Alem de ser um desastre humanitário e político, a guerra na Síria é também uma catástrofe cultural sem precedentes no Oriente Médio. A UNITAR (órgão das Nações Unidas especializado em pesquisa) revelou em Beirute a situação dos 290 monumentos que componham o acervo desse pais, com origens nas primeiras grandes civilizações do mundo e nos grandes impérios que ocuparam essa região. Utilizando fotos feitas por satélites, os especialistas da ONU anunciaram que 24 monumentos foram completamente destruídos, e 189 parcialmente (incluindo o velho centro de Alepo com seus “souks” milenares, sua fabulosa mesquita dos Omiadas e sua cidadela). Outros 77 não foram fotografados mas são também provavelmente parcialmente destruídos.
Segundo a UNITAR, esse relatório é um testemunho alarmante das destruições do imenso patrimônio cultural da Síria. Esforços sírios e internacionais tem que ser feitos para proteger essas áreas que tem uma incomensurável importância para historia da humanidade. Os combates entre as forças do governo sírio e as facões rebeldes, apoiadas pelos Estados Unidos e seus aliados, destruíram prédios e sítios históricos no pais inteiro.
O governo tenta proteger esse impressionante património onde constam sítios únicos como a Mesquita dos Omíadas (ou de São João Batista, uma das mais belas do mundo muçulmano), a cidade de Palmira (a mais extensa da época romana depois de Efeso), o Krak dos Cavaleiros (o maior castelo da época dos cruzadas) ou a fortaleza do Rei Saladino.
Traduzido e adaptado dum artigo original do New York Times