine Tourism dos Great Wine Capitals. Focando na gastronomia, Severine lançou também durante a pandemia “As 4 estações de Malartic”, um livro com 24 receitas de família que podem ser preparadas e degustadas durante os cursos, uma ideia criativa que foi consagrada com a entrega do Trofeu Enoturismo 2022.
A nova aventura do Chateau Malartic não podia ser limitada nas colinas da região de Graves. Em 2005 os Bonnie comprar perto de Mendoza, nos pés da Cordilheira, 130 hectares no deslumbrante Clos de los Siete. Tendo aproveitado o savoir-faire acumulado pela família em Bordeaux, a bodega DiamAndes se destaca hoje pela excelência dos seus vinhos elaborados com Malbec, Cabernet Sauvignon, Viognier ou Chardonnay. A imponência da sua arquitetura, sua imenso terraço com vista para os Andes e seus vinhedos, suas obras de arte, seu bar-restaurante aconchegante e sua adega impressionam o visitante fascinado por esse novo mundo do vinho.
O acerto na data das vindimas é a chave da qualidade do vinho
Press release da Promonde, São Paulo, 28 de março de 2022
A Borgonha vai ser a grande vedete da segunda edicão do Invino
O francês Jean-Philippe Pérol, no Brasil desde 1976, sempre foi um visionário. Dirigiu os escritórios para as Américas da antiga Maison de la France, hoje Atout France, ocupando também a função de Diretor Geral em Paris da organização. Foi o primeiro a acreditar nos anos 2000 na democratização das viagens internacionais para os brasileiros e apostar no potencial da então nova classe média para o turismo francês. Apaixonado por tecnologia, sempre alertou que as operadoras e agências de viagens eram os maiores parceiros dos Tourism Boards. Depois, no início dos anos 2010, entendeu a importância das mídias sociais, em especial o Instagram, como veículo de promoção de destinos, e criou campanhas icônicas com influenciadores digitais.
Vinho e turismo, o encontro de duas paixões
Quando deixou o turismo da França, apostou suas fichas na Amazônia e nas viagens com conteúdo. E percebeu, igualmente, que o enoturismo no Brasil poderia ter um crescimento significativo ao longo dos anos. Criou, a partir daí, em 2019, o Invino Wine Travel Summit. A segunda edição acontecerá no Hotel Unique, no próximo dia 11 de abril. Abaixo ele explica o cenário atual das viagens de vinhos, a motivação para organizar a segunda edição e que novidades os profissionais de turismo poderão conhecer no evento. As inscrições estão abertas gratuitamente pelo site.
A pandemia causou uma paralisação das atividades turísticas. Por outro lado, essa cocoonização forçada promoveu o aumento no consumo de vinhos, inclusive com surgimento de um novo mercado. Quais as expectativas de vocês com relação ao enoturismo, nessa retomada das viagens?
JPP: A pandemia causou uma brutal retração de 84% do mercado mundial do turismo em 2020 passando de 1,5 bilhão a menos de 400 milhões. O enoturismo também sofreu, mas devemos ser otimistas porque as tendências surgidas com a crise vão dar um forte impulso nas viagens por três razões: o crescimento da gastronomia (e do vinho) nas motivações; a procura de temáticas e de conteúdos fortes e, por fim, a resiliência do turismo de luxo que representa ume boa parte (mesmo se não a única) do enoturismo nacional e internacional no Brasil.
A Cité do Vin de Bordeaux, uma arquitetura enobrecendo o enoturismo
Um novo empreendimento turístico voltado para o universo do vinho surge na Borgonha. É a resposta da região à Cité du Vin, em Bordeaux, nessa saudável concorrência entre as duas regiões?
JPP: Na França, a questão Bourgogne/Bordeaux é tão viva quanto a direita/esquerda na politica ou PSG/Marselha no futebol. No contexto, Cité du Vin et la Gastronomie da Borgonha e da Cité des Cultures et des Civilisations du Vin, deve se anotar que são dois projetos totalmente diferentes. Com os dois estando presentes no evento de enoturismo Invino, o brasileiro poderá ver que são muito mais complementares que concorrentes.
Trata-se da segunda edição do evento. A Cap Amazon reuniu muitas informações sobre o mercado. Quem é hoje o brasileiro que consome enoturismo?
JPP: A primeira informação que devemos divulgar a nossos colegas do trade é o impressionante crescimento desse tipo de turismo no Brasil nos últimos anos. Quero especialmente destacar dois pontos que chamam minha atenção na preparação desta segunda edição. O primeiro, é que o consumo de vinho e de enoturismo atinge hoje uns perfis de consumidores muito mais largos, além dos tradicionais connaisseurs da elite social e econômica e dos descendentes de imigrantes europeus no sul do país. O segundo é que o enoturismo brasileiro é hoje uma grande realidade em São Paulo, no Sul e até no Nordeste, e que os agentes de viagens tem aí um grande potencial a longo mas também a curto prazo.
De Nordeste a Sul, o enoturismo brasileiro está em plena ascenção
Há uma diferença do enoturista brasileiro para o de outras nacionalidades?
JPP: Acho que temos que falar dos enoturistas brasileiros e não do enoturista brasileiro. Temos uma clientela tradicional e de alto padrão aquisitivo que procura um enoturismo de luxo e que costuma comprar muito vinho com grande rótulos. Essa clientela está crescendo, procurando novos destinos e sendo cada vez mais curiosa sobre vinhos diferentes. Mas temos também uma clientela nova, que precisa talvez ser mais acompanhada que os enoturistas franceses ou italianos, e é nesse momento que os agentes de viagens podem ter um papel muito importante!
Quais suas apostas em enoturismo para o próximo ano?
JPP: Muito Brasil. O doméstico vai ser sucesso no enoturismo, como o sul do país, mas São Paulo vai surpreender; a Argentina também, pela proximidade e preços interessantes; a França, claro. Países ou regiões menos conhecidas vão também aproveitar. A presença da Suíça e da Catalunha no Invino não são meras coincidências. Queria lamentar a esse respeito que a Moldavia teve que cancelar sua participação devido a guerra que está chegando a suas fronteiras orientais.
A Garzon virou um exemplo de sucesso enoturístico
Quais as novidades para a edição 2022 do Invino?
JPP: Uma edição mais internacional, com expositores vindo de 8 paises, e uma participação mais importante do trade do vinho – teremos por exemplo o World Wine apresentando seus vinhos no coquetel de encerramento. A gastronomia vai ter também uma presença mais forte com um almoço do chef bourguignonEmmanuel Bassoleil, e – last but not least – uma apresentação dos Queijos da França que vão se harmonizar com os vinhos da Garzon, um encontro original entre o Velho e o Novo Mundo.
A quem o evento se destina e como se inscrever?
JPP: O Invino quer que os mundos do turismo e do vinho se encontrem mais e se conheçam melhor. Devemos, assim, contar com 80 buyers, agentes de viagens e operadoras querendo se implicar no enoturismo, e 40 jornalistas e influenciadores vindo tanto do turismo quanto do vinho. Os 30 expositores se dividem também entre os dois setores. A particularidade do Invino em misturar palestras, seminários e encontros com refeições harmonizadas e degustações vai ajudar a criar esse clima de intercâmbio e de convivialidade que tanto gostamos.
A Suiça se posiciona como um destino de enoturismo
Smith Haut-Laffite, uma vinícola de Bordeaux onde enoturismo combina com cultura
Com mais de 15 milhões de reservas de apartamentos por ano em parceria com grandes empresas, – Booking, Interchalet, TUI, Housetrip ou Trip Advisor-, a plataforma Holidu publicou um ranking “cientifico” e popular das regiões europeias de enoturismo. A pesquisa levou em consideração não somente a qualidade e a variedade dos vinhos produzidos, as infraestruturas turísticas e o numero de vinícolas abertas os visitantes, mas também o consumo de vinho per capita, o preço medio das garrafas consumidas no local, assim que o número de entregas de diplomas de sommeliers nos centros locais de capacitação. A lista que foi estabelecida mostrou lógica e surpresas.
A “Cité du Vin”, monumento a Bordeaux cidade mundial do vinho
Nova-Aquitânia – França
A lógica levou a Nouvelle Aquitaine para o primeiro lugar. A região de Bordeaux, de Cognac e de Bergerac tem mais de 11.000 vinícolas, muitos dos mais famosos vinhos do mundo, e oferece preços atrativos com seus “vinhos de mesa”. As infraestruturas turísticas são de qualidade, o patrimônio cultural invejável, e a fama da sua gastronomia e das suas paisagens é mais que merecida. A dica da Holidu : Ir até a lagoa de Arcachon e provar as ostras locais com um Pessac Leognan branco (por exemplo um Hauts de Smith) .
Nos arredores do Etna, os vinhos de “lava”
Sicília – Itália
A surpresa já apareceu com o segundo lugar da Sicília. Mas, conhecida pela sua longa história, seu rico património e sua cultura peculiar, a ilha se posiciona cada vez mais no enoturismo. Vinhos como o Malvasia, o Novello e o Catarratto Bianco são algumas das maravilhas a ser descobertas . A dica da Holidu : nos arredores do famoso vulcão Etna, 18 hectares de vinhedos produzem desde o século XVII um vinho escuro que pode ser provado depois da visita, acompanhando as “polpette”, as tradicionais bolinhas de carne.
Vinhedos e moinhos em Castilha La Mancha
Castilha-La Mancha – Espanha
Primeira região produtora da Espanha, a Castilha La Mancha se destaca pela grande variedade de uvas, Grenache, Syrah, Cabernet Sauvignon, Tempranillo, Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Macabeu ou Airén. Na terra dos moinhos, os tintos, rosés ou brancos impressionam pela qualidade e pela excelente relação preço/ qualidade. A dica da Holidu : antes de começar as visitas das adegas, visitar a “cidade encantada” no parque natural da Serranía de Cuenca.
Em Pompei, o vinho tem uma longa história
Campania – Itália
Quase chegando no pódio desse ranking, a Campania ainda é pouca conhecida do mundo do vinho, mas tem uma tradição vinícola de 3200 anos, e uma excepcional riqueza turística. Vários dos seus vinhos devem ser degustados, por exemplo o Greco, o Asprinio, o Pallagrello branco, o Fiano, o Falanghina, o Coda di Volpe, o Forastera ou o Biancolella. A dica da Holidu: não esquecer de visitar as ruinas de Pompei, uma experiencia única no mundo ainda enriquecida pelas recentes descobertas arqueológicas.
Entre Lácio e Toscana, a surpreendente Úmbria
Úmbria – Itália
Outra surpresa da lista é o quinto lugar da Úmbria, mais conhecida pelas suas riquezas culturais. Entre Roma e Florença, o coração verde da Itália, trabalha varias uvas de qualidade, locais como o Sagrantino, o Sangiovese ou o Colorino, mas também internacionais como o Merlot e o Cabernet Sauvignon. A dica da Holidu : não perder a “Galleria Nazionale dell’Umbria”, localizada no “Palazzo dei Priori”, um dos mais imponentes prédios históricos de Perugia.
O charme irresistível de Chenonceau, o Castelo das 3 Damas
Vale do Rio Loire – França
Seguindo o Vale do Rio Loire, 2000 vinícolas se espalham entre a costa do Oceano Atlântico e a Auvergne. Famosa pelos seus vinhos alegres e fáceis de beber, sejam brancos como o Muscadet, o Sancerre ou o Pouilly, sejam tintos como o Saumur Champigny, sejam espumante como. A (merecida) fama dos Castelos do Loire explica também o sucesso do enoturismo da região. A dica da Holidu: o itinerário tem que ser feito para combinar vinhedos e castelos, sendo que Chambord, Azay le Rideau, Cheverny, e mais ainda Chenonceau, são imperdíveis.
Vinhedos perto de Valencia
Valencia – Espanha
Dona de uma oferta turística muito completa, orgulhosa da sua cultura preservada, a região de Valencia colocou mais uma vez a Espanha no Top 10 da Holidu. Alem de uma grande variedade de uvas (Monastrell, Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Merlot), o sucesso valenciano deve muito aos preços extremamente competitivo dos seus vinhos – os mais baratos da lista. A dica da Holidu: Visitar a cidade medieval de Bocairente e seus arredores.
Os incomparáveis paisagens da Toscana
Toscana – Itália
Pioneira do enoturismo, a Toscana ficou famosa pelo Chianti desde o século XIV, explorando uma grande diversidade de uvas: Sangiovese, Canaiolo, Cabernet Sauvignon, Merlot, Trebbiano e Malvasia. Com cidades e vilarejos esbanjando história e cultura, um clima e uma luz excepcionais, a região oferece uma grande diversidade a todos os públicos. A dica da Holidu: Aproveitar um passeio de bicicleta para mergulhar na cultura local e marcar atividades com os moradores.
Sendo os portugueses os maiores consumidores de vinho per capita da Europa, um ranking europeu de enoturismo devia ter uma região portuguesa, e foi Setúbal que se destacou com seus vinhos originais. Tradicional produtor de prestigiosos, incluindo o famoso Moscatel de Setúbal, a região produz também vinhos tinto exportados no mundo inteiro como o Periquita ou o Bacalhôa. A dica da Holidu: vale a pena seguir as rotas ou trilhas túristicas em volta das quais são organizadas muitas atividades, incluindo para as famílias.
Trufa branca e vinhedos do Piemonte
Piemonte – Itália
Uma quinta região italiana fecha o ranking da Holidu: o Piemonte. Famosa pela qualidade (e o preço) dos seus vinhos proveniente de uvas locais (Nebbiolo, dolcetto, brachetto ou cortese), a região produz os famosos Barolo, Gattinara, Ghemme e Barbaresco, bem como os mundialmente conhecidos Asti Spumante. Em Alba, é certamente um deles que será recomendado para uma harmonização com a famosa trufa branca, A dica da Holidu: aproveitar as numerosas atividades náuticas oferecidas na região, canoa, vela ou windsurf.
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original na revista francesa profissional on-line Mister Travel
Depois de 140 anos, a saudade do rei dos trens e do trem dos reis ainda fica
Na longa história do turismo, o trem sempre teve um lugar especial, símbolo de democratização com a primeira viagem organizada em 1841 pelo inglês Thomas Cook, ou sonho de luxo e de aventura no Orient Express inaugurado em 1883 pela Compagnie Internationale des Wagons lits do belgo Georges Nagelmackers, e que perdura até hoje através do Venise Simplon Orient Express da Belmond. Depois do sucesso dos projetos franceses ou espanhóis do Puy du Fou ou de Toledo realizados pelo seu pai, o francês Nicolas de Villiers lançou agora o Grand Tour, um espetáculo inovador em torno de um cruzeiro ferroviário cheio de surpresas.
Aproveitando a abertura da rede ferroviária para as empresas privadas, o Puy du Fou imaginou uma volta da França de 4000 quilômetros em 6 dias e 5 noites, saindo de Paris e parando em cidades emblemáticas da história e da cultura francesas. Os espectadores vão viver experiências inéditas em Epernay com as adegas da Dom Perignon, em Reims com a catedral dos Reis, em Beaune com os seus Hospices, em Avignon com o Palácio dos Papas, em Aix com o ateliê do Paul Cezanne. Perto de Bordeaux navegarão na lagoa de Arcachon antes de descobrir o quadro exótico dos vinhedos de Cos d’Estournel. No ultimo dia, um momento romântico em Chenonceaux, o castelo das três damas, e uma visita do Puy du Fou encerrarão com chave de ouro esse passeio excepcional.
O visual do trem não nega a filiação com a Belle Epoque
Para aproveitar este espetáculo único, o Puy du Fou imagino o mais insólito dos teatros, um autentico trem “Belle Epoque” concebido como uma obra de arte, com conforto e a beleza. Num total de oito carros, o comboio será composto de dois carros-leitos de 15 cabines, dois carros-restaurantes e um carro-bar onde os viajantes serão atendidos por 15 tripulantes vestidos com uniformes da época. Com cada detalhe lembrando a grande época do trem, os organizadores prometem que os “Grands Tours” serão experiências espetaculares e poéticas, imersões no espaço e no tempo, num percurso iniciático na geografia e na historia da França.
Reversiveis, as camas viram sala de estar durante o dia
A vida a bordo terá a mesma importância que os lugares visitados, com uma permanente imersão na História. Além da presencia do chef, do bar tender e da equipe de animação, são previstas visitas de artistas, comediantes, músicos, someliês ou palestrantes. Nicolas de Villiers faz questão de lembrar que o Grand Tour não chegou para concorrer com os trens noturnos de luxo – os carros ficarão parados durante as noites para dar mais conforto aos passageiros. Será um espetáculo exclusivo de alto conteúdo cultural para um máximo de 30 pessoas em cada viagem, com somente 23 saídas no primeiro ano e até 40 nos anos seguintes. Mesmo se a data exata da primeira viagem ainda não foi divulgada (seria na primavera ou no verão 2023), já é possível de fazer uma pré-reserva no site www.legrandtour.com.
Nas novas tendências que se destacam nas viagens pós Covid 19, uma das mais fortes parece ser a fobia do “overturismo”, a procura de destinos turísticos fugindo as grandes multidões, a preferência anunciada por hospedagens, restaurantes, ou eventos de menores tamanhos, mas com sérias garantias de saúde ou segurança. A primeira vista parece ser um paradoxo, os grandes destinos tradicionais, Estados Unidos, Italia ou França serem ,talvez, os grandes favorecidos por essa revolução. A França por exemplo têm alguns lugares sofrendo de overturismo, mas 80% do seu território recebem somente 20% dos turistas enquanto essas mesmas regiões escondem lugares excepcionais pelas suas riquezas naturais, culturais ou humanas.
Stéphanie Gombert em La Treyne com Jean-Philippe Pérol e Caroline Putnoki
Assim o vale do rio Dordogne, terra de castelos que se estendea da Auvergne até Bordeaux, onde o turista pode se emocionar com as pinturas pré-históricas da gruta de Lascaux, sentir a espiritualidade de Rocamadour ou das capelas dos caminhos de Santiago, descobrir os vinhedos de Cahors e o Malbec original, ou confirmar se o “foie gras” e as trufas do Perigord são as melhores da França. Os hotéis da região são sempre pequenas unidades, aproveitando antigas fazendas ou castelos onde a imponência da arquitetura foi combinada com o conforto moderno. No mais prestigioso estabelecimento do vale, o Château de la Treyne, a proprietária Stéphanie Gombert aceitou de explicar como a crise está transformando o turismo na região.
O parque, um dos cenários do almoço pique nique chique
Jean-Philippe Pérol: Você vai reabrir em julho o Château de la Treyne. Como vai ser essa reabertura pós covid 19 e quais vão ser as mudanças no atendimento e nos serviços?
Stéphanie Gombert: O nosso atendimento será ainda mais caloroso e tivemos que ser criativos. As normas sanitárias obrigam todos os funcionários a usar luvas e mascaras, e a ter menos proximidade. Assim quando um hospede será acompanhado até o seu quarto, teremos que ficar do lado de fora. No restaurante, as regras obrigam a muitas mudanças. Reduzimos de 50% o número de mesas para respeitar uma distança minima de um metro e meia, cancelamos os cardápios e colocamos tudo em QR code para evitar contatos desnecessários. Para o almoço, inventamos de propor um pique nique chique, com dez mesas espalhadas nos 120 hectares da propriedade, uma no terraço, uma em baixo do tricentenário cedro-do-Libano do parque, uma na pequena praia de frente para o rio Dordogne. O almoço será colocado na mesa de uma vez para reduzir os contatos. Para os cafés da manhã, Yvonne, nossa responsável, nunca gostou de bufês e sempre servimos nas mesas.Agora que virou obrigatório, vimos que fomos pioneiros.
O restaurante redesenhado para respeitar as novas normas sanitárias
JPP: A volta a normalidade deve ser demorada, e vai começar com os clientes de proximidades. Quando espera rever as clientelas distantes, incluindo os brasileiros, e que ações podem acelerar essa volta?
SG: Temos sorte porque o mercado francês representa 50% dos nossos visitantes, e vamos logo contar com eles. Os brasileiros são uns dos nossos melhores clientes vindo de longe, que gostam da nossa natureza, das belezas da nossa arquitetura, das nossas paisagens e mais ainda da cozinha francesa. Queremos que eles voltem o mais rapidamente possível, mas sabemos que isso vai depender da retomada e das condições dos voos transatlânticos. Os voos devem ficar mais caros, com mais normas sanitárias, e as contrapartidas das ajudas governamentais devem ser mais investimentos na sustentabilidade – e mais aumentos dos preços das passagens. É provável que não vamos ter brasileiros esse ano, mas contamos com eles para 2021, se o transporte aéreo ajudar.
Todos diferentes, os quartos homenageam a história do castelo
JPP: Em uma pesquisa recente, os agentes de viagens brasileiros definiram com uma forte tendência o recuso do overturismo e a procura de destinos seguros mas longe das multidões. Você acha que o Château de la Treyne está pronto para aproveitar essa oportunidade?
SG: Nosso castelo pertence desde 1992 a uma maravilhosa associação, Relais & Châteaux, que tem 580 membros no mundo inteiro. A grande maioria desses hotéis e restaurantes estão localizados no campo, cercados pela natureza e com capacidade média de 30 quartos. Com uma localização exclusiva, La Treyne tem 17 suites, bem longe do turismo de massa. Nossos clientes estão procurando beleza, sinceridade, “savoir-vivre”, autenticidade até na originem dos produtos que oferecemos. Há anos começamos a trabalhar com pequenos produtores da região que abastecem o hotel em frutas e verduras, seguindo o ritmo das estações.
Em Rocamadour, as emoções da Fé
JPP: A mesma pesquisa mostra que as viagens serão ainda mais valorizados depois da crise, e que os viajantes vão querer mais experiências “transformacionais”. Quais são as dicas de atividades marcantes que você pode aconselhar a seus visitantes brasileiros?
SG: O Château de La Treyne fica em cima de um barranco caindo no rio Dordogne, uma biosfera excepcional tombada pela UNESCO, onde muitas atividades esportivas e náuticas podem ser praticadas. A natureza oferece outras emoções excepcionais nas grutas como Padirac, ou nas reproduções de arte rupestre de Lascaux 4. A região esbanja uma cultura e uma arquitetura peculiar em cidades pequenas como Sarlat ou Les Eyzies. A espiritualidade se encontra em inúmeros trechos dos caminhos de Santiago que podem ser percorridos nos arredores, e mais ainda no extraordinário santuário de Rocamadour que foi na Idade Media o mais importante da França e que hoje ainda mexe com a fé do viajante.
Jean-Philippe Pérol
Stéphanie Gombert e seu marido Philippe são proprietários do Château de la Treyne. Alemã radicada na França, encontrou seu futuro marido quando preparava um master de história e literatura na Universidade de Paris Sorbonne. Depois de uma experiência de quinze anos no setor de eventos, é desde 2003 diretora do Hotel e Restaurante Château de la Treyne (www.chateaudelatreyne.com) e duas residências exclusivas (www.chateaudubastit.fr & www.chartreusedecales.com.).
De Vinis Illustribus, vinhos e atendimentos especiais no coração de Paris
Se vinhos de grandes qualidades podem ser encontrados mais perto, em Mendonça, no Vale de Colchagua, ou até nos arredores de São Paulo, os vinhos continuam sendo para os brasileiros uma das mais vantajosas opções de shopping na França. Podendo trazer de uma viagem internacional até doze litros, dentro do limite dos US$ 500 autorizados, volta cada ano a mesma pergunta: quais vinhos escolher, eonde comprá-los? O melhor conselho é de seguir seus gostos pessoais, e de priorizar as compras nas próprias vinícolas. Se os preços não são muito diferenciados, a beleza dos locais, a riqueza dos encontros, a descoberta e a compreensão de novos vinhos sempre justificam a visita. Smith Haut Lafitte e Malescot Saint-Exupery em Bordeaux, Château La Coste na Provence, Ruinart e Moët & Chandon na Champagne, Corton Charlemagne, Domaine Long-Depaquit ou Drouhin Laroze na Borgonha oferecem assim experiências inesquecíveis.
Sala de degustação do Smith Haut Lafitte
Para quem não tem a opção de ir nas vinícolas, e fora das liquidações das cadeias de supermercados, as lojas especializadas são sempre uma boa opção. Assim, em Bordeaux, existem a Vinothèque e a espetacular L’intendant que sempre têm ofertas interessantes. Em Paris , recomende-se a Lavinia ou a Bordeauxthèque das Galeries Lafayette. Entre a possibilidade de provar os vinhos, de encontrar garrafas excepcionais e de conseguir preços em conta, vale a pena experimentar uma pequena loja em Paris chamada “De Vinis Illustribus”. No coração do Quartier Latin, o enólogo Lionel Michelin e sua esposa Dominique oferecem seus “vinhos de aniversario” , vinhos de safra correspondentes ao ano de nascimento da pessoa presenteada. Lionel tem uma excepcional adega de vinhos raros e divide sua paixão oferecendo pessoalmente, com sua esposa Dominique, degustações e refeições harmonizadas para grupos ou individuais.
Degustação no De Vinis Illustribus
Pelo quarto ano consecutivo, Lionel aceitou mandar as suas sugestões, uma seleção de seis vezes duas garrafas cabendo nos US$ 500 autorizados pela Receita Federal. A seleção 2019 de DE VINIS ILLUSTRIBUS é a seguinte:
Champagne rosé GEOFFROY : US$ 47
Um rosé elaborado com 100% de pinot noir Premier Cru. Com uma linda cor framboeza e bolinhas finas, redondo e suavo, esse champagne repleto de aromos de frutas é perfeito para um aperitivo festivo.
Meursault rouge “Les Criots” MILLOT : US$ 37
Um raridade, esse vinho tinto representa somente 1% da apelação Meursault onde o domínio dos vinhos brancos é absoluto. Fácil de beber, impressionante de frutas vermelhas, este vinho elegante e suave é típico do pinot noir da Borgonha: fruta, fruta e ainda fruta. É perfeito para uma harmonização com vitela ou aves.
Lionel escolheu dois Meursault na sua seleção 2019
Château MAUCAILLOU 2005 : US$ 51
Na margem esquerda de Bordeaux, tocando o terroir de Margaux, Moulis produz vinhos poderosos, densos, com bom potencial de guarda. O château MAUCAILLOU combina 58% de cabernet sauvignon, 35% de merlot e 7% de petit Verdot. Sua safra 2005, que recebeu 90/100 da revista Wine Spectator é um sucesso absoluto. Um nariz complexo abre com aromas de framboesa, cassis e cerejas. Na boca, esse vinho é amplo, com taninos macios. Um grand Bordeaux.
“Quadratur” COUME DEL MAS 2016 : US$ 37
Proveniente dos terroirs de xistos da região de Roussillon, esse vinho potente e concentrado combina uvas grenache e mourvèdre. Sua profundidade e seus taninos permitem evoluções com a guarda, mas este Quadratur já oferece muito prazer quando harmonizado com cordeiro ou pratos com especiarias.
Um grande Meursault Côtes de Beaune, com vindimas feitas a mão que valorizam a quintessência do chardonnay. Com visual amarelo pálido, nariz rico e promissor, este vinho desenvolve aromas de flores brancas, de pêssegos e de amêndoas. O melhor da Borgonha numa grande safra.
INOPIA 2015 : US$ 28
Uma raridade vindo do Sul da França mas elaborado por Lucien LE MOINE, um famoso viticultor vindo da Borgonha, com uvas grenache e syrah. Esse Côtes du Rhône tinto tem sabores de frutas vermelhas, de azeite e de mato da Provence. de fruits noirs, d’olive et de garrigue. Rico porém bem balanceado, é o companheiro ideal de pratos com especiarias.
Obrigado Lionel pelas suas sugestões 2019, e saúde, à ta santé!
Os hipermercados Leclerc, imperdíveis liquidações de vinho
Nascida nos vinhedos de Bordeaux, a visão de um turismo enraizado nos “terroirs” levou Alice e Jérôme Tourbier a desenvolver não somente o primeiro hotel categoria Palace da região, mas um verdadeiro conceito inovador e respeitoso do ecossistema. Também presidente de Small Luxury Hotels of the World , Jérôme respondeu a uma entrevista sobre os desafios do turismo de luxo e a evolução do seu grupo hoteleiro .
Alice e Jérôme Tourbier, donos do grupo Les Sources de Caudalie
Vendom.jobs – Qual é sua apreciação sobre a situação da hotelaria de luxo na França?
Jérôme Tourbier – Há trê anos, no meu livro Turismo em perigo, eu chamava atenção sobre a necessidade de considerar o turismo como uma indústria estratégica e de apostar na criação de valor. Quis dizer que a França devia virar um destino de alto padrão, com o melhor ratio “custo /emoção”. Sendo um destino caro, devemos ter uma oferta de qualidade que marca emocionalmente o nosso visitante . Toda a oferta não pode ser de luxo, mas a emoção deve sempre estar presente para seduzir o viajante. Há hoje na França muitos empreendimentos de grande qualidade. Olhando agora além do lucro imobiliário, os investidores estão cada vez mais dispostos a apoiar esse tipo de projeto.
A piscina coberta de Les Sources de Caudalie
V. J. – Quais seriam as condições imprescindíveis para um turismo combinando qualidade e rentabilidade?
J. T. – Na França, se confunde as vezes turismo de alto padrão com consumidores ricos. Claro que todos querem receber o máximo de viajantes com muitos recursos, mas queremos priorizar também aqueles que são interessados pelo nosso patrimônio cultural. Esse equilíbrio é fundamental para valorizar nossa oferta e para proteger nosso savoir-faire. Desta forma, é possível sim ter estabelecimentos de alto padrão, podendo ou não ser de luxo. Existem no pais inteiro por exemple restaurantes com chefs implicados na procura de qualidade, a melhor prova sendo as recomendações do Bib Gourmand do Guia Michelin. A importância dessa oferta de qualidade, não somente gastronômica, é única no mundo.
Com Alice Tourbier frente a Ile aux Oiseaux das Sources de Caudalie
V. J. – A alma do Sources de Caudalie é a integração num patrimônio e num terroir, que trazem autenticidade e sustentabilidade?
J. T. – Quando o Les Sources de Caudalie foi reconhecido como o primeiro “palace” dos vinhedos, o fato de estar completamente integrado no terroir da região foi exatamente considerado excepcional. A nossa inspiração vem diretamente do vinhedo aonde nos constatamos nos últimos vinte anos que existe um luxo autentico diferente do das grandes cidades. Estamos procurando ir sempre mais longe na procura desse luxo, investindo na beleza e nas emoções. Os hóspedes não procuram somente um alojamento, mas querem atividades compartilhadas em volta do enoturismo que funciona como uma vitrine para os vinicultores, os artesãos, os artistas e os produtores locais.
Les Sources de Caudalie, “La Tour de la Dégustation”
V. J. – Pela sua experiência, quais são os próximos passos a seguir?
J. T. – Vimos que o luxo agora é emoção. Fora das capitais, acho que devemos insistir na autenticidade, sem cair na caricatura para poder aproveitar nossa realidade e nossa história mas também levar em consideração as novas clientelas. Temos que mostrar a coerência dos nossos destinos, mas encontrar um equilíbrio combinando as atividades culturais, a gastronomia, o artesanato, a qualidade e a diversidade dos produtos. Um outro fator de crescimento é o numérico. Os profissionais do turismo estão acostumados a falar das consequências negativas da Internet, mas não devemos esquecer que foi ume revolução que criou extraordinárias oportunidades para promover novos destinos até então pouco aproveitados. Foi talvez o caso de Bordeaux.
O restaurante L’Étoile, do hotel Les étangs de Corot
V. J. – Quais são os principais projetos para o futuro do seu grupo hoteleiro?
J. T. – Especialistas do enoturismo, queremos investir em projetos nas grandes regiões vitícolas da França, começando no ano que vem com o Vale do Loire. Estamos acabando a construção do Les Sources de Cheverny, renovando um antigo castelo bem como uma vinícola, reabilitando um patrimônio histórico em total harmonia com as exigências de conforto mais contemporâneas. Nesta região que atrai numerosos turistas, esse novo estabelecimento terá a ambição de ajudar os hóspedes a descobrir as qualidades dos vinhos da região bem como as riquezas culturais dos castelos do Loire. Depois do Les Sources de Cheverny, outros projetos estão sendo estudados na Alsácia, na Borgonha, na Champagne e na Provence.
A suite Rouge Merlot das Sources de Caudalie
Este artigo foi traduzido e resumido de uma entrevista original de Jérôme Tourbier na revista on line Vendôm.jobs
Com Natal e as ferias chegando, é tempo de programar suas próximas viagens, talvez uma “viagem-presente” inovadora como uma experiência de enoturismo juntando uma hospedagem de luxo e um grande vinhedo. Foi assim que a WinePaths, plataforma de acesso ao melhor do mundo dos vinhos e dos licores, selecionou sete ofertas exclusivas capazes de satisfazer os mais exigentes dos enoturistas brasileiros durante esse verão.
Uma grande oportunidade de se hospedar perto do pitoresco vilarejo de Montalcino na Toscana e de participar do concorrido « Benvenuto Brunello », evento de lançamento do novo Brunello de Montalcino
Benvenuto Brunello 15 de Fevereiro de 2019 – 19 de Fevereiro de 2019
Preços para 4 pessoas €2990 por dia, incluindo 3 noites nas Villas de Brunello, a visita da vinícola, uma degustação dos vinhos acompanhados de queijos, aceites e embutidos, e o acesso exclusivo para o evento e a festa Benvenuto Brunello para 4 pessoas
Perto de Franschhoek, o canto mais francês da África do Sul, Mont Rochelle abra os seus vinhedos com 150 anos de tradições para combinar enogastronomia, passeios e Spa.
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Mont Rochelle 3 por 2 1 de Novembro 2018 – 30 de Abril 2019
Preços a partir de €425 por quarto e por noite na base de duas pessoas, iincluindo 3 noites pelo preço de duas, a visita da vinícola e a degustação de vinhos premiados, o acesso a academia, ao campo de tênis e a piscina.
O final do ano é um dos momentos mais mágicos para visitar Meadowood, a propriedade icônica da Napa Valley, ganhando ainda um voucher de USD 100 por dia e por quarto para abater das atividades na região.
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Experiências Natalinas 1 de Dezembro 2018– 31 de Dezembro 2018
Preços sob consultas, iincluindo as atividades Culinário da temporada de Festas, Decoração de biscoitos caseiros, Doces e sobremesas (pelo próprio chef de Meadowwod)
Hotel moderno desenhado pelo Jean Nouvel, o Saint James aproveita essa época do ano para levar seus hóspedes na feira livre onde o seu chef seleciona os seus produtos e conversa com os produtores.
Feria livre dos produtores 8 de Dezembro de 2018 até 6 de Abril de 2019
Preços sob consulta, incluindo o alojamento em quarto de luxo com café da manhã, visita guiada da feira livre e encontros com os produtores que abastecem o hotel, almoço no bistrô Le Café de l’Espérance
Primeiro hotel termal de 5 estrelas de Castela e Leão, o hotel Monasterio era um mosteiro cisterciense do século XII que foi convertido num exclusivo complexo turístico e termal, e que oferece um ambiente excepcional para o Reveillon de Natal.
Reveillon de Natal especial 24 e 25 de Dezembro de 2018
Preços sob consulta, incluindo o café da manha bem como a ceia de Natal, um acesso ilimitado a piscina termal e ao spa, bem como o play center para crianças
O Six Senses Douro Valley está situado numa quinta do século XIX, totalmente renovada, localizada numa colina, em pleno vale do Rio Douro, olhando para os morros cobertos de vinhas e para o rio Douro que corre a seus pés.
Presente dos seis sentidos
1 de Novembro de 2018 até 31 de Março de 2019
Preço sob consulta incluindo 2 ou 3 noites no hotel, um tratamento no Spa e uma degustação de vinho para duas pessoas.
No meio dos vinhedos do Smith Haut Lafitte, as Sources de Caudalie conseguem juntar o luxo e a perfeição de um Palace com o ambiente charmoso e aconchegante perfeito. Para Natal e o Reveillon, duas ofertas estão sendo propostas para esses momentos especiais .
Natal em família a partir de 1.460 € para quatro pessoas: – Uma noite na Grande Suite decorada com árvore de Natal – Café da manhã para toda a família – Ceia de Natal no restaurante La Table du Lavoir ou no duas estrelas Michelin, La Grand’Vigne (bebidas não incluídas) – Café da manhã no La Grand’Vigne (bebidas não incluídas) – Presentes surpresa para toda a família!
Ano Novo, a partir de 1.386 € para duas pessoas: – Duas noites na Grande Suite – Café da manhã – Almoço no La Table du Lavoir, bebidas não incluídas – Ceia de Réveillon no restaurante duas estrelas Michelin, La Grand’Vigne ou La Table du Lavoir (bebidas não incluídas) – Brunch no primeiro dia do ano, com taça de champanhe no La Table du Lavoir ou La Grand’Vigne – Um presente surpresa para as festas!