
Air France comemorando com a Gol e o Ceará o seu hub de Fortaleza
Nunca se falou tanto dos “hubs”, essas plataformas de correspondência aeroportuárias onde as companhias aéreas concentram parte dos seus voos para assegurar aos seus clientes conexões rápidas e seguras. Os hubs estão crescendo no mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde Fortaleza está virando um grande hub nordestino, reforçado com a próxima chegada do grupo Air France -KLM ligando, com a cumplicidade da GOL, o Norte e o Nordeste com Paris e Amsterdã. A nível mundial, a OAG (Oficial Airlines Guide) acabou de publicar uma pesquisa pontuando e classificando os maiores hubs mundiais em função dos números de conexões oferecidas aos viajantes dentro de um prazo de seis horas. Mas, enquanto os especialistas esperavam que os Estados e a China iam se mostrar líderes disparados, os resultados mostram uma realidade diferente.

Londres, primeiro hub internacional segundo o OAG
De forma surpreendente, não tem nenhum aeroporto chinês ou norte americano, e nenhum aeroporto dos temidos países do Golfo, no pódio dos três primeiros megahubs mundiais. O vencedor disparado é Londres Heathrow, que aparece como o aeroporto internacional mais conectado do mundo. No último mês de julho, ele chegou a oferecer até 72.000 opções de conexões de chegadas ou de saídas, domésticas ou internacionais, num prazo de seis horas. Atrás vêm Frankfurt e Amsterdã, assegurando para a Europa uma inesperada liderança, ainda confirmada com a posição de Paris Charles de Gaulle em nono lugar, e de Munique em décimo quarto.

O aeroporto de Pequim, ainda fora do Top 30 mundial
No Oriente Médio, nos disputadíssimos caminhos para a Índia e a China, Dubai consegue ficar em 20º lugar, mas é ultrapassado por Istambul, agora em 15º lugar, com rotas aéreas para 270 destinos. Na Ásia e no Pacífico, 16 aeroportos constam no ranking do Top 50, sendo a liderança do megahub de Singapura (em sexto lugar do ranking geral) com 35.000 opções de conexões. A surpresa vem da China, que não coloca nenhum aeroporto nos vinte primeiros, somente três nos cinquenta primeiros – Xangai, Pequim e Cantão -, e que é ultrapassada pela Indonésia (Jacarta), Malásia (Kuala Lumpur), Hong Kong, Tailândia (Bangkok) e até a Coreia (Seul).

São Paulo coloca seu megahub somente em 42º lugar
Nas Américas, o aeroporto de Nova Iorque JFK fica somente em 18º lugar, ultrapassado pelo “most busy in the world” O’Hara de Chicago, pelo menos esperado Toronto Airport, e até por Atlanta, Los Angeles e Miami . O Brasil somente aparece na lista em 42º lugar (com uma pontuação de 120) com o aeroporto de Guarulhos, terceiro da América Latina atrás de México (21º) e de Bogotá (41º). São ainda incluídos no Top 50 os megahubs latinos de Porto Rico (46º) e de Panamá (47º). A pesquisa da OAG destaca, porém, que no ranking especifico dos aeroportos oferecendo as melhores conexões em termo de voos low-cost, Guarulhos aparece num promissório 23º lugar.
O ranking e a pontuação OAG dos 20 primeiros megahubs internacionais
1 – Londres Heathrow 379
2 – Frankfort 307
3 – Amsterdã 299
4 – Chicago 295
5 – Toronto 271
6 – Singapura 257
7 – Jakarta 256
7 – Atlanta 256
9 – Kuala Lumpur 242
9 – Paris CDG 242
11 – Los Angeles 235
12 – Hong Kong 233
13 – Bangkok 226
14 – Munique 221
15 – Istambul 219
16 – Miami 204
17 – Seul 196
18 – Nova Iorque JFK 195
19 – Houston 184
20 – Dubaï 183
A lista completa e a metodologia da pesquisa podem ser encontradas no site da OAG
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo original de Serge Fabre na revista profissional online La Quotidienne