Em Lyon, além da gastronomia, a História

O arcanjo de Fourviere vigiando a Catedral São João Batista

Agarrada (com razão) a seu status de capital da gastronomia francesa, Lyon esquece as vezes de lembrar aos apaixonados pela cultura e o patrimônio que ela também carrega com orgulho uma longa história. Fundada pelo gauleses que a chamava de Lugdun (a fortaleza do deus Lug), a cidade atraiu os romanos pela sua posição estratégica. Com uma arquitetura urbana marcada pela Antiguidade, a Idade Media, o Renascimento e a época contemporânea, Lyon teve o privilegio de ver o seu centro histórico tombado pela UNESCO. Juntos com o bairro do Vieux-Lyon, o morro de Fourvière e o morro da Croix-Rousse, são 427 ha, 10% da área urbana da cidade, que foram classificados como Patrimônio da humanidade em 1998, reforçando a atratividade desse grande destino turístico.

O teatro romano do morro de Fourvière

A Lyon romana cresceu rapidamente, e virou capital da Galia em 27 a.C. Teve sua importância confirmada durante o reinado do Imperador Claudio, nascido na cidade onde ele sempre fez questão de voltar, erigindo monumentos as vezes ainda visitados hoje como as termas da rua des Farges. Para os turistas procurando seguir os passos dos romanos, muitos sítios são espalhados na cidade, e cada escavação importante leva a novas descobertas. As construções mais procuradas são o antigo teatro de Lyon, o anfiteatro das três Gálias ou os quatro aquedutos de Mont d’Or, Gier, Yzeron e Brévenne). A procura do Lyon da época romana, o visitante pode também  visitar o muito interessante museu Lugdunum, que possui um dos acervos arqueológicos mais completo da França.

Os traboules, alguns segredos do patrimônio de Lyon

Os “traboules” são o ponto alto de um passeio turística no Lyon da Idade Media. Atalhos urbanos outrora utilizado para chegar rapidamente nas beiras do Rio Saône, eles interligam ruas antigas mostrando, nos patios e nas faixadas, curiosidades arquiteturais da época. O patrimônio medieval e renascentista está muito presente no bairro do Vieux Lyon, com suas ruas de paralelepípedos, sua Catedral  São João Batista construída do século X ao século XV, bem como um espetacular relógio de 1598. A duas quadras, o visitante pode visitar a antiga Casa dos Advogados, prédio do Renascimento perfeitamente restaurado e que hospede hoje um divertido Museu Miniature et Cinéma, piscar de olho das heranças do século XVI para os irmãos Lumière.

No morro da Croix Rousse, a homenagem aos Canuts

O patrimônio do século XIX se concentro nos morros. No morro da Croix Rousse, “traboules” mais recentes, ruas estreitas as vezes cortadas por escadas, e antigos entrepostos com janelas altas por onde passavam as teares dos tecelões, são marcados pela história dos famosos “canuts”.  Operários ou artesões do luxo, mas também revolucionários que foram em 1831 os primeiros a levantar a bandeira preta dos anarquistas, os canuts carregam a tradição do trabalho da seda que continua até hoje com os famosos Carré da Hermès fabricado na região. No morro de Fourvière, onde começou a colonização romana, encontre-se o monumento mais famoso da cidade, a basílica Nossa Senhora de Fourvière, inaugurada em 1896. Para fechar a Historia do patrimônio de Lyon, só faltará então ao viajante descer até o bairro de Confluence para descobrir sua arquitetura inovadora cercando o impressionante Museu.

Nas águas e nas terras do Limousin, algumas raízes do luxo francês …

Indo dos confins da Auvergne até os vinhedos de Bordeaux, o viajante olha umas paisagens de colinas verdes e de rios de águas pretas, campos de gado charolês ou limousin, e casas simples com paredes de granito. Ele nem sempre sabe que está atravessando uma da regiões que mais influenciou a industria do luxo francês, sendo até líder em setores específicos como a cerâmica – em Limoges – , a tapeçaria – em Aubusson-, e o couro – sapatos da Weston, luvas Morand ou cintos Daguet. Se foram por muito tempo ignorados ou até desprezados, os produtos locais conseguiram se impôr pela sua qualidade e sua autenticidade, e muitas grandes marcas do luxo, incluindo Prada ou Hermès, estão hoje valorizando o “made in Limousin“.

Serviço "Boulle"de Bernardaud

Serviço “Boulle”de Bernardaud

Foi no século XVIII, nas  minas de kaolim, quartz ou fedspath, que nasceu a porcelana de Limoges, e foi em 1842, com a chegada do americano David Haviland, que ela ficou conhecida no mundo inteiro tanto pela qualidade da própria parcela que pelas sutilezas das decorações – feitas com pincéis ou em cromolitografia- ou a nobreza das suas incrustações de ouro ou platina.Loja de fabrica da Bernardaud A fama do “Limoges” cresceu com a colaboração das principais fábricas com artistas conhecidos como Lalique, Dufy ou Sandoz, ou mais recentemente com grandes designers como Gagnère, Jeff Koons, ou Sophie Calle… A marca mais emblemática é sem duvidas Bernardaud, empresa criada em 1863 e pertencendo hoje a quinta geração da família . A antiga fábrica ainda pode ser visitada e lá se tem uma exposição de peças raras e uma imperdível loja de vendas diretas. Outras marcas de porcelanas famosas, como Haviland (Pavilhão da porcelana)  ou  Médard de Noblat (Espaço do mesmo nome) também recebem os visitantes.

Campanha publicitaria dos mocassins da Weston

Campanha publicitaria da coleção “Le Moc” da Weston

Se as águas negras e ácidas do seus rios explicam a longa tradição de curtume do Limousin, a qualidade e o luxo dos seus produtos de couro vem ainda mais do savoir-faire dos seus artesãos e do talento de gerações de empresários. Botas de tira de cano curto da WestonAssim é a J.M.Weston, a incomparável marca de sapatos cuja fábrica foi fundada em 1891 pelo Edouard Blanchard, pegando o nome atual em 1904 quando o seu filho Eugene voltou dum estágio na empresa Goodyear em Weston, perto de Boston! Orgulhosa de continuar a trabalhar da forma mais tradicional – são 192 operações manuais para finalizar um par de sapatos-, a marca concentra sua produção nos modelos emblemáticos como os mocassins Le Moc’ – vedetes dos anos 60 – ou as botas de cano curto com suas tiras características . Hoje nome prestigioso do luxo francês, a Weston lançou em 2012 uma nova linha de produtos incluindo bolsas, cintos e carteiras que também pode ser encontrada na loja da fábrica de Limoges.

No ateliê da Agnelle

No ateliê da Agnelle

A 30 quilômetros de Limoges, uma outra surpresa espera o viajante em Saint-Junien, capital da luva de luxo francesa desde a idade média. Na pequena cidade encontram as mais tradicionais fábricas como Georges Morand, fornecendo hoje marcas famosas como Inès de la Fressange, Nina Ricci, Sonia Rykiel, e Thierry Muggler, ou Agnelle que produzem os modelos de Jean-Paul Gaultier, Christian Dior ou John Galliano, bem como o fabricante de cintos Daguet, todos com lojas de fábrica. A nova coleção DaguetO anúncio da Hermès, que já encomendava suas luvas na cooperativa “Ganterie de Saint Julien” mas que prepara a inauguração esse ano de um ateliê de fabricação de carteiras, mostrou que as mais famosas marcas mundiais estão acreditando na região. E se espera que a inauguração em Julho da ” Cité Internationale de la Tapisserie ” em Aubusson ajude a atrair também empresas do setor da lã e da moda. Enquanto os valores que definam o verdadeiro luxo estão mudando, deixando o “bling-bling” para voltar a autenticidade, a discrição, e a tranquilidade, os vales do Limousin vão atrair viajantes interessados em descobrir algumas inesperadas raízes do  luxo francês.

 Jean-Philippe Pérol

As aguas taninas debaixo da ponte de Senoueix

Águas pretas e taninas do Rio Thaurion  debaixo da ponte de Senoueix

Sofitel Paris Le Faubourg, re-inaugurando com elegância e criatividade

PLACE DE LA CONCORDE

Quando a Compagnie Internationale des Wagons lits et du Tourisme inaugurou em 1969 o hotel “Etap Saint Honoré”, um pequeno e charmoso três estrelas FAIXADA DO SOFITEL FAUBOURGlocalizado na rua Boissy d’Anglas, ninguém no grupo imaginava que ele poderia um dia competir com seus prestigiosos vizinhos do bairro do Faubourg Saint Honoré. Foi porem reformado, primeiro quando Antoine Veil, então presidente da Wagons lits, resolveu em 1987 criar a marca “Pullman” e aproveitar os seus hotéis com as melhores localizações, depois em 1993 a quando a Accor comprou a empresa e transformou os seus estabelecimentos mais prestigiosos em Sofitel.

Mas foi uma verdadeira re-inauguração que aconteceu agora dia 5 de Marco. Combinando com a Paris fashion week, 600 convidados do mundo da moda, do design, da gastronomia e do turismo foram convidados para descobrir a espetacular decoração do Didier Gomez.FOTOGRAFIAS NO SOFITEL FAUBOURG Logo no lobby, a surpresa vem das cores brancas, cinzas, pretas e douradas que criam um ambiente moderno e caloroso, bem como duma foto gigante da  Cathleen Naundorf para Christian Dior. Tanto nos moveis que nas fotos espalhadas nos corredores ou nos quadros pendurados nas paredes, as escolhas do Gomez foram feitas para aproximar o conforto do hotel e o glamour da alta costura. A moda é presente até na historia do prédio, já que a ampliação do hotel só foi possível com a compra duma ala nova que abrigava o famoso magazine Marie Claire. E, se são 111 quartos e 36 suites, a maior e mais luxuosa delas foi batizada “Couture”.

CHAMBRE SOFITEL FAUBOURG

A alta costura é também presente no “Bar du Faubourg”. O mixologista preparou uma série de coquetéis com nomes inspirados das maiores estrelas da moda francesa: Christian, Gabrielle, Yves, Jean-Paul…O famoso chef Yannick Alleno é o responsável do restaurante, o STAY Faubourg,  com um novo conceito que ele já experimentou em Dubai, Taipei e Pequim. O cardápio é de cozinha francesa contemporânea, mas o restaurante tem muitas inovações originais como por exemplo uma grande mesa para pequenos grupos com menu especial e vinhos servidos em garrafas Magnum, ou uma surpreendente biblioteca de sobremesas dando a opção para o cliente de escolher um dos ingredientes.

O RESTAURANTE DO SOFITEL FAUBOURG

Com tanta elegância e criatividade, o Sofitel Paris Le Faubourg parece fazer um piscar de olha para a Historia. Construído no século XVIII para ser uma residência particular, localizado entre a loja-mor da Hermés e o mítico hotel de Crillon, o outrora pequeno hotel econômico da Wagons lits vai sem duvidas virar um dos mais cobiçados flagships da hotelaria parisiense – e um dos favoritos dos viajantes brasileiros.

Jean-Philippe Pérol

SOFITEL FAUBOURG

Políticos, moradores ou turistas, cada um tem a sua Paris!

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Com as eleições municipais chegando, várias Paris estão se enfrentando cada dia nas medias franceses. Da vice prefeita candidata da situação, Anne Hidalgo, da candidata da oposição direitista, a ‘NKM’, e de muitos outros. Cada um mostra o seu Paris, mais popular ou mais sofisticado, mais no leste ou mais no oeste, mais  de pedestre ou mais de carro, mais comercial ou mais cultural, mais verde, ou mais vanguardista. É, são muitas Paris. Não é por acaso que a cidade luz tem vinte “arrondissements” e oitenta bairros. Cada parisiense quer falar da sua Paris, a verdadeira, a autêntica. Os visitantes também entraram nesse jogo e tenho muitos amigos brasileiros elogiando o faubourg Saint Honore ou 0 “16eme”, Saint Michel ou Pigalle, o bairro da Opera ou a margem esquerda.

Se a Paris do turismo é muitas vezes focado no ‘triângulo de ouro’, entre o Arco de triunfo, o Louvre e a Opera, devo confessar que este não é o meu favorito.  ??????????Fui criado no bairro “Europe”, perto de Saint Lazare, das Galeries Lafayette e do Parque Monceau, e ainda frequento muito essa área do 8eme arrondissement. Mas o cheiro de Paris fica para mim concentrado perto da minha faculdade, a tradicional Sciences Po, em Saint Germain des Pres. Cada estadia na capital tem que começar com um cafezinho no ‘Deux Magots’, de frente para igreja de Saint Germain des Prés, olhando a movimentação e esperando a sorte de ver uma cara conhecida, a Catherine Deneuve ou o Belmondo por exemplo… O tempo passando, pode ser uma oportunidade de comer um Croque Monsieur ou de chamar a menina das sobremesas com a sua  imperdível bandeja de “gateaux”. E se quiser uma refeição mais séria, pode também atravessar o Boulevard e entrar no Lipp, com seu cardápio (e seus garçons) que não mudaram desde 1880…

A graça dos ‘Deux Magots’ é ser um ponto estratégico onde existe mil coisas para fazer. Podemos dar alguns exemplos, limitados a cinco quarteirões. DSCN3864Uma das praças mais charmosas de Paris, a praça von Furstenberg, fica a dois quarteirões, bem como a rua Bonaparte e seus antiquários. A Rua Dufour, e a Rua de Rennes , concentram as lojas de roupas ou de sapatos. A três quadras, não pode perder a loja design da ‘Hermès’ com seu simpático espaço onde uns vão para tomar um drinque enquanto outros vão fazer compras. A mesma distância fica o Marché Saint Germain, suas 21 lojas, seus restaurantes animados e muito em conta. Ou a Praça Saint Sulpice e sua igreja popularizada pelo Don Brown (mas nem fala do Código da Vinci para o padre, ele não aguenta mais perguntas sobre a linha rosa).

A quatro quarteirões fica o bar do Hotel Lutetia, ideal para um aperitivo entre amigos ou um discreto encontro de negócios. Muito bem localizado, e mesmo ainda em reformas, o hotel é também uma excelente opção de hospedagem. (No bairro tem também alternativas que os brasileiros gostam: o tradicional Madison, ou o discreto Hotel des Marronniers, os dois Mercure ou as residências Citadines). MarchA© Raspail, Paris 2011Na frente,no Boulevard Raspail, tem nas terças e sextas uma das feiras livres bio mais badalada de Paris, mais movimentada ainda em tempo de eleições para prefeito…

A cinco quadras, encontrarão a mais tradicional, mais parisiense, mais aconchegante e mais luxuosa loja de departamentos, o Bon Marché , com todas as grandes marcas do luxo francês.bon_marche_paris_a201011_aw3 Do outro lado da rua fica a Grande Epicerie, menos conhecida que a Fauchon, mas com uma variedade e qualidade de produtos excepcionais. Nas duas lojas, pode-se pecar a vontade que na mesma quadra fica um outro ponto predileto dos brasileiros em Paris, a capela da Medalha milagrosa.

E na mesma distância, mas no outro lado, os Jardins do Luxembourg são um lugar ideal para passear, sentar num banco e olhar os parisienses dessa Paris que eu gosto. Que as eleições consagram a vitória da Paris da Anne ou da Paris da Nathalie, vou continuar com a minha. Vive Saint Germain des Prés et le Quartier latin!

Jean-Philippe Pérol

LUXEMBOURG


Cannes: a febre do luxo brasileiro merece perdurar!

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No próximo dia 2 de dezembro, começa em Cannes o International Luxury Travel Market,  um dos grandes encontros do Luxo e do Turismo. Durante três dias, a Croisette, o Palais des Festivals e os ‘palaces’ vão trocar os artistas de cinema ou os grandes publicitários pelos profissionais do trade. Com 18 hosted buyers em 2002 e 100 desse ano (incluindo 5 expositores), a presencia brasileira cresceu em proporção do mercado. O Brasil virou um dos cinco grandes países emissores do turismo de luxo (junto com Estados Unidos, China, Rússia e Oriente médio), muito cobiçado, especialmente pelos hotéis de luxo franceses.

IMG_4037Com mais de 250 expositores, a França està mostrando em Cannes que suas ambições no turismo de luxo não são somente uma estratégia da Atout France mas uma ambição de muitos parceiros de todos as regiões francesas, incluindo as mais distantes como Tahiti, Saint Barth, Saint Martin ou a Guadalupe. Conversando com eles, é claro que o Brasil continua sendo uma prioridade,mas é claro também que nos últimos meses, varias perguntas começaram a aparecer: será que, com um crescimento de um ou dois por cento, o Brasil ainda deve constar nos países emergentes onde devemos investir? e se continuamos a investir no Brasil,  será que ainda devemos apostar nos segmentos de luxo ou já é hora do turismo de massa?

Lida na imprensa internacional, a decepção com os resultados do turismo brasileiro na França devem ser relativizados. Mesmo sem atingir os 17 % dos mercados asiáticos ou mesmo os 13% da Rússia, os números vão crescer de quase 8%, muito acima dos mercados europeus que mal vao chegar a 2%. Os indicadores em termo de receitas ( +14% até agora), bem como as perspectivas a médio prazo continuam  excelentes. Os resultados excepcionais de alguns concorrentes, em primeiro lugar dos Estados Unidos que vão passar os dois milhões de visitantes brasileiros esse ano, e provavelmente atingir o seu objetivo de dois milhões e quinhentos mil antes de dezembro de 2016, confirmam essa força do mercado.

imagesFXW1086ANesse quadro, o luxo também vai continuar a crescer, e vai crescer mais rápido. Primeiro porque a Classe A, incluindo a A+, cresce naturalmente com a economia brasileira. Segundo  porque o setor do luxo, inclusivo nas viagens, beneficia do ‘effet sablier‘ (efeito ampulheta) que levem os consumidores a procurar cada vez mais os produtos dos dois extremos do leque de ofertas. Terceiro enfim porque o setor do luxo beneficia também de muitos consumidores ocasionais, o famoso ‘masstige’, que pode ser fundamental para alguns produtos de luxo: o cliente CVC  compra também perfumes da Dior ou lenços da Hermès …

Numa indústria onde o sonho também é fundamental, o luxo é um fator chave para a imagem da França. Claro que o A380 da Air France só tem 9 lugares na Primeira classe, mas eles ajudaram a contribuir a decisão de viagem doa outros 518 passageiros. E os brasileiros que passeiam na rue de la Paix ou na Place Vendôme acham nas vitrinas do Cartier ou do Chaumet um linda experiência de Paris.

DSCN1410Para o próximo ILTM de Cannes, tantos franceses como brasileiros podem ter uma total confiança no futuro do setor do luxo entre os dois paises. Mesmo com muita concorrência, a França tem como trunfo excepcional as duas dimensões fundamentais desse setor. Os produtos, claro, especialemente os grandes hotéis ou os palaces, mas também as maiores marcas que definem as tendências da moda no mundo. Mas o luxo é mais que isso, é também o charme, o glamour’, a emoção dum momento excepcional ou único, um momento exclusivo que cabe tão perfeitamente na cultura e na imagem da França. Sim, podemos ir para ILTM em Cannes que a França tem mesmo futuro nas viagens de luxo dos brasileiros!

Jean-Philippe Pérol