Pelo menos na sua política de turismo, Obama esta mostrando que “Yes, he can”. Visitando na semana passada o “Hall of fame” do baseball em Cooperstown, ele anunciou as ambições americanas nesse setor: “Quero passar de 70 milhões de turistas em 2013 para 100 milhões logo no inicio dos anos 20. “ No mesmo discurso, ele declarou também que tinha pedido aos Secretários do Comercio e da Segurança de trabalhar com as companhias aéreas, os hoteleiros, os Estados e os municípios para encurtar os tempos de demora nas filas de imigração e para melhorar a experiência vivido pelos viajantes nos aeroportos americanos. Fez questão de lembrar que o recado devia ser simples: mais turistas estrangeiros significava mais empregos para os americanos. “Melhorando o tempo de espera na chegada (sem fazer nenhum compromisso com a segurança), os turistas ficarão mais satisfeitos. Em Dallas e Chicago, já conseguiram reduzir o tempo médio de espera a menos de 15 minutos. “ ainda lembrou Obama, insistindo que cada turista bem recebido virava um embaixador do turismo americano junto a sua família e seus amigos.
Essas medidas se inscrevem na estratégia de apoio ao turismo que o Obama desenvolveu desde 2011 com a reativação de Brand USA, a criação de um fundo de promoção de 100 milhões de dólares e a multiplicação de contatos com os lideres do setor, sendo a ultima vez dia 22 desse mês na Casa Branca . E interessante notar que Obama não esquece o quanto é fundamental convencer a opinião publica da importância do turismo na economia mas também na imagem dos Estados Unidos. As declarações do Presidente lembram que de oito a quatorze milhões de empregos dependem do turismo, que 150.000 empregos novos sao criados cada ano, e que esses empregos não podem ser deslocalizados. Destacam também que o fato de receber turistas do mundo inteiro deve ser para cada americano um motivo de orgulho, e que essas visitas são boas para os monumentos, os parques ou as lojas, mas também boas para toda economia americana.
Na véspera da Copa, pensando no impulso que poderá ser dado ao turismo no Brasil nos próximos anos, a política seguida pelos Estados Unidos tem muitas ideias para ser seguidas: estratégia discutida com todos os atores, envolvimento das autoridades no mais alto nível, orçamento ambicioso e gerenciado em PPP, mobilização da população em torno do atendimento aos turistas, objetivos de criação de empregos e de crescimento econômico claramente anunciados.
Com centenas de destinos turísticos brigando pelo bilhão de turistas internacionais que viajam pelo mundo, a concorrência vai ficar cada vez mais forte. Entre os grandes, os Estados Unidos estão agora querendo desafiar a Franca, a Espanha e a Itália e a China para pegar o primeiro lugar não só em receitas (eles já tem) mas também em passageiros. Ainda na trigésima sétima posição do turismo receptivo internacional, o Brasil tem também tudo a ganhar a entrar nessa briga.
Jean Philippe Pérol
Esse artigo foi escrito utilizando um artigo e umas informações provenientes da revista online Pagtour