Chegando do Brasil onde as matas são sempre verdes, as cores do outono francês dão entre Setembro e Novembro um toque de magia a todas as viagens. Seja na Alsácia, na Auvergne, ou até nas florestas dos arredores de Paris (no Bois de Boulogne ou no Bois de Vincennes), os tons de amarelo, laranja e vermelho deixam as arvores com a aparência de cortinas de chamas ou de corredores de fogo. O outono é também no Sul da Franca a época dos dias ensolarados sem o calor exagerado do verão, com luzes alaranjadas e com cheiros peculiares. E na Córsega, esse “Ilha de Beleza” recentemente destacada pelo Trip Advisor como uma das “dez mais” da Europa, o outono é o inicio duma nova temporada turística.
A partir de setembro, os famosos castanheiros da “Castagniccia” começam a mudar de cores, e logo em seguido os camponeses iniciam a colheita da famosa castanha que, até o inicio do século XX, era a base da alimentação corsa. Saborosa e sem gluten, a farinha de castanha é hoje a base de muitos pratos da renovada gastronomia regional, inclusive numa polenta. No sul da Ilha, em Bocognano, « a fiera di a castagna » é a grande feira agroalimentar e artesanal.
Do 4 ao 6 de Dezembro, a Castanha vai ser a rainha da festa, mas os outros produtos do outono serão também presentes: figos, tangerinas, cogumelos, mel do mato, brocciu, salsichões, presuntos e “copas”, azeite e os vinhos de uvas nativas: nielluccio, sciaccarello ou barbarossa para os tintos, vermentino, biancu gentile ou codivarta para os brancos.
Temperaturas amenas e turistas escassos fazem do outono a melhor temporada de viagem para a Córsega. Com a agua do mar ainda quente, mas com as praias vazias, é possível nadar ou mergulhar com tranquilidade, para aproveitar depois o aperitivo e o jantar num restaurante, como o Casablanca na praia de Arone, considerada a melhor da Ilha. É também uma ótima época para visitar a capital, Ajaccio. A imperdível casa onde nasceu o Napoleão, o excepcional Museu Fresch cujo acervo foi doado pelo seu tio, e a Catedral onde ele foi batizado já com dois anos de idade, podem ser visitadas sem filas. E depois é sempre possível achar uma mesa na badaladíssima terrassa do “Le Lamparo” para tomar um drinque olhando para o mar.
Mas na Córsega o outono é antes de tudo o paraíso das trilhas. São pequenas caminhadas a percorrer nas “Calanche”de Piana ou nas Ilhas Sanguinárias. Mas a mais famosa é a GR20 que atravessa de ponto a ponto a “Ilha da Beleza”, um desafio a enfrentar de Norte ao Sul em 3 a 14 dias, dependendo do nível do visitante. O mais recomendado é de escolher algum trecho em função do tempo disponível, parando os vilarejos e aproveitando para descobrir os sabores e as atividades do outono. Sempre muito bem recebido – e surpreendido pela proximidade da língua corsa com o português- ,
o viajante brasileiro poderá aproveitar de encontros com pequenos produtores de produtos tradicionais – mel , perfumes, queijos …, com criadores dos tradicionais porcos pretos, com pastores de cabras, ou com numerosos artistas e cantores que continuam a animar a cultura dessa Ilha francesa tão peculiar até no seu outono.
Esse artigo foi traduzido e adaptado dum comunicado da Agencia de turismo da Córsega publicado pela revista on-line Pagtour
Sonho um dia conhecer todas estas maravilhas amo a França
Gostei muito da matéria da Córsega. Obrigada!
Obrigado. Com certeza farei outras que essa ilha merece!