Comemorado no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Fortaleza, em Miami ou em Paris, um Reveillon a brasileira tem alguns itens básicos que não podem faltar: roupa branca, muitos amigos, lentilhas, uvas, romãs e Champagne francês. Essa primeira taça do Ano Novo é uma escolha importante, e vem sempre a pergunta: qual é a melhor Champagne para comemorar? Sendo que a resposta depende do paladar e da emoção de cada um, cada folião terá sem duvida sua própria resposta. Existem várias listas das melhores marcas de Champagne, nelas sempre constam Louis Roederer, Krug, Laurent-Perrier, Heidsieck, Veuve Clicquot, Taittinger, Perrier-Jouet, Pol Roger, Jacquesson, Moet et Chandon (com o Dom Perignon), Deutz e Ruinart. Mas é esse ultimo que sempre foi meu preferido, especialmente para brindar no Ano Novo.
Essa paixão vem da historia peculiar e das características do próprio Ruinart. Fundada em 1729, quando o Louis XIV autorizou pela primeira vez o transporte do vinho espumante da região, Ruinart é a mais antiga “maison” da Champagne. Já vendia mais de 30.000 garrafas em 1730, já estocava os seus vinhos nas “Crayeres” em 1750, e foi premiada pelo Rei Louis XVIII em 1817. Depois de dois séculos de prestigio, vieram as duas guerras que castigaram o leste da França, e ela quase desapareceu em 1946 quando o seu acervo se reduziu a 17 hectares de vinhedos e as 800 garrafas, sendo seus últimos dois clientes o famoso restaurante Maxim’s e a casa noturna Le Sphinx – o “Love Café” então favorito dos políticos . A reconstrução demorou, e foi somente em 1963, depois da compra pela LVMH, que a marca começou a se reposicionar como um Champagne de prestigio, com uma produção pequena atendendo um público de conhecedores. Nos anos setenta o Dom Ruinart já era, junto com o “Comtes de Champagne” e o “La Grande Dame”,
uma das Champagne servidos na Primeira Classe na Air France, e ela era encontrado também nos bares das melhores companhias de cruzeiro. O sucesso voltou mesmo nos anos 90 com um sabor consolidado em volta de uvas chardonnay, aromáticos e elegantes, vindo da Côte de Blancs e da Montagne de Reims, tanto nos R de Ruinart, no Rosé, no Blanc de Blanc que nos Dom Ruinart.
Ter uma Champagne preferida é também muito influenciado pela emoções as quais ela foi associada, muitas vezes durante as viagens e mais ainda na própria região de Reims. Brindar com uma taça de Ruinart para iniciar um jantar no Relais et Châteaux Les Crayeres, para comemorar com amigos, um passeio de balão em cima dos vinhedos, para acompanhar seus convidados numa noite de gala nas “crayeres” onde são guardadas as preciosas garrafas, ou para esperar o por do sol desde a varanda do Royal Champagne, são experiências que ligam o viajante com a Champagne que presenciou esses momentos. Agora, para acompanhar o seu próximo Reveillon, segue seus próprios gostos, e procure nas suas próprias lembranças e emoções de viagens qual é a sua melhor Champagne! Santé!
Jean-Philippe Pérol
Prezado M. Perol.
Estou a procura de material sobre a Normandie, teria algo para me mandar ou indicar onde posso encontrar?
Agradeço.
Bonne Anne 2017.
Merci.
Guilherme Fussi
Enviado do Outlook
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Bom dia, Guilherme! Pode encontrar alguns artigos nesse blog, so clicar em Normandia na nuvem de palavras. Tem o site da Normandia (em espanhol) http://www.normandie-tourisme.fr/ ou o site da França em português http://br.france.fr/pt-br/a-descobrir/na-normandia. Abraço e Bonne Année!