A America Latina aderindo ao slow turismo?

As ruas coloridas de Pijao

Agora com 287 associados, a rede internacional Cittaslow continua crescendo, mas com cautela. Frente ao risco sempre presente do overturismo, a preocupação é de respeitar a promessa de lentidão e de tranquilidade, e de seguir a risca  os 70 critérios da sua carta-compromisso referente ao meio ambiente, as tradições locais, ao desenvolvimento regional, a mobilidade urbana, a hospitalidade e ao bem estar tanto dos moradores quanto dos visitantes. Nascida na Itália, popular há anos na Polônia, na Alemanha e em toda Europa, Cittaslow se espalhou em novos destinos, na Turquia, em Chipre, e na Ásia em Taiwan e na Coreia do Sul.

O intercâmbio com os moradores é um dos charmes da cidade

O turismo tranquilo tem, porém, mais dificuldades para conquistar a América Latina.  Poucos viajantes, mesmo amigos da Colombia, conhecem Pijao, um pequeno vilarejo na área cafeteira, 300 quilômetros ao oeste de Bogotá, que foi porém em 2014 o primeiro destino do continente a aderir ao “slow turismo”. Pijao tem que ser percorrido com calma para aproveitar as casas coloridas, visitar suas lojas de antiguidades, caminhar nas trilhas das suas fazendas de café, descobrir  sua floresta de palmeiras de cera gigantes, ou aproveitar as oportunidades de “bird watching”. E acima de tudo falar com os moradores, ter o tempo de escutar histórias.

Na vizinha Salento, um modelo de turismo mais intenso

Esse turismo tranquilo foi a escolha de Pijao quando aderiu a Cittaslow, um caminho diferente de outros vilarejos da região como Salento ou Filandia cujas cores viraram os xodós dos turistas instagramers cada vez mais numerosos nas rotas do café da Colombia. A escolha da autenticidade, da sustentabilidade e dos fluxos controlados reune a maioria dos comerciantes, dos hoteleiros e dos guias de turismo numa associação que monitora o respeito da carta-compromisso. Voluntários ajudam a preservar as tradições locais, a incentivar os circuitos comerciais curtos, a limitar a poluição sonora, e … a convencer os opositores que a liberação de um turismo menos seletivo não traria a longo prazo nenhum benefício para a cidade.

Em Socorro, os incriveis por do sol da Pedra Bela Vista

A cidade paulista de Socorro é segundo socio latino americano da Cittaslow, e o primeiro no Brasil.Para a  Secretária de Turismo da cidade, Tereza Monica Sartori Marcheto, ” a vocação de um turismo sem pressa surgiu devido a característica do município, a importância da natureza, o interesso pela cultura, a vontade de trabalhar a sustentabilidade e a necessidade de valorizar o bem estar da população”. Com experiencias anteriores de certificação – a cidade foi classificada como Safe Travel pela WTTC-, Tereza destaca que, para seguir os compromissos da carta, é necessário continuar a mobilização, mapear os principais pontos da certificação e sensibilizar a comunidade para multiplicar as adesões. Um guia Descubra Socorro vai assim ser divulgado não somente para os profissionais do turismo e os comerciantes, mas também nas escolas e nas comunidades.

Tereza Marcheto acredita que o slow turismo é um diferencial que vale a pena

Ao contrario do que parece, o slow turismo necessita então um importante trabalho de preparação para ser apropriado por todos seus atores. Muito elogiado pelas mídias nacionais e internacionais, ele traga para Socorro e para todos os destinos que fazem com essa escolha importantes diferenciais competitivos. É, porem, uma tarefa árdua, já que, pelo menos na primeira fase, os resultados  demoram para ser percebidos, e que, a medio e longo prazo, o sucesso junto aos profissionais e a população dependerá das receitas turísticas e dos novos empregos que serão gerados pelo esforço de todos. Um desafio para o slow turismo na América Latina, mas também em todos os destinos que se juntaram a essa nova tendência.

Jean Philippe Pérol

 

O turismo com 100 milhões de empregos a reconstruir

 

Egito, um dos destinos em destaque em 2021

Na véspera da alta temporada do hemisfério Norte, nos raros destinos internacionais abertos, os poucos viajantes vão com certeza amar os preços imbatíveis dos aviões e dos hotéis, a exclusividade das visitas de monumentos e atrações, a volta da natureza nos parques e jardins, ou a atenção especial dos guias e dos garçons. Menos visível para os visitantes, eles não poderão ver o outro lado da moeda desse “underturismo brutal”, o desaparecimento de muitos pequenos empregos que alegram o turista como motoristas, empregados, artesãos,  motoristas, vendedores de rua, artistas, animadores ou músicos.

Veneza saindo do overturismo e repensando uma nova relação entre turistas e moradores

Segunda uma estimativa do WTTC, o World Tourism and Travel Council, a queda de 74% do turismo internacional em 2020 já levou a destruição de 62 milhões de empregos, um número que poderia mesmo ter sido maior sem as medidas de apoio ao setor de muitos governos. A Organização Mundial do Turismo acredita porém que esses números são subestimados devido ao atraso da retomada, e já projeta para o final desse ano mais de 100 milhões de desempregados. Um cenário negro dentro do qual a OCDE teme que a metade das pequenas e médias empresas do setor desaparecem antes de 2022.  

As Ilhas do Tahiti souberam aproveitar o turismo para preservar seu patrimônio cultural

A crise do turismo impacta toda a economia de muitos países onde o setor representa não somente 10% do PIB, mas também a primeira fonte de divisas,  e até 25% dos empregos gerados nos últimos 5 anos. Em agosto 2020, um relatório da ONU chamou a atenção dos governos sobre a importância desses empregos, especialmente na África e na Oceania. Mesmo pouco qualificados, eles oferecem verdadeiras perspectivas de formação e de carreira para jovens sem diplomas, mulheres, populações rurais, povos autóctones e grupos marginalizados. São também essenciais a preservação do patrimônio natural e cultural. 

Os dois cenários da OMT para 2021

As perspectivas a curto prazo continuam pessimistas. Depois de anunciar uma queda de 87% do turismo internacional em janeiro, a OMT publicou dois cenários para 2021. O primeiro seria de uma retomada a partir de julho, com um aumento de 66% das chegadas em relação a 2020 – ainda inferior de 55% aos níveis anteriores a crise  O mais provável seria no entanto o segundo, uma volta ao normal a partir de setembro, um aumento das chegadas de somente 22% em relação a 2020 – inferior de 67% aos níveis de 2019.  A saída definitiva da crise seria assim projetada para janeiro ou abril de 2022. 

O turismo pos Covid ainda deve ser redesenhado

Com a normalidade ainda demorando a voltar, muitos dos seus profissionais obrigados a encontrar empregos em outras atividades ou perdendo fé no futuro do setor,  o turismo corre o risco de perder os homens e as mulheres que são a sua maior riqueza. Mesmo com as dramáticas circunstâncias atuais, ninguém deve porém perder a esperança. Em primeiro lugar porque os fluxos de turismo internacional vão voltar a crescer, a projeção da OMT de 1,8 bilhão de turistas para 2030 sendo somente recuada de dois ou três anos, permitindo a recuperação dos 100 milhões de empregos perdidos . Em segundo lugar porque o turismo vai acelerar uma extraordinária mutação – ecológica, social, cultural e comportamental- que vai ser para todos os profissionais do setor, e especialmente os mais jovens,  um desafio apaixonante.

Jean-Philippe Pérol

Emoções transformacionais e exclusividade,  tendências para ser respondidas

Olhando para China, quais novas rotas para retomada do turismo?

Turista chinesa em Pequim

Enquanto a WTTC alerta para a possibilidade de chegar a 75 milhões de desempregados no turismo mundial,  e que os profissionais brasileiros enfrentem a pior crise econômica e social vivida pelo setor desde a Segunda Guerra, deve ser lembrado que a extraordinária resiliência do turismo levará em breve a uma retomada que pode ser tão surpreendente que a paralização que estamos vivendo. Se é unfelizmente difícil de prever quando os turistas vão recomeçar a viajar, e quais mudanças nos comportamentos vão com certeza aparecer, já pode ser observados as primeiras tendências no mercado chinês. Na China, primeiro pais atingindo pelo virus, as grandes operadoras de turismo já estão assinalando as primeiras reservas de viagens nacionais e internacionais, mostrando os passos do caminho da retomada.

Ctrip Rebrands to Trip.com

Com a crise, Ctrip, agora Trip.com somente adiou as suas ambições

Qunar e Ctrip, duas das maiores agencias online chinesas, ficaram dois meses completamente paradas mas recomeçaram a aceitar reservas a semana passada, seja menos de quatro meses depois do inicio da crise em Wuhan. Na Qunar os clientes já podem escolher entre mil pacotes para todas as cidades ou regiões da China onde não existem restrições de viagens e onde os governos locais estão incentivando a reabertura , como Shanghai, o Xinjiang e o Sichuan. A Ctrip tem um aplicativo que  recomeçou a aceitar reservas, oferecendo passagens e pacotes para 1449 destinos turísticos chineses, seja 40% do total. Para esses dois lideres, e para outras grandes operadoras,  parece assim muito claro que a retomada vai privilegiar numa primeira fase o turismo domestico.

O Festival de Songkran na Tailândia

Os profissionais chineses esperam também uma retomada das viagens internacionais antes do final de Abril para os países que estarão prontos a reabrir suas fronteiras. Poderia ser o caso da Tailândia, onde o presidente da « Tourism Authority of Thailand » (TAT), está atuando junto com o governo, as autoridades sanitárias e os profissionais para ficar pronto antes do 13 de Abril, dia do ano novo budista. Muitos especialistas são mais cautelosos, os obstáculos sendo não somente  melhorar as normas e os controles sanitários, mas também conseguir ganhar a confiança dos turistas que são agora atentíssimos a estas questões, e temem participam de grandes agrupamentos. A Tailândia pode porem ser otimista, os destinos de proximidade devendo ser os primeiros a beneficiar da retomada das reservas de viagens internacionais.

Bleisure, this booming social style

O bleisure pode ser um dos primeiros segmentos a aproveitar a retomada

Se é impossível fazer previsão de datas, o exemplo chinês mostra que essa crise, como muitas outras antes, poderá começar a ser superada em quatro meses, e que a retomada deve ser concentrada em primeiro lugar no turismo nacional e nos destinos internacionais de proximidades. Alguns segmentos poderiam também recuperar mais rapidamente que os outros. A legitima vontade dos governos de priorizar a economia deve provavelmente favorecer as viagens de negócios, incluindo para as feiras internacionais que terão sido adiadas ou mantidas, as viagens individuais ou as viagens de “bleisure” combinando negócios com estadias de lazeres para esquecer os dias de confinamento.

Cruzeiros em navios menores pode ser uma das novas tendências

Assim como os responsáveis do turismo da Tailândia, os especialistas vão seguir com muita atenção a volta dos turistas chineses e as novas tendencias desenhadas pela crise do coronavirus, com mais preocupações referentes a saude, aos seguros de viagem, a qualidade dos equipamentos sanitários ou a higiene dos destinos. A crise poderia também levar a reavaliar as agremiações gigantes que mostraram fragilidade. O tempo poderia ser do “small is beautiful”, seja na escolha de cidades menores, de navios pequenos ou de eventos de tamanho mais humanos. O turismo vai com certeza se reerguer mais rapidamente que esperado, mas a retomada vai com certeza seguir novas rotas que devem ser antecipadas.

Esse artigo foi inspirado de um artigo original de Serge Fabre na revista francesa profissional on-line La Quotidienne

As surpresas dos novos rankings das cidades turísticas

Bangkok, em 2017 a cidade mais visitada pelos turistas internacionais

Se vários rankings dos destinos turísticos internacionais estão sendo publicado nos últimos anos, o « Global Destination Cities Index » da Mastercard é sem dúvidas um dos mais interessantes, não somente por levar em consideração os números de visitantes e os seus gastos, mas por analisar as performances de 162 cidades nos cinco continentes. Mais completa que a pesquisa da WTTC que mede exclusivamente o impacto econômico do turismo domestico e internacional em 72 destinos,  o relatório da Mastercard projeta os resultados do ano a partir dos números de visitantes internacionais, das despesas turísticas, das transações com o cartão de crédito e dos fluxos financeiros. A análise detalha também a duração das estadias bem como a média de gastos diários, mostrando surpreendentes evoluções no posicionamento dos grandes destinos.

TOP 10 VISITANTES Visitantes 2017 Crescimento 2018 Pernoites medios Gasto diario medio
Bangkok 20.050.000 9,60% 4,7 noites USD 173
Londres 19.830.000 3,00% 5,8 noites USD 153
Paris 17.440.000 2,90% 2,5 noites USD 301
Dubai 15.790.000 5,50% 3,5 noites USD 537
Singapura 13.910.000 4,00% 4,3 noites USD 286
Nova Iorque 13.130.000 4,10% 8,3 noites USD 147
Kuala Lumpur 12.580.000 7,50% 5,5 noites USD 124
Tóquio 11.930.000 1,60% 6,5 noites USD 154
Istambul 10.700.000 19,70% 5,8 noites USD 108
Seul 9.540.000 6,10% 4,2 noites USD 181
… São Paulo 1.920.000 13,13% 10,8 noites USD 61

 

Singapura se firma como uma das maiores cidades turísticas da Ásia

Pelo segundo ano consecutivo, o turismo urbano da Ásia confirma a sua liderança com o primeiro lugar de Bangkok que recebeu em 2017 mais de 20 milhões de visitantes internacionais. Essa liderança deve ser confirmada em 2018 com um crescimento previsto de 9,6%  o que fará com que os tradicionais rivais Paris e Londres batalhem agora pelo segundo lugar. Aproveitando o dinamismo dos mercados emissores da região, principalmente da China, mas também do Japão, da ASEAN  e até da Índia, quatro outras cidades asiáticas chegaram na lista das dez cidades mais visitadas pelos turistas internacionais: Singapura, Kuala Lumpur, Tóquio e Seul. Com crescimento bem superior a media mundial,  Pukhet, Hong Kong, Pattaya, Xangai, Pequim, Macau, e Shenzhen já estão também brigando para entrar nesse cobiçado grupo de líderes. 

Dubai, estratégia e investimentos construindo um grande destino

As cidades do Oriente Médio se fortaleceram em 2017. Dubai chegou em quarto lugar e continuou a surpreender com sua ousadia. O ano passado testou com sucesso os primeiros taxis voadores e quebrou um novo recorde do hotel mais alto do mundo. Com uma oferta turística luxuosa e cada vez mais diversificada, a cidade consegue incentivar seus visitantes a gastar impressionantes USD 537 por dia, um recorde nas 162 cidades da pesquisa. Varias outros destinos da região estão se destacado, seja a Meca pela primeira posição en volume de receitas,  Istambul pela sua nona posição no ranking mundial e seus 20% de crescimento previstos para 2018,  Antalya pelos seus 9,4 milhões de visitantes, ou Teerã pelo seu crescimento de 2017 e 2018. Mesmo muito dependente da conjuntura politica e securitária, a região se consolida como um dos novos pólos do turismo internacional.

TOP 10 RECEITAS Receitas em MM USD Crescimento 2018 Gasto diário médio
Dubai 29,7 7,8%% USD 537
Meca 18,45 7,40% USD 135
Londres 17,45 13,70% USD 153
Singapura 17,02 7,40% USD 286
Bangkok 16,36 13,80% USD 173
Nova Iorque 16,1 4,10% USD 147
Paris 13,05 16,00% USD 301
Palma 11,96 16,20% USD 220
Tóquio 11,91 7,80% USD 154
Pukhet 10,46 12,60% USD 239
…. São Paulo 1,35 13,13% USD 61

Paris seguindo no pódio das grandes cidades turísticas

Mesmo perdendo posições, as cidades da Europa continuam sendo muito procuradas, Londres ou Paris alternando na liderança dependendo do critério geográfico utilizado para o calculo das estatísticas (o município de Paris sendo muito menor que o grande Londres, Paris só passa na frente quando incluir os subúrbios). A força do turismo europeu pode porem ser medida pelo numero de destinos destacados nas pesquisas da Mastercard e da WTTC, tanto tradicionais como Milão, Veneza, Barcelona ou Firenze, que mais recentes como Dublin, Palma, Praga ou Dubrovnik. Ao contrario, os rankings carecem de cidades latino americanas, México sendo a única da região em posição de destaque. São Paulo é a primeira cidade brasileira, mas longe dos lideres, em 8º lugar na América latina pelo número de visitantes (1,92 milhões) e em 9º lugar em gastos por visitante na região, com somente USD 61 de gasto diário por pessoa e por dia, e USD 1,35 bilhões movimentados. Na nova conjuntura que se abre agora para o Brasil, vale esperar que o turismo urbano terá um merecido impulso.

Os novos pólos do turismo mundial

Esse artigo foi inspirado de um artigo original de Serge Fabre na revista on-line Pagtour

As cidades da Ásia lideram o crescimento do turismo mundial

O centro histórico de Macau, primeiro destino turístico da Ásia

Não é nem na Europa nem nas Américas que o turismo está bombando, mas na Ásia. Publicando o ranking das 10 cidades do mundo que conhecem o mais importante crescimento esse ano, o World Travel and Tourism Council destacou 10 cidades da Ásia como tendo o mais forte crescimento do seu turismo domestico e internacional. Fundada em 1990 pela American Express, muito tempo dirigida pelo francês Jean-Claude Baumgarten, o WTTC sempre se dedicou a mostrar o peso do turismo na economia global e a sinalizar grandes tendências. Tendo sido apoiada por grandes nomes da política internacional, de Kissinger a Blair, hoje sendo presidida pela mexicana Gloria Guevara, esse Conselho publicou agora uma impressionante pesquisa sobre o impacto do turismo nas cidades asiáticas,

A famosa passarela de vidro de Chonq Qing

As dez cidades do mundo com os maiores crescimento turístico são todas asiáticas, todas elas dependem em primeiro lugar dos turistas chineses, e as cinco primeiras do ranking são localizadas na China, mostrando o peso desse mercado tanto em tamanho atual que em potencial futuro. Classificados pela taxa de crescimento da sua economia turística, (a WTTC rompeu com as classificações tradicionais em números de turistas, privilegiando o impacto económico), as cidades são as seguintes:

1. Chongqing (China) –  14 %
2. Cantão (China) – 13,1 %
3. Xangai (China) – 12,8 %
4. Pequim (China) – 12 %
5. Chengdu (China) – 11,2 %

6. Manille (Filipinas) – 10,9 %
7. Nova Delhi (Índia) – 10,8 %
8. Shenzhen (China) – 10,7 %
9. Kuala Lumpur (Malásia) – 10,1 %
10. Jakarta (Indonésia) – 10 %

Centro urbano de Chong Qing a noite

Com cerca de 30 milhões de habitantes, Chong Qing é a maior aglomeração urbana da China. Localizado num planalto cercado de montanhas e de paisagens espetaculares, ela é atravessada pelo rio Jialing e pelo Yang Tsé (chamado também de Rio Azul), maior rio da Ásia. A cidade é assim o ponto de partida de cruzeiros fluviais até a famosa represa das Três Gargantas, a maior do mundo, e depois até Wu Han e Xangai. Mas as duas atrações mais famosas da região são a sua passarela de vidro que domina um barranco de 1010 metros de altura, e suas esculturas budistas inscritas ao património mundial pela UNESCO. Se os visitantes são por enquanto quase todos chineses, Chong Qing começa a contar com turistas internacionais, – japoneses, americanos ou europeus-,  que já estão contribuindo em mais de 5% para economia local.

A opera de Cantão

Cantão (Guangzhou em chinês) é conhecida pela sua Feira de Importação e Exportação da China, a mais antiga e mais famosa do pais, que atrai cada ano mais de 200.000 visitantes estrangeiros. Alem dos negócios, a cidade é procurada pelos turistas pelas suas opções de compras., oferecendo a preços muito atrativos todos os produtos fabricados na China, roupas, relógios, eletrônicos e brinquedos, bem como chás ou ervas tradicionais. Com a maior concentração de restaurantes da China, Cantão é também famosa pelo seu culinário, um dos mais autênticos do pais com sua sopa won ton, seus dim-sum ou seu porco agridoce. Mesmo com uma arquitetura moderna impressionante, Cantão oferece a seus visitantes uns monumentos testemunhos do seu rico passado como o Templo dos seis árvores banyans, a Mesquita Huaisheng, ou seus vilarejos da dinastia dos Song .

Vista noturna de Macau

A pesquisa da WTTC mostra também que Macau é a cidade mais turística da Ásia, com 27,3% da sua economia dependendo do turismo. E com 16 milhões de turistas internacionais, é a sexta cidade mais visitada do mundo. Tendo como único atrativo alem do jogo a sua rica herança da colonização portuguesa, pode ser talvez uma fonte de esperança para muitas cidades brasileiras …

Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Serge Fabre na revista profissional online La Quotidienne

 

; Reunião do WTTC no Brasil em 2009 com o Jean Claude Baumgarten e a Jeanine Pires