A polémica isenção de vistos é mesmo o x do problema?

Na guerra dos vistos, ninguém deve sair ganhando

Já discutida quando concedida unilateralmente pelo governo Bolsonaro, a isenção de visto a turistas dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália e do Japão abriu uma nova polémica agora que o governo Lula anunciou sua revocação a partir de 1º de outubro. Segundo o Itamaraty, a intenção era de ampliar a medida na base da reciprocidade, mas devido a recusa das autoridades americanas, canadenses, japonesas e australianas de oferecer o mesmo benefício a cidadãos brasileiros, o Brasil não teve outra escolha que de voltar a exigir o visto.

A ambição de 12 milhões de entradas não sobreviveu a crise

Além desse principio diplomático de respeito e igualdade, o governo levantou um outro ponto, a dificuldade de mostrar que a medida tinha trazida um qualquer aumento de turistas oriundo desses países. Em março 2019, quando foi anunciada, o então ministro do turismo projetava um aumento de 35% das entradas de turistas em 2020, e a intenção era de chegar a 12 milhões de turistas por ano em 2022. Com a chegada da pandemia, a queda de 88% em dois anos das chegadas internacionais, e mesmo com os 3,65 milhões da boa surpresa de 2022,  foi impossível de verificar se as ambições do ministro eram realistas.

Na hora de apoiar a retomada, a medida chocou as entidades do trade

Tomada num momento onde o turismo começa a sair de uma crise que abalou, e as vezes matou, muitas empresas do setor, a decisão do Itamaraty, está revoltando todos os profissionais, juntando todas as lideranças de classe, transportadores, hoteleiros,  organizadores de eventos, comerciantes, o lazer e o corporativo, o setor privado e muitos órgãos públicos – inclusive a própria Embratur, num tentativa de reverter essa medida, e de retomar  os objetivos de crescimento do turismo receptivo brasileiro que tanto sofreu nos últimos dois anos.

Respeito mútuo e reciprocidade foram os pontos levantados pelo Itamaraty

Se o argumento da reciprocidade é politico, o turismo deve também analizar as observações feitas pelo governo sobre o impacto dos vistos sobre as entradas provenientes de quatro países que representam um pouco menos de 10% dos estrangeiros visitando o Brasil. E deve ajudar a définir se os vistos são realmente hoje o primeiro obstáculo ao desenvolvimento do turismo internacional no Brasil.
Sobre o impacto dos vistos, a pandemia impediu um comparativo. As experiencias anteriores  mostraram que o impacto existe, mas que ele não chega a atingir os valores ufanistas anunciadas quando foram cancelados as exigências em 2019. Para países distantes, foram observadas quedas de 3 à 5 % para França nos anos 90. Quedas muito maiores – como acontece agora entre o Brasil e os Estados Unidos- são muito mais decorrentes das dificuldades ou dos prazos de obtenção do que do proprio visto. Assim um visto eletrônico ou um visto obtido na chegada seriam talvez ideias a trabalhar para respeitar tanto as exigências de reciprocidade da politica que as reivindicações de liberdade dos turistas.

A Embratur tem um momento muito favorável pela frente

Os esforços para conseguir cancelar ou pelo menos aliviar a exigência de reciprocidade devem porém não esconder que os grandes obstáculos ao crescimento do turismo internacional no Brasil não são os vistos exigidos, ou não, dos japoneses, dos canadenses, dos australianos e dos estados-unidenses. A segurança, a qualificação da mao de obra e o respeito pelo meio ambiente são, com certeza, fatores muito mais imprescindíveis para quais devem ser mantida a mobilização da classe. Aproveitando o momento de melhoria da imagem internacional do Brasil, é também importante de apoiar os esforços da Embratur para voltar a comunicar sobre uma realidade do turismo nacional ainda muito pouco e as vezes muito mal conhecida nos grandes mercados emissores.
Jean-Philippe Pérol

Esse artigo foi inicialmente publicado no Blog “Points de vue” do autor na revista profissional on line Mercado e Eventos

Politica vai mesmo impactar o turismo no Brasil?

A imprensa internacional não poupou o vencedor da eleição presidencial

Lendo as grandes mídias internacionais, do New York Times a El Pais ou do Haaretz ao Le Monde, uma onda de reprovação contra o resultado das últimas eleições presidenciais no Brasil estaria chacoalhando a imagem do nosso Brasil, ameaçando também as nossas exportações e mais ainda o nosso turismo. No Brasil, a UOL deu espaço a essas noticias, focando na França e num possível  boicote de potenciais turistas franceses decepcionados, frustrados ou amedrontados pelas temáticas de campanha do Jair Bolsonaro. Várias ligações ou post nas redes sociais de amigos ou parentes preocupados com minha situação pessoal – como viver agora num país onde o exercito já estava nas ruas (!) e onde as liberdades mais fundamentais eram desrespeitadas (!) – me mostraram que as informações, reais ou fake, tinham de ser consideradas: a chegada de turistas estrangeiros poderão mesmo ser prejudicada?

Segurança é um critério chave para escolher ou não um destino de viagem

Se o fato de ser estrangeiro obriga a não opinar sobre os assuntos políticos brasileiros e a respeitar as escolhas democráticas, várias observações podem ser feitas a respeito do impacto para o turismo. A primeira é de lembrar que as decisões dos turistas ao escolherem as suas viagens internacionais dependem também de fatores objetivos, sendo para o Brasil especialmente a segurança e  os custos do aéreo. Ainda é cedo para saber se o próximo governo conseguirá melhorar essa situação, mas parece que está extremamente preocupado em conseguir resultados, tanto em reduzir a criminalidade que pesa nas vendas do Rio de Janeiro e das capitais nordestinas, tanto nos preços dos vôos internacionais e domésticos que prejudicam o pais inteiro e mais ainda destinos turísticos mais remotos na Amazônia, no Centroeste ou no Sul.

Nos EEUU de Trump, o turismo já mostrou ser maior que a política

Refletir sobre politica e turismo é também olhar o impacto mútuo que já marcou outros destinos. É lembrar o sucesso do turismo internacional em países cujo cunhos democráticos já foram (com ou sem razão) discutidos, seja destinos lideres como a China, a Tailândia, a Turquia ou a Malásia, seja destinos tradicionais como Cuba, Marrocos, Egito ou Israel, seja destinos novos como Vietnã, Maldivas ou Irã. Mais interessantes é comparar as perspectivas brasileiras com as consequências sobre o turismo de votos populares na Inglaterra ou nos EE-UU. Na primeira, a decisão do Brexit em 2016 foi anunciada pela mídia européia como um desastre para o turismo local.  Os números não concordaram, mostrando 4,3% de crescimento em 2017 e 4,4% em 2018. Nos Estados Unidos, teve um impacto negativo da eleição do Trump – somente 0,7% de crescimento em 2017-, mas se devia também a outros fatores como as restrições de vistos impostos a vários países, e as previsões para 2018 já superam 6%.

A alegria brasileira nas campanhas da Embratur

Mesmo limitadas nas suas consequências efetivas, as  declarações de boicote das viagens para o Brasil não devem ser desprezadas, mas até levadas em consideração nas futuras campanhas de promoção internacionais que o setor espera do novo governo. Para sair do patamar limitado de 7 milhões de turistas – e chegar aos 10 ou até 15 milhões que suas riquezas naturais, culturais e humanas merecem, o Brasil deverá  não somente convencer que as preocupações de insegurança e de carestia já pertencem ao passado, mas também mostrar que ele continua sendo o pais da alegria e da liberdade de viver, o pais onde cada visitante, qual que sejam suas origines ou suas opções pessoais, é mesmo recebido com um carinho único!

Jean-Philippe Pérol

Esse artigo foi inicialmente publicado no Blog “Points de vue”  do autor na revista profissional on line Mercados e Eventos

Eleições, tempo de dúvidas e de esperanças

Eleições presidenciais vão tambem impactar os rumos do turismo

Para os profissionais do turismo e para todo o setor, época de voto é sempre um momento difícil, onde se misturam sentimentos de dúvidas e de esperanças. Se este ano as tendências estão mais imprevisíveis que nunca e, sem sair de uma neutralidade absoluta, algumas considerações podem ser feitas sobre o que o turismo brasileiro pode esperar das eleições do próximo mês de outubro.  A primeira é de torcer para a própria campanha não atrapalhar as viagens. Épocas de mudanças politicas são sempre complicadas para os grandes executivos do setor público ou privado, e as viagens de negócios ou de “bleisure”, e até as viagens de luxo, podem se retrair de setembro a dezembro, assim como acontece em todos os países.

Com menos 3,8% em 2018, o turismo americano mede o impacto Trump.

Para o turismo exportativo, as eleições sempre impactam de forma muito indireta (nos países democráticos), porque as viagens internacionais são ligadas a três fatores que não dependem especificamente do turismo: a taxa de câmbio, o crescimento econômico e a oferta de voos. O atores do setor devem esperar do novo governo medidas certas para que o câmbio fique estável e assegure  o poder aquisitivo dos brasileiros no exterior, ações para que se renove a confiança dos investidores e acelere o crescimento da economia, e para que aumente a renda das classes emergentes, que são a chave do crescimento do mercado. Enfim, é fundamental que a politica de abertura dos céus para novas transportadoras, inclusive low-costs, seja mantida e até ampliada.

A Segurança é a primeira preocupação dos viajantes

É, sem dúvidas, no turismo receptivo que os profissionais podem ter as maiores expectativas. A transversalidade do setor faz com que as medidas mais necessárias dependam de quase todos os setores do governo. Mais ainda que um ministério próprio, a maior esperança deve ser de ter um futuro presidente pronto a definir o turismo como prioridade nacional, favorecendo seu crescimento através da educação, das infraestruturas de transportes, do urbanismo, da política fiscal, dos investimentos ou das relações exteriores. E, antes de tudo, da segurança pública. É uma urgência para o turismo nacional, que precisa de estradas seguras e de destinos sem riscos. É uma urgência para o turismo internacional, assustado pelos recordes de criminalidade atingidos no Rio de Janeiro e nas grandes cidades do Nordeste.

Presencia nas Feiras internacionais é ponto chave para o trade

As eleições poderão talvez ajudar os novos governos a tomar medidas para favorecer o turismo sem corporativismo e com muita criatividade. O esperado ministro do turismo deve, antes de tudo, convencer os responsáveis políticos em todos os níveis, bem como a mídia, as populações dos destinos e as comunidades, sobre a força do turismo como alavanca do bem-estar e do progresso socioeconômico. Os profissionais devem também torcer  para que este novo ministro seja capaz de levantar os recursos necessários  indispensáveis para ninguém precisar escolher entre o apoio aos investimentos, a formação de pessoal e a promoção internacional. Não há dúvidas de que todas as promessas de campanha incluirão todos esses itens e muito mais. A esperança do setor deve ser de que elas sejam cumpridas desta vez.

Jean Philippe Pérol

“El riesgo es querer quedar te”, a famosa e bem sucedida campanha da Colômbia

Esse artigo foi inicialmente publicado no Blog “Points de vue” do autor na revista profissional on line Mercados e Eventos

Viajantes, roteiros e enocultura, as novas rotas do enoturismo mundial olham para o Brasil!

A Napa Valley, região pioneira do enoturismo

Celebração do Dia do Vinho, multiplicação das rotas dos vinhos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em São Paulo ou no sertão de Pernambuco, assinatura de um convênio entre a Embratur e a Ibravin, wine tours, produtos vedetes na FITUR de Madrid, o enoturismo no Brasil está de vento em popa. Já sendo quase um milhão a visitar mais de 1.100 vinícolas brasileiras, os enoturistas brasileiros estão também chamando a atenção dos profissionais de muitas regiões do mundo. Tanto para o mercado doméstico que para o mercado internacional, o crescimento dessa temática de viagem no Brasil segue as novas tendências que surgiram em Napa Valley, na Toscana ou em Bordeaux, e que a Organização Mundial do Turismo (OMT) destaca agora no Uruguai, na Croácia ou até na Geórgia.

Arte nos vinhedos na “Floresta dos 5 sentidos” das Sources de Caudalie

A primeira tendência que impulsa o enoturismo é a diversificação de seus fãs. Antes quase exclusivamente enófilos – amadores de vinhos, conhecedores ou sócios de clubes de degustação -, os enoturistas não são hoje obrigatoriamente conhecedores, mas sempre bons vivants, cultos e curiosos, atraídos pela arte e pelos prazeres da mesa. Mesmo nas vinícolas, eles vão procurar por uma história, uma arquitetura, pelas tradições locais, as obras artísticas, ou por uma experiência com os moradores. As paisagens espetaculares – no Vale do Douro, em Mendonça, na Alsácia ou em Lavaux – são trunfos importantes, assim como características únicas: vinhedo mais setentrional em Sabile (Letônia), vinhedo mais velho em Maribor (Eslovênia), maior adega do mundo em Cricova (Moldávia), vinhedos dos “fins do mundo” na Patagônia (Argentina) ou em Rangiroa (Polinésia Francesa).

Adegas desenhadas pelo Santiago Calatrava, em Ysios

O novo enoturista procura também novidades arquiteturais, uma tendência que começou na Espanha com as adegas de Ysios, do Santiago Calatrava, e o Hotel Bodega de Marques de Riscal, do Gehry. Vários projetos de Museus do Vinho seguem a mesma tendência, o mais espetacular até hoje é a “Cité du Vin“, em Bordeaux. Às vezes chamado de Guggenheim do vinho, obra dos arquitetos Legendre e Desmazières, a Cité consegue unir uma espetacular localização na beira do Rio, uma construção emblemática, bem como um conteúdo pedagógico e lúdico. As construções que revolucionaram o enoturismo são também hotéis oferecendo hospedagem de qualidade, gastronomia estrelada e experiências do mundo do vinho, incluindo o bem-estar trazido pelas uvas. Além do pioneiro de Bordeaux, o Château Smith Haut Lafitte com o Hotel Palace Les Sources de Caudalie e o SPA Caudalie, o Yeatman Hotel do Porto ou o Meadowood da Napa Valley são alguns dos grandes estabelecimentos construídos em torno do vinho.

Adegas da LVMH em Reims

A ligação entre o enoturismo e a cultura é uma outra tendência forte, com uma importante contribuição da UNESCO que listou no Patrimônio da Humanidade os kvevris da Geórgia, os climats da Borgonha, a vite ad alberello de Pantelleri, os terraços de Lavaux e os coteaux, maisons et caves da Champagne. Em cada região produtora de vinho, cada vinícola, cada aldeia e cada produtor têm uma experiência para oferecer. Em sua história, em sua cultura, poderá contar e ensinar ao visitante não somente as especificidades de seu vinho, mas também o seu patrimônio enocultural único. O foco crescente dado pelos profissionais às possibilidades de compras nas próprias adegas aumenta ainda mais o impacto do enoturismo na economia da região, bem como das próprias vinícolas – que chegam a vender 15% e mais das suas produções aos enoturistas.

Vinhedos perto de Bento Gonçalves

Com um mercado em crescimento, o Brasil está mostrando sua nova força nos mercados mundiais do enoturismo, sediando encontros de especialistas, palestras abertas a públicos de profissionais ou de amadores, ou congressos nacionais ou internacionais, com um foco em Bento Gonçalves e na região pioneira do Vale dos Vinhedos.Em São Paulo, o INVINO Wine Travel Summit reunirá no dia 16 de Setembro, expositores vindos de todo o País e do mundo inteiro com agentes de viagem e operadores brasileiros cuidadosamente escolhidos. Alem de descobrir as grandes novidades dos melhores “wine tours”, será também uma verdade experiência enogastronômica com degustações e harmonizações. As novas rotas do enoturismo estão mesmo olhando para Brasil!

Jean-Philippe Pérol

O Hotel Adega Marques de Riscal, obra do arquiteto Gehry

A “Cité du Vin” em Bordeaux

https://www.invino.travel/

 

Da Copa para os Jogos, lucros e lições para o turismo brasileiro !

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Segundo o jornal l’Equipe, a Copa 2014 mereceu o título de Copa mais bonita da história, homenagem merecida de uma mídia que chegou a ser muito negativa mas soube reconhecer o sucesso do Brasil. Mag_1_20140712_1669_Page001No embalo do indiscutível impacto positivo sobre a economia das grandes cidades sede, os responsáveis do turismo chegam a anunciar números impressionantes para economia do setor para qual o evento teria gerado um milhão de turistas internacionais ou três bilhões de dólares de receitas . Talvez ainda seja cedo para tirar todas as conclusões sobre o impacto global da Copa, mas algumas tendências e lições confiáveis  podem ser tiradas dos primeiros resultados, para o turismo internacional tanto receptivo que  exportativo.

 Um milhão de turistas internacionais chegaram no Brasil em junho e julho, seja 35% a mais que o ano passado. Mas a Copa só durou um mês, com 530.000 chegadas, das quais  70% eram ligadas ao evento. Um total de 360.000 turistas “Copa” confirmados pelos 840.000 ingressos  colocados a disposição pela FIFA  numa média de 2,4 jogos por torcedor. fotoPode parecer decepcionante para alguns, mas a experiência das Copas e dos Jogos anteriores, assim que o forte impacto negativo sobre os turistas afugentados pelos grandes eventos, seus preços e suas multidões (uma queda estimada em mais de 30%), mostram que os números são satisfatórios. Serão mais satisfatórios ainda a médio prazo pelos investimentos em infraestruturas e pela extraordinária visibilidade positiva que o Brasil ganhou com o sucesso da organização ” encantadora” e “maravilhosa” do segundo maior evento do Planeta. Se os crescimentos observados em outros mercados se verificaram, pode-se esperar, assim que anunciou a Embratur, passar dos 10 milhões de visitantes antes do fim da década. Os números da Copa mostraram também que os países vizinhos, não somente Argentina mas também Chile, Colômbia, Peru e México, que representaram mas de 50% dos clientes “Copa”, ainda tem um potencial excepcional, especialmente se a oferta de produtos se diversificar melhor tanto no segmento de luxo que nos segmentos populares.

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O bom desempenho do turismo receptivo, e os 500 milhões de novas receitas internacionais  anunciadas, não se encontraram infelizmente no turismo emissivo. O fortíssimo impacto da Copa sobre as viagens dos brasileiros não foi com certeza bastante antecipada. Nem no turismo doméstico que só ficou estável, as viagens de torcedores e os preços tardiamente reajustados afugentando os turistas tradicionais, com queda de 20 à 40% das vendas das operadoras. Nem no turismo internacional no qual as altas de preços das passagens, a prioridade dada pelas companhias aéreas a visitantes estrangeiros, a vontade de viver a Copa com amigos e familiares, levaram a uma queda de mais de 10%  das viagens. téléchargementEssa decepção, prolongada nos meses de julho e agosto, se deve também a retração da economia brasileira e as incertezas eleitorais. Mas ficou claro que produtos e promoções diferenciadas deverão ser imaginadas para que os próximos grandes eventos sejam no futuro um sucesso para todos os atores do turismo no Brasil, pela satisfação de todos os viajantes, brasileiros ou estrangeiros, turistas ou torcedores.

Jean-Philippe Pérol