
Grasse, capital do perfume e pioneira em Li-Fi
Se os viajantes ainda brigam com companhias aéreas ou hotéis para ter conexões Wi-Fi rápidas e baratas, uma nova tecnologia vai talvez mudar em breve todos as ideias existentes sobre a transmissão de dados. O Li-Fi, do termo inglês “Light Fidelity”, é uma tecnologia que emprega luz para transmitir dados em alta velocidade. Diferente da Wi-fi que usa ondas de rádio, a Li-Fi usa lâmpadas de LED para transmitir as informações e pode transmitir velocidades até 100 Gbps, 100 vezes mais rápido do que Wi-Fi tradicional, onde atuam em velocidades médias de Wi-Fi a 10 Mbps. Essa tecnologia existe há quase dez anos, mas já passou as fases de teste e está se popularizando, e chegou agora na industria turística.

Suas vantagens podem fazer do Li Fi o rápido sucessor do Wi Fi?
Alem da velocidade, as vantagens do Li-Fi são a segurança – os dados são carregados pela luz, impedindo assim a pirataria a distancia-, a precisão da geolocalização, e a ausência de ondas eletromagnéticas – um temor nos hospitais ou nos aviões, bem como uma preocupação para a saúde de pessoas sensíveis. Algumas limitações ainda existem e restringem a sua utilização: a luz tem que sempre acesa, e não pode ter nenhuma sombra entre a lâmpada e o receptor. Mais problemático por enquanto, a transmissão de dados é unidirecional, sendo que o receptor não pode enviar informações pelo Li-Fi, deve continuar usando uma outra tecnologia.

A lâmpada transmissora de Li Fi apresentado no CES Las Vegas
Apresentado no último Consumer Electronics Show de Las Vegas, um primeiro dispositivo vai ser colocado a disposição do público. Pioneiras das casas inteligentes, duas empresas francesas, a Oledcomm e a Havr, estão apresentando MyLiFi, um abajúr com uma lâmpada transmissora e um receptor integrado a uma chave USB. Um cabo Ethernet facilita a conexão com o roteador Wi-Fi ou a Internet. Ainda caro (quase 700 USD), o conjunto será vendido a partir de junho, oferecendo uma conexão segura a uma velocidade de 23 Mbps.
Então, vai acabar quando a tão tradicional pergunta: qual é a senha do Wi Fi?
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Julie Payeur na revista profissional on-line Reseau de veille en tourisme, Chaire de tourisme Transat .