No que parece ser uma grande virada estratégica, Airbnb, o gigante da economia colaborativa, está lançando o projeto “Samara”, a construção de um centro de hospedagem na pequena cidade de Yoshino, a 500 quilômetros de Tóquio mas somente 60 quilômetros de Osaka. Esse primeiro alojamento, que esta programado para abrir em outubro desse ano, vai ser um espaço coletivo aonde os visitantes poderão se hospedar, um ponto de encontro e de integração social onde os moradores poderão passear. Apoiado pela prefeitura que ofereceu o terreno, o projeto quer contribuir para o crescimento econômico, ampliando a oferta turística dessa região conhecida pelas suas flores de cerejeiras e suas florestas de cedros, mas com pouca infraestrutura hoteleira, contribuindo para o desenvolvimento econômico.
Concebida em colaboração com o arquiteto japonês Go Hasegawa, a “Casa dos cedros” quer ir alem dos conceitos de hospedes, empregados, vizinhos ou proprietários. Ela foi desenhada em primeiro lugar para a vila de Yoshino e para os seus moradores, escolhendo para cada detalhe da sua estrutura as necessidades da comunidade e o respeito das suas tradições. Assim se explicam a grande mesa para o jantar comunitário, as vigas e as tábuas de cedro vindo das florestas dos arredores, ou os peixes ornamentais trazidos dos rios do município. Os hospedes poderão fazer as suas reservas para o Yoshino Cedar House na Airbnb, mas deverão viver essa experiência com os moradores que assegurarão os serviços. As receitas serão também creditadas para a comunidade.
O projeto inovador da Airbnb foi muito bem recebido no Japão, um pais com falta de hotéis tradicionais para receber turistas nacionais e internacionais cada vez mais numerosos ( 28% de crescimento esse ano), e que tem agora o objetivo de de receber 40 milhões de turistas para 2020. Antes mesmo da inauguração dessa primeiro Casa, a Airbnb já anunciou que está estudando projetos parecidos em vários países do mundo, na Inglaterra, na Korea, na Espanha, na Itália e na França. Enquanto o crescimento da empresa parece hoje sofrer de reações negativas de residentes e autoridades de grandes cidades, esse projeto “Samara” abre novas perspectivas, criando um estoque de apartamentos proprios e ajudando a revigorar pequenas comunidades rurais com um turismo respeitando o meio ambiente e as tradições culturais dos moradores. Bem sucedida, a experiência de Yoshino poderá também ajudar a Airbnb a se reposicionar ou até a se reinventar.
Esse artigo foi traduzido e adaptado de um artigo de Charlotte Herrero no jornal francês Le Figaro on line
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