
O Aidanova, construído na Alemanha
Não são apenas as companhias marítimas e as agências de viagem que estão aproveitando o constante crescimento dos cruzeiros, 4% em 2017 e 5% esperados em 2018, com 27,2 milhões de passageiros – estes, cada vez mais europeus e chineses. Os grandes estaleiros – o coreano Hyundai, o italiano Fincantieri, o francês STX Saint Nazaire ou o alemão Werft – estão com 46 bilhões de euros de encomendas, um recorde que representa um mínimo de 90 navios até 2025. Só esse ano, cerca de 15 navios devem zarpar pela primeira vez, vários com mais de 4.000 passageiros. São o « Symphony of the Seas », da Royal Caribbean International (5.400 passageiros), o « Norwegian Bluise » da Norwegian Cruise Line (4.200 passageiros), o “MSC Seaview” (4.150 passageiros) da MSC Cruises e o « Aidanova » da Aida Cruises (5.200 passageiros)

Carnival festejando as cervejas ParchedPig fabricadas a bordo
Olhando 2018 com muitas ideias novas – incluindo a fabricação artesanal de cervejas a bordo -, Carnival é líder do mercado com mais de 100 navios e um leque completo de marcas. Possui Carnival Cruise Line (principalmente para o mercado americano), Princess Cruise, Holland America Line, Seabourn, Cunard, Aida Cruises (focada no mercado alemão), Costa (mais popular na Itália, França e Espanha), P&O Cruises. Em 2018 vai agregar à sua frota quatro novos navios para Carnival Cruise Line, Seabourn, Holland America Line e AIDA Cruises. Mas com a programação de várias vendas de navios obsoletos, a capacidade global do grupo só deve aumentar em 1,9 %.

Mein Schiff 5, cooperação da Royal Caribbean com a TUI
Royal Caribbean Cruises é um outro grande grupo americano, com seis companhias de cruzeiros, sendo as principais Royal Caribbean International, Celebrity Cruises, Pullmantur (mercado hispânico) e Azamara Club Cruises. O grupo escolheu desenvolver uma colaboração muito estreita com grandes operadoras de turismo, chegando a gerenciar navios através de parcerias com a TUI (na TUI Cruise, focada no mercado alemão) e com a Ctrip (na SkySea, voltada para a espetacular expansão do mercado chinês).
Operando as marcas Norwegian Cruise Line, Oceania Cruises e Regent Seven Seas Cruises, a Norwegian Cruises festeja seus 25 anos com uma frota de 25 navios e uma politica comercial bastante agressiva para justificar os sete novos navios que receberá até 2025).

Comemoração da primeira flutuação do MSC Seaview
Mas o crescimento mais espetacular das companhias de cruzeiro pertence, sem dúvidas, à companhia ítalo-suíça MSC. Hoje dona de 12 navios, ela encomendou em novembro passado dois “Seaside Evo”de 4.560 passageiros que serão entregues em 2021 e 2023, além dos 10 já encomendados até 2026. Um investimento de 10 bilhões de dólares dobrará a frota da empresa, a máxima ambição permitida pela capacidade de produção dos estaleiros capazes de construir os novos gigantes dos mares.
Para a MSC e para todas as companhias de cruzeiros, o futuro parece mesmo tão azul quanto as águas do Caribe ou do Mediterrâneo A não ser uma improvável subida do preço do barril de petróleo acima de 100 dólares, que ameaçaria a rentabilidade de muito navios, as projeções são de um crescimento de 7% ao ano para os próximos dez anos, sendo que, depois, the sky is the limit...
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Serge Fabre na revista profissional online La Quotidienne