Invino Wine Travel Summit, a hora do enoturismo

Na Borgonha, um dos oito vinhedos do mundo tombado pela UNESCO

Faltando menos de um mês para a sua inauguração, a expectativa em torno da primeira edição do Invino Wine Travel Summit  já está mostrando que o enoturismo é mesmo um setor que despertou o interesse dos profissionais brasileiros do turismo e do vinho. Patrocinado pela Air France, a Chandon e a Bourgogne, apoiado pela Atout France,  a Wine Paths, o Palace Sources de Caudalie, a Guaspari, a Rouge Brasil, o Forum de Enoturismo e os Wines of Chile, beneficiando da experiência de palestrantes e expositores vindo do Chile, da França, da Argentina e do Brasil, Invino já confirmou as inscrições das mais destacadas operadoras e agencias do setor.

Tradição e qualidade nos vinhedos do Chile

O sucesso do enoturismo é um tendência internacional. Com um indiscutível pioneirismo das vinícolas da costa Oeste americana (líder mundial até hoje com 15 milhões de enoturistas, sendo 3 milhões de estrangeiros), os “Wine tours” se espalharam em todos os grandes destinos produtores, especialmente na França cujas vinícolas recebem 10 milhões de visitantes,  4,2 milhões vindo do exterior. Hoje o mundo tem mais de 40 milhões de enoturistas que  visitam o Stellenbosch ou a Napa Valley, a Rioja espanhola ou o Vale McLaren da Australia, os “climats da Borgonha” ou a rota dos vinhos do Vale Maipo, sem falar dos procuradíssimos  vinhedos da Toscana e da Provence. No Brasil também, o sucesso das rotas gaúchas, catarinenses ou paulistas já atrai mais de um milhão de visitantes por ano.

Les Sources de Caudalie, onde enoturismo combina com bem estar e gastronomia

Os encontros de Invino são importantes devido as evoluções do enoturismo. Para os produtores, o turismo passou da simples atividade complementar a uma ferramenta chave para incrementar e diferenciar a notoriedade das marcas, uma fonte de receitas representando até 20% ou mais das vendas totais. Se transformou em uma grande oportunidade de investimentos, seja nas próprias adegas seja na hotelaria ou no bem estar.  Os perfis dos enoturistas mudaram completamente também. Enquanto os pioneiros, enólogos ou enófilos, exigiam um atendimento completamente focado em numerosas visitas e degustações, o novo enoturista é simplesmente um “bon vivant” ou até um viajante a procura de novas emoções. O vinho vira assim um dos componentes de uma viagem que incorpora também experiências culturais e gastronómicas, momentos para compras e para bem estar, ou passeios para apreciar as belezas naturais de lugares as vezes tombados pela UNESCO.

As vinicolas de Mendonça combinam com proezas arquiteturais

Para os profissionais do turismo que precisam de novos produtos e serviços com forte valor agregado, Invino vai ser um momento privilegiado para descobrir valiosas experiências. Algumas operadoras tanto de receptivo que de exportativo já investiram há muitos anos no enoturismo, e o Brasil tem valiosas realizações em ambas atividades.  Mas um grande trabalho de capacitação ainda tem que ser feito para que os agentes consigam responder aos viajantes interessados, oferecendo o destino, o vinho e o produto mais adaptados para cada perfil.  O potencial é imenso, reforçado pelo fato que os grandes países de enoturismo são ,seja vizinhos – Chile, Argentina ou Uruguai -, seja muito familiares – EEUU, França, Portugal, Itália e Espanha. Mostrando os sucessos e os “savoir-faire” adquiridos, o Invino Wine Travel Summit pode ajudar as agencias a responder a essa nova grande tendência do turismo mundial.

Jean Philippe Pérol

 

A alegria do vinho nos roteiros gauchos

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