Não precisa ter nascido na Tunísia para amá-la, seu povo tolerante e acolhedor, e suas riquezas turísticas ainda pouco ou mal exploradas. Mas precisa ter viajado pra là há muitos anos para lembrar dos estabelecimentos de luxo que fizeram o sucesso de alguns dos seus cantos mais bonitos. Foi o caso por exemplo da oásis de Tozeur, frente ao deserto e a imensidão salgada do Chott el Jerid, quando o mítico Sahara Palace recebia jet setters vindo do mundo inteiro. O “Palácio do deserto” decaiu nos anos noventa e fechou de vez em 2008, mas a Tunísia parece hoje decidida a relançar a sua oferta de luxo e de bem estar, dessa vez na beira do mar Mediterrâneo.
Foi frente a praia de Hammamet, a dez minutos da famosa kasbah, a meia hora de Nabeul, capital tunisiana da cerâmica, e a uma hora de Tunis, que surgiu há dois anos o La Badira hotel e Spa. Localizado no norte da cidade, longe dos bairros turísticos superlotados, La Badira , cujo nome significa em árabe “tão luminosa que a lua cheia”, é um prédio branco com todos suas 130 suites e seus dois terraços com vista para o mar e as duas praias privativas. Exclusivo para maiores de 16 anos, esbanjando serenidade até nos jogos de luzes e de sombras, o La Badira é não somente o primeiro 5 estrelas da região mas também o único hotel da Tunisia pertencendo ao prestigioso grupo internacional The Leading Hotels of the World.
Nessa volta da Tunísia para o luxo e o bem estar, o La Badina quer aproveitar o rico passado da cidade que foi um balneário glamoroso no início do século XX, nos tempos do protetorado francês, quando importantes comunidades francesas e européias influenciavam a arquitetura, a decoração, o artesanato e a vida social de Hammamet. Alternando com um estilo tunisiano moderno e sofisticado, a decoração do hotel lembra o universo das viagens da época quando a beleza e a luz do local atraiu pintores, escritores e artistas. As 6 suites master homenageiam personalidades que foram então emblemáticas, assim como o poeta francês Jean Cocteau, a princesa inglesa Wallis Simpson ou a atriz italiana natural da Túnísia Claudia Cardinale.

No SPA, ambiente oriental e produtos Clarins
O SPA junta o “savoir-faire” de Clarins e alguns produtos tradicionais como o rhassoul , uma argila naturalmente rica em ferro e em magnésio que as mulheres da África do Norte sempre utilizaram para tratar o corpo e os cabelos. Em volta de uma piscina aberta para o mar, as paredes de mármore cor de rosa, os grandes sofas e o sensual hamam criam um ambiente das Mil e uma noites. E como outro piscar de olhos ao Oriente, esse SPA oferece um equipamento único na África, um “flottarium”, piscina de água com uma salinidade extremamente forte, e onde podem ser aproveitados os mesmos tratamentos e vividas as mesmas experiências que no Mar Morte.
Hammamet é também um ponto de gastronomia, incluindo o imperdível restaurante Barberousse, localizado na Medina e que carrega o nome do famoso almirante tunisiano. Aberto em 1960, ele é famoso pelos seu pescado do dia em crosta de sal, seu tempurá de camarões ou seu carpaccio de robalo. No hotel, nada de all-inclusive, mas três restaurantes, Adra, Kamilah, e o Beach Grill. O chef Slim Bettaieb, apaixonado pelas especiarias e os sabores locales, oferece uma cozinha tunisiana, revisitando todos os grandes clássicos tradicionais, da “Brik” até a Mloukhia, e do Carneiro assado durante sete horas até o Cuscus de peixe. Mas para muitos hóspedes, a melhor experiência será talvez o luxo e o bem estar de um café da manha servido na luminosa areia da praia…
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo da redação da revista profissional on-line Mister Travel