
Frente as Sources de Caudalies, as obras de arte dos vinhedos de Smith Haut Lafitte
Destacada nas pesquisas pelo seu vinho (o vinho francês mais popular no mundo e no Brasil, na frente do Champagne e do Bourgogne), Bordeaux sempre quis ser inovadora e multi cultural quando se tratou de enoturismo. Foi là que nasceu há quase 40 anos International Wine Tours, a primeira operadora especializada, então filial da Wagons lits, que oferecia roteiros em grandes regiões vinícolas dos cinco continentes. Agora na era das novas formas de distribuição e das plataformas receptivas, esse pioneirismo se confirmou com a criação da Wine Paths, uma rede de profissionais do enoturismo oferecendo experiências personalizadas em 11 países do mundo.
As inovações da Wine Paths começam pelo cuidado em escolher os vinhedos e as adegas, uma tarefa que contou com a expertise do premiadíssimo enólogo Michel Rolland. Tendo participado a criação de vinhos em mais de 250 vinícolas de 21 países, ele fez questão de colocar seus favoritos na seleção da Wine Paths. Os serviços escolhidos são também marcados pela experiência do fundador da empresa, Stephane Tillement. Com 30 anos no turismo de luxo, dono desde 2002 da Mauriac voyages – uma das mais conceituadas agências de Bordeaux, Stephane criou relações de confiança com exigentes e criativos parceiros dos mundos do turismo, do vinho, dos destilados e da gastronomia.

Piquenique nos vinhedos da Barossa Valley (Australia)
Combinando desde a sua origem em 2017 os dois “savoir faire” do vinho e do turismo, a Wine Paths oferece experiências nos mais procurados destinos de enoturismo. São 150 vinícolas nas regiões produtoras da Argentina, da Austrália, do Chile, da Califórnia, da Nova Zelândia, da África do Sul, da Itália, do Portugal, da Espanha e da França, escolhidas não somente pelos seus vinhos, mas também pela qualidade dos serviços oferecidos nos arredores pelos parceiros locais. Foram assim selecionados hotéis, restaurantes estrelados, ou adegas capazes de propor emoções ou surpresas, desde um rali nos vinhedos do Franschhoek até uma aula de empanadas na Argentina ou um circuito de mountain bike nas estradas da Alsácia.

O restaurante Conversa em Valbuena, no Ribera del Duero
Com ambição de ser a mais internacional e a mais sofisticada das plataformas de enoturismo, a Wine Paths quer oferecer serviços extremamente personalizados. Cada proposta, seja um voo de balão em Cognac, um passeio a cavalo na Sicília, um itinerário de bicicleta na Rioja, ou um safári aéreo na Austrália, deve se adaptar a cada cliente específico. Essa exigência de qualidade atraiu os 284 parceiros, inclusive alguns que nunca tinham sido presentes numa plataforma de enoturismo, por exemplo os Champagne de Bollinger ou os vinhos do Château Mouton Rothschild. Novos parceiros deveriam ser anunciados esse ano, reforçando as ambições dos fundadores de fazer de Wine Paths um verdadeiro “Guia Michelin” do enoturismo.
Para responder aos pedidos de viajantes procurando as melhores experiências de vinhos, de destilados ou de harmonizações gastronômicas, Wine Paths continua a sua procura de novas parcerias internacionais. A Escócia -e suas rotas de uísque- é um dos projetos mais adiantados. Com quase um milhão de enoturistas e centenas de vinícolas abertas a visitas, o Brasil deve em breve integrar esses novos rumos, acessando as viagens luxuosas e criativas desenhadas pelos especialistas do grupo, e talvez amanhã colocar suas próprias rotas de vinho a disposição dos enoturistas do mundo inteiro nessa plataforma inovadora.
Jean Philippe Pérol

Na África do Sul, vinhedos pode combinar com aventura