Cuba: vai ter uma revolução no turismo Caribenho!

www-logoCom as novas relações entre Cuba e os Estados Unidos, todos os especialistas concordarão sobre a ideia que as consequências vão ser impressionantes não somente para o turismo cubano – o objetivo de 3 milhoes de turistas na ilha será sem duvidas ultrapassado- mas também para toda economia turística do Caribe que vai acordar com um terrível concorrente no seu maior mercado.

O embargo ainda continua, mas varias medidas vão facilitar as viagens dos americanos:OLYMPUS DIGITAL CAMERA os bancos dos Estados Unidos podem trabalhar com as instituições cubanas, o teto para remessas entre os dois países vai passar de 500 a 2000$ por trimestre, os viajantes americanos poderão utilizar os seus cartões de créditos e poderão voltar com 400$ de compras, incluindo 100$ de charutos! No imediato, só vão ser favorecidos pela nova politica do Presidente Obama as doze categorias de cidadões já autorizados a viajar para Cuba: familiares, jornalistas, professores, religiosos, esportistas ou homens de negócios. Hoje já são 90.000 mas esse numero vai com certeza dobrar ou triplicar a curto prazo.

Scenes_of_Cuba_(K5_02403)_(5981661729) (1)Não tem duvidas também que com as relações normalizadas, Cuba vai voltar a ser o primeiro destino turístico no Caribe e ver o seu fluxo de turistas americanos passar de 2, 3, 4 ou até 5 milhoes de turistas. As operadoras canadenses (o Canada passa do milhão de visitantes em Cuba) já se preparam para isso, temendo altas de preços mas antecipando novos investimentos e grandes oportunidades. E a própria Carnival está analisando a abertura de novos roteiros incluindo os portos cubanos. Os projetos do governo cubano, ampliar em 40% a oferta hoteleira até 2020, terão que ser reforçados, abrindo mais oportunidades não somente para empresas já instaladas como Accor, Pestana, Iberostar ou Melia mas também para as grandes bandeiras americanas. Viñales_ValleyCom praias excepcionais em Varadero, Cayo Santa Maria ou Cayo Coco, com pontos turísticos imperdíveis em Havana, Trinidad ou no Vale de Vinhales, uma Cuba livre do embargo e aberta aos investimentos do vizinho do Norte vai também ser um impressionante concorrente para os seus vizinhos do Caribe. A reorientação dos fluxos de turismo americano vai com certeza impactar nSanteria-1ão somente os grandes destinos como Santo Domingo ou a Jamaica, mas também todo os destinos caribenhos que vão ter que repensar sua oferta e sua promoção para enfrentar o que será sem duvida um novo gigante do turismo mundial. Sob o olhar do filho do Che montado numa Harley, e com a bença de Xango, de Ogum, de Iemanjá e de todos os deuses santeiros, vai ser mesmo uma revolução para qual todos os profissionais do turismo do Caribe devem se preparar.

Jean-Philippe Pérol

 

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