Seis tendencias fortes do turismo para 2014

ANNECY

Observadores e analistas do turismo internacional, Paul Arseneault, da Universidade do Quebec em Montreal, e Pierre Bellerose, de Tourisme Montréal, convidaram pelo segundo ano consecutivo um seminário sobre as grandes tendências esperadas em  2014, selecionando 14 ideias marquantes. Visto da outra ponta  do continente americano, e com um olhar franco-brasileiro, achei que seis tendências fortes  vão se destacar aqui e influenciar o trabalho e as ofertas dos professionais no Brasil.

A primeira é que os fluxos turísticos estão se concentrando nos grandes centros urbanos dispondo de aeroportos internacionais. Segundo a Organização mundial do turismo, esse fenómeno esta se acelerando nos últimos cinco anos. Essas cidades estão se organizando, virando verdadeiros hubs para as regiões em volta. Assim na França, além de Paris, seria o caso de Marselha com a Provence, de Bordeaux com a Aquitânia ou de Lyon com os Alpes e o Vale do rio Rhone.

O shopping esta mudando. Com a abertura das fronteiras alfandegarias, a mundialização das ofertas e o crescimento das compras on-line, o comercio tem que virar também um divertimento e uma “experiência” . É o “retailtainment” que mistura shopping, lazer e eventos, uma tendência  que obriga as lojas a aproximar se do turismo na procura de momentos de “fun”.

PONT DES ARTSJá se sabia que os habitantes eram indispensáveis ao sucesso dos investimentos turísticos, ou que eram atores chaves da promoção das suas cidades. Agora, os habitantes são um componante mesmo do próprio produto turístico ou cultural. O turista quer o contato, quer viver em Paris não somente feito um parisiense mas junto com os parisienses. Esse desejo de participação  encontre se no crowdfunding, no crowdsourcing ou no crowdlearning. Agencias e receptivos locais terão que integrar essas procuras as ofertas apresentadas.

O “Menu das 50 milhas”, seja a gastronomia atrelada a produtos do local e da época virou uma exigência do consumidor. O maior desafio agora vai ser de combinar essa tendência com os pedidos de qualidade, de diversidade e os costumes alimentares do mesmo consumidor internacional.

Receptivos e hoteleiros tem agora que satisfazer um cliente cada vez mais informado e autônomo. Ele já podia controlar sozinho os serviços anteriores a sua viagem (informações, reserva de avião ou de quarto, dynamics packaging…), mas ele hoje pode também não depender de ninguém no local, procurando dicas, endereços ou reservas no Trip advisor, no Foursquare ou nos sites especializados. Para os hotéis, a resposta vai ser (ou já é) a hiper-personalizaçao dos produtos e dos serviços, uma tendência muito marcante junto aos clientes dos países emergentes, especialmente do Brasil.

As medias sócias serão cada vez mais essenciais, Depois de tantas oportunidades, é bom porem lembrar que a velocidade e a transparência do web pode ser uma ameaça – o risco do “Far Web”. INTERNETTodos os profissionais tem que que seguir com muita atenção a sua reputação on line, respondendo com cuidado aos avisos negativos e valorizando as opiniões positivas. Com a vontade dos internautas de ter uma resposta personalizada a suas criticas ou observações, é cada vez mais necessário de ter agentes especializados para responder on-line.

Jean-Philippe Pérol

Para o acesso ao artigo do Globe Veilleur  (em francês), segue o link:

http://veilletourisme.ca/2014/01/16/les-14-tendances-touristiques-pour-2014/?tagged=&utm_source=bulletin-22-01-2014&utm_medium=email&utm_campaign=globeveilleur

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